O perigo do fracasso da União do Magrebe Arabe

O protesto do povo argelino é considerado como  uma manifestação de outro planeta, distante e longe da luz do dia, sendo  negligenciado até mesmo pelas autoridades da Argélia.

E mesmo quando essa movimentação se manifesta, seja como notícias ou na mídia internacional de forma passageira;  resumidamente a título do:  povo quer derrubar o regime militar. Através de um protesto com menos ímpeto e fôlego, os regimes: Zine El Abidine, Mubarak, Kadafi, Abdullah Saleh e até mesmo Bouteflika foram destituídos. Como podem generais hormonais, politicamente analfabetos, quase isolados do mundo, continuar a domar a tigresa e a cavalgar o leão, com toda a tranquilidade?

Apesar de sua podridão, intimidação e corrupção - não parece  internamente  que sua queda  iminente; tem excluído o sentimento de pertencimento, internacionalmente e no mundo árabe. com as exceções de alguns protestos, envolvidos no processo da independência e integridade.

Interroga-se  sobre o poder do povo argelino diminuído- dono da Revolução dos Milhões de Mártires - para com a comunidade internacional a este ponto?

É concebível que, com essa forma visto, a voz ponderada por uma gangue militar, caindo mas ao mesmo tempo corrompida?

Trata-se de uma quadrilha com depoimento do judiciário argelino, sem concluir nenhum julgamento e condenação de muitos de seus homens, tanto militares como civis. Na tentativa de polir o sistema republicado e afetar países fronteiriços.

A interrogação é  como decifrar as incógnitas desta equação intratável?

Perguntando ainda, até que ponto a movimentação da rua pode chegar, assistindo dobrando  ano por ano, mas sem cair ou não retomar o ímpeto?

A União do Magrebe ameaçada no seu fundamento, constituindo mais um perigoso e um fracasso crônico dos povos futuros?  assistindo a luta da Argélia, com todo o seu peso e amplitude face a uma economia inflacionada e uma demográfica refutada, diante de um estado falido; sem compulsão, nem escolha?  o que parece muito estranho. Tal situacao preocupa  agora os países vizinhos, sobretudo o Marrocos; Se não abrir as portas do inferno com terrorismo, imigração, contrabando ou ainda sobre todas as ruínas  do fim da urbanização?

Tais questões parecem envolver o problema do Saara,  a Argélia temperou e amadureceu ao longo das décadas. Delirante sentou-se humanamente à mesa um dia, saudando-se - não apenas de seu povo - bem como reconhecendo seus velhos tempos da história colonial.

À medida que o fracasso acelera, o sonho vai se desgastando, pouco a pouco, até que restem apenas fragmentos de um passado desnorteado.

A ilusão sarauí consumiu a humanidade às custas  do povo argelino; trata-se da era do despotismo militar, cuja aspiração deste povo depende de um estado civil e democrático; se a movimentação conspira todas as suas condições para com as vitórias e conquistas.

Hoje se percebe a determinada reação do povo,  para desmantelar o estado militar corrupto.  Buscando uma solução política, que preserve o corpo do Estado da desintegração total.

Como essa solução poderia chegar a uma saída, depois de repensar as reservas de riqueza do estado,  engajando no sentido de atacar e lutar contra as consequências econômicas e dramáticas da epidemia?

Quem governa a Argélia? ( a continuar ... )

Lahcen  EL MOUTAQI

Pesquisador universitário

ELMOUTAQI
Enviado por ELMOUTAQI em 11/05/2021
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