A Censura
Assisti a leitura de um texto, num grupo de pessoas, que se identificam como “Esquerdistas”.
O mesmo texto, que uma Deputada tentou ler, e foi contida pelo Presidente da Casa.
Pareceu-me que alguém garimpou num dicionário, e reuniu naquele texto, todas as palavras chulas, e obscenas que encontrou.
Quem não consegue fazer algo, que seja notável pela beleza, faz algo para ser notado pela ridicularidade, afrontando a moralidade, e os bons costumes.
No local havia homens, mulheres e crianças.
Não sou moralista, muito pelo contrário, penso que homens saudáveis e viris, até gostam de algumas obscenidades, desde que sejam na intimidade.
Jamais envolvendo as nossas famílias, e menos ainda as crianças.
A infância é a fase mais pura e bela, a primavera da existência.
Ninguém tem o direito de adulterar a infância.
Lembrei quando a minha filha perguntou:
“- Pai? Quando tu vais te tocar que eu cresci?”
Quando meu filho disse:
“- Pai eu não me importo por fazer fotos no teu colo, o problema é convencer os meus colegas de Exército, que aquele cara é meu pai. Até porque nós não temos muita diferença de idade.”
Um Esquerdista caracteriza a censura, como discriminação, e intolerância da Direita.
Um Direitista caracteriza a censura, como instrumento para atacar a Esquerda.
A censura não identifica facções.
Censura não é o tolhimento da liberdade, mas o meio para evitar, que liberdade se torne libertinagem.
A censura é como o filtro, que usamos no bebedouro, para não beber água suja.
A censura é como um fármaco; quando bem usado é remédio, mal usado é veneno.
A censura é a limpeza do brejo, para que as flores se destaquem.
Um Direitista, ou Esquerdista, deixa ser “todo”, optando por ser metade
Um extremista, só pode rezar, pelo catecismo da facção.
Um Direitista, ou Esquerdista, não consegue ser sensato.
Nem perceber, que está sendo censurado, na sua liberdade de ser eclético, e heterodoxo.
De ser realmente LIVRE.
Acioly Netto - www.guiadiscover.com