O futebol e as discussões no Brasil após os 90 minutos

Ontem, dia 10 de abril de 2021, no jogo Real Madrid 2 x 1 Barcelona, em cinco minutos de acréscimo, além dos 90 jogados, cada time criou duas chances de gol. Quase uma chance por minuto. O jogo não parava, e o Real Madrid, vencendo, não fazia firulas, ceras ou confusões para travar o jogo.

Hoje, 11 de abril, Flamengo 2 x 2 Palmeiras e Cruzeiro 1 x 0 Atlético Mineiro, tiveram 8 e 7 minutos de acréscimo respectivamente. Nos minutos finais teve de tudo, menos futebol: gritaria, discussões, expulsões. Isso mesmo apesar de terem sido dois bons jogos, enquanto os times quiseram e permitiram o outro jogar.

Não é síndrome de vira-lata, essa comparação com o jogo europeu, mas, é assim, no Brasil as coisas têm sido decididas da mesma forma, uma gritaria que nada constrói e nem deixa construir. E ficamos fadigados mentalmente. Vemos isso na política, nas decisões de juízes, nas pautas discutidas pela sociedade brasileira.

O time vencedor até fica alegre (e que brio do Cruzeiro hoje hein. Mas o campeão do dia foi o Flamengo, que protagonizou um jogaço junto com o Palmeiras!) Até ser ele a vítima, quando tiver que correr atrás de construir algo, e o outro time ficar atrapalhando de ter jogo.

Troque o jogo por estes conflitos sociais, em que as estratégias dos lados opostos é a de basicamente anular o adversário (diferente de inimigos). Perde-se a possibilidade de boas jogadas, bons lances, boas idéias e propostas.

Paulophn
Enviado por Paulophn em 11/04/2021
Reeditado em 11/04/2021
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