Nunca Comemoramos 31 De Março

Nunca comemoramos o dia 31 de Março.

Nunca admiramos os mocinhos Americanos, tampouco, imaginários vilões Asiáticos abalavam o nosso sono.

Éramos apenas Soldados, e a única coisa que aprendemos a odiar, era o terrorismo, a mais fiel manifestação da covardia.

A verdadeira personificação da crueldade, que infecta a raça humana.

O Exército não era um reduto de Anjos, e tragicamente havia um terrorista entre nós.

Enquanto planejávamos a paz, ele planejava roubar nossos explosivos, para usá-los contra inocentes.

Justamente contra aqueles, que por eles haviam pagado.

Apenas por sórdida ganância, o crápula bem pago, era algoz daqueles que o pagavam.

O traidor foi considerado INDIGNO.

Ironicamente hoje este INDIGNO instiga outros indignos, e bestializados, a comemorarem o Dia 31 de Março.

Tínhamos interesse por Política Internacional, Ciência e Filosofia, jamais por politicagem.

Havia respeito e formalidade até nas nossas correspondências, ainda jovens Soldados.

O Hermes, hoje Oficial da Reserva, era admirador da Ministra Golda Meir.

O Souza, hoje Oficial da Reserva, trabalhava como servente de Pedreiro, com Estadunidenses, para dominar o idioma.

Eu devorava livros, enquanto dissecava, e dominava os equipamentos Eletrônicos.

Não tínhamos ambição, apenas a missão de timonear o barco, até águas calmas, para entregá-lo a outros, que “ansiavam” desesperadamente por capitaneá-lo.

Ledo engano; entregamos o Barco aos Piratas.

Para nós Política e Exército eram misturas heterogêneas.

Nunca comemoramos o Dia 31 de Março.

Embora soubéssemos que a paz tem seu preço.

Paz... Paz... Uma palavra pequenina, como mar e amor.

Grandiosa e bela como o mar, sublime e doce como o amor.

Paz...

Glorioso momento, que os verdadeiros Soldados querem comemorar.

Acioly Netto - www.guiadiscover.com

Acioly Netto
Enviado por Acioly Netto em 01/04/2021
Código do texto: T7221473
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