O ANO DE 2020 — DOZE MESES DE PARALISIA

Prólogo

2020 foi um ano atípico de conturbadas manifestações sociais. No Brasil não houve hiperinflação, mas em fevereiro começaram a morrer pessoas por causa de um mal invisível provavelmente oriundo de um país asiático.

As opiniões se dividiam: Uns diziam ser algo inventado para venderem medicamentos e equipamentos de proteção individual – (EPIs) como máscaras, luvas, aventais etc., e outros asseguravam ser uma nova técnica de terrorismo social.

Meu, talvez não correto entendimento, e o de muitos outros argutos expectantes: O ano de 2020 e os que se seguirão vão ser, ainda, de muitas incertezas e conturbações.

As vacinas contra COVID-19 não serão uma solução fácil e rápida para o planeta Terra. Esperança e paciência com os destemperos das pessoas, causados pelo Coronavírus, exigirá de todos nós mais cautela, tolerância e sobretudo solidariedade.

A INCOMPETÊNCIA E AS DESQUALIFICAÇÕES EVIDENCIADAS

Alguns diagnósticos, corretos e/ou equivocados, de vítimas de choque elétrico, acidentes, assassinatos e atropelamentos; cânceres, AIDS e de outros males degenerativos eram assustadores porque as pessoas eram sepultadas em valas comuns, em caixões, hermeticamente fechados, e sem a presença dos familiares.

Mas é claro que as mortes com requintes de execuções (devidamente periciados) e a violência pelos descontroles emocionais, incentivados por leis fracas e o despreparo do aparato dos órgãos de segurança pública, continuaram a engrossar as fileiras dos “desaparecidos”. Os que ficavam engrossaram as fileiras dos miseráveis sociais desassistidos.

O DOMÍNIO DO INVISÍVEL

Enquanto isso as classes menos favorecidas corriam às farmácias para se automedicarem porque nas clínicas, hospitais e consultórios médicos o atendimento era dificultoso, necessitando agendamentos para uma simples consulta que não se conseguiam pela internet ou telefone.

Nada funcionava a contento, mas algo muito ruim e invisível continuava progredindo, dominando e estabelecendo seu próprio ritmo de destruição causando a falência das elites e de representantes de segmentos sociais diversos e menos aquinhoados.

OS REPRESENTANTES DAS INDÚSTRIAS FARMACÊUTICA E QUÍMICA ESTARIAM FELIZES?

Não creio nessa suposta felicidade como um monopólio associado à cupidez, mas nunca se vendeu tanto, em tão pouco tempo, barbitúricos, suplementos alimentícios e até álcool em gel e saponáceos (líquido, em pó e cremoso).

Tudo não passa de mediadas paliativas. Alguém duvida? E a população continua sem fôlego, como se estivesse se afogando no seco, igual a peixe fora d'água, morrendo por falência das vias respiratórias não só no Brasil, mas em todo o planeta em agonia.

Quando a Organização Mundial da Saúde – (OMS) “bateu o martelo” e declarou que a mortandade no planeta era causada por uma pandemia todos os governos, alguns mais apressados, outros nem tanto, começaram a preparação para consolidar as medidas contra o Sars-Cov-2 ou Coronavírus.

AS INDESEJADAS MAZELAS

Durante essa pandemia a convivência das famílias em isolamento social potencializou os conflitos entre os conviventes. Os casais que, eventualmente se digladiavam, passaram a discutir mais vezes, e por motivos fúteis e torpes as agressões domésticas cresceram assustadoramente.

Maridos e companheiros, os filhos e filhas de maioridade, acomodados, malcriados e mal-educados; desrespeitosos e desidiosos; subiram mais alguns degraus nessa escalada degradante do convívio que deveria ser amistoso e fraterno entre os consanguíneos e conviventes. Os desequilíbrios socioafetivos e mentais, latentes, emergiam fortes.

O comércio em geral, os estádios de desportos, igrejas, hospitais, clínicas e UPAs; universidades, faculdades; escolas públicas e privadas; quartéis, delegacias, entidades financeiras, restaurantes, feiras livres, clubes sociais, academias, supermercados, praias, piscinas e todas as repartições públicas adotaram medidas protocolares.

Em todos os segmentos, mormente nas repartições públicas, o isolamento social, medição de temperaturas e agendamentos, às pressas, foram normatizados, piorando (retrocedendo), mais ainda, o que já era ruim, no que diz respeito ao atendimento, para se tornarem grotesca, boçal e cruelmente péssimos.

Lamentavelmente... Foi isso que eu e centenas de milhares de pessoas vimos, vivenciamos e não gostamos! O caos se instalou no fatídico ANO DE 2020 — DOZE MESES DE PARALISIA.

OS PROBLEMAS DE GERÊNCIA MAIS CRÔNICOS EMERGIRAM

Para mitigar os problemas dos desempregados, miseráveis nem sempre por livre opção e assemelhados, adotaram-se medidas emergenciais. Uma delas foi o auxílio emergencial do governo.

Essa medida amenizadora foi boa, mas escancarou as portas para os esbulhadores e criminosos oportunistas que se aproveitaram das brechas no sistema, elaborado às pressas, para desviarem recursos essenciais aos mais necessitados.

Mas não foi só isso! Além dos problemas de: Segurança pública, educação, drogas e corrupção galopante, não necessariamente nesta ordem, em escala grandiosa e impacto devastador, essa danosa pandemia ressaltou dois dos mais antigos desafios para os governantes de nosso país: A desigualdade social e a falta de investimento em nossos sistemas de saúde.

Entendo, salvo outro juízo, que não devemos ficar complacentes diante dessa evidenciada desídia governamental. A arma mais poderosa para isso é o voto consciente nos futuros pleitos.

CONCLUSÃO

Devemos continuar a promover as medidas de saúde pública adequadas como o uso de máscaras, higienização do corpo, mãos principalmente, e o distanciamento social. Isso é o mínimo que podemos fazer enquanto esperamos uma vacina verdadeiramente eficaz. Façamos ouvidos moucos para as declarações dos politiqueiros que se digladiam evidenciando seus egos e vaidades.

O ano de 2020 foi e está sendo, ainda, estéril para muitos, mas isso não significa que devemos cruzar os braços. Afinal, solidariedade e compromisso para promover o acesso equitativo às ferramentas seguras e eficazes é, antes de tudo, um dever e ato de cidadania fraterna unindo forças com a obrigação governamental.

Que venha o ano de 2021 e seguintes. Somos resilientes! Acreditamos no progresso pela fé, caridade e esperança.

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NOTAS REFERENCIADAS

– Textos livres para consulta da Imprensa Brasileira e “web”;

– Assertivas do autor que devem ser consideradas circunstanciais e imparciais.