Feminismo, mulheres e profissões

A maioria das feministas acredita que as mulheres evitam certas profissões porque, desde a tenra idade, são inculcadas pelos seus pais/pela sociedade a assumirem papéis tradicionais de gênero, e, também, porque se sentem intimidadas ou desvalorizadas nos ambientes, acadêmico ou de trabalho, em que os homens predominam.

Mas o que as evidências nos dizem??

Se durante muito tempo, no passado dourado do "conservadorismo" compulsório, a discriminação contra as mulheres no ''mercado'' de trabalho era praticamente institucionalizada, hoje em dia, especialmente nos países ocidentais "desenvolvidos", e graças ao feminismo, tem havido uma grande melhoria nesta situação. Como resultado, temos visto muitas delas optando por trabalhar em profissões outrora consideradas exclusivamente masculinas. No entanto, a maioria das mulheres continua PREFERINDO por profissões que não são PREFERIDAS pela maioria dos homens. Sim, eu destaquei as variações desta mesma palavra para sublinhar que algumas das crenças mais populares entre as feministas, resumidas acima, não parecem condizer plenamente com as evidências factuais, especialmente se perguntarmos às próprias mulheres as razões (ou a principal razão) para as suas escolhas profissionais. Se é verdade que ainda existe discriminação em ambientes de trabalho e tentativa de inculcação de valores tradicionais, também é verdade que existe muito mais liberdade de escolha. E, se precisarem de evidências cientificamente comprovadas para, talvez, mudarem de "opinião", tem um estudo que descobriu que, nos países com maior nível de igualdade de gênero, basicamente os escandinavos, foi registrado a maior diferença de escolhas profissionais entre homens e mulheres. Como explicar??

A exceção prova a regra??

Como explicar a minoria de mulheres que estudam em faculdades de ciências exatas??

Será que são guerreiras amazonas que precisam fugir de tentativas diárias de assédio sexual??

Pois seria de muito ''bom tom'' se, pra variar um pouco, as ativistas feministas perguntassem às mulheres o que elas pensam, desejam e/ou preferem, inclusive em relação às suas aptidões psico-cognitivas, do que se basearem apenas em si mesmas (em suas opiniões), em suas pesquisas...

Também seria excelente se cultivassem outros hábitos saudáveis, como a autocrítica e a busca prioritária por fatos, ao invés de se ludibriarem por suas crenças refletidas em dogmas (e factóides) das ideologias que seguem.

E nem precisamos ir nas ciências exatas, se nas faculdades de filosofia, no Brasil, nos EUA..., o número de estudantes homens tende a ser maior que o de mulheres...

Então, qual seria a explicação das ativistas feministas, desta vez, para esse caso??

Diferenças salariais entre os sexos

Com relação às diferenças salariais entre homens e mulheres, que também serve para as diferenças raciais, o mais importante não é a predominância estatística de um grupo em relação ao outro, em determinadas profissões, se o que importa são: competência e motivação para trabalhar nelas, mas que existam discrepâncias significativas de salário e valorização social entre as profissões. Novamente, o maior problema não é que existam menos mulheres engenheiras, se um número menor delas tiver motivação e aptidão verdadeiras para trabalhar nessa função, mas que as profissões onde elas predominam sejam menos valorizadas, resultando nessas diferenças salariais e/ou de renda. A persistência de discriminação contra mulheres em ambientes de trabalho não é uma invenção das ativistas feministas, mas também não parece ser tão comum como era no passado e nem que seja o principal fator para as diferenças de ganhos entre os sexos (e sim as próprias diferenças)...

De novo, a dificuldade que, algumas ou muitas pesquisadoras acadêmicas sobre questões de gênero têm tido para descentralizar o foco de suas pesquisas em si mesmas e ampliá-lo para as outras mulheres, especialmente para as que não atuam nas mesmas profissões que elas...

Portanto, o que está realmente errado aí não é a desproporção estatística de um sexo em relação ao outro dentro de um nicho do mercado de trabalho e sim que profissões de maioria feminina, como a de professor(a), por exemplo, seja excepcionalmente desvalorizada em relação à profissões de maioria masculina, como a engenharia.

Mais um Thiago
Enviado por Mais um Thiago em 20/01/2021
Reeditado em 26/09/2022
Código do texto: T7164461
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