Em evento na escola de negócios da Universidade de Stanford, na Califórnia, o executivo, que saiu da companhia em 2011, declarou que as redes sociais são um problema global. “Elas estão corroendo os principais fundamentos de como as pessoas se comportam e se relacionam entre si”. A notícia foi dada pelos sites The Verge e The Guardian.
As críticas de Palihapitiya não visaram apenas o Facebook, mas ao ecossistema como um todo. “Os laços baseados em feedbacks rápidos e cheios de dopamina estão dilacerando a sociedade”, disse referindo-se aos almejados likes das mídias sociais. “[Não trazem] Um discurso civil, cooperação, só desinformação e mentira”, disse.
Os comentários do executivo foram feitos pouco tempo após Sean Parker, um dos primeiros investidores do Facebook, criticar a maneira como a empresa “explora a vulnerabilidade da psicologia humana, criando um looping de feedback de validação social”, durante um evento de mídia.
Parker declarou ainda que iria usar o dinheiro que ganhou com o Facebook para fazer algo de bom pelo mundo. Já Chamath Palihapitiya disse que não usa a rede social. “Não posso controlar todos os usuários, mas posso controlar os meus filhos, e eles não têm permissão para usar essa porcaria”.
Diante dos alunos de Stanford, universidade de onde saíram vários executivos do Vale do Silício, ele pediu que tentassem entender a maneira como se relacionam com as mídias sociais. “Você não percebe isso, mas seu comportamento está sendo programado. Não foi intencional, mas agora você terá que decidir o quanto vai desistir da sua independência intelectual”, disse.