O FRACASSO E O SUCESSO COMO FALSOS MEDIDORES DE FELICIDADE
O fracasso traz consigo uma dialética contraditória e ao mesmo tempo interessante de se observar. Ostentando esse formato, ele funciona aos moldes de um bom conselheiro indicado para te formar como pessoa e te ajudar a superar os dramas existenciais. Pode parecer absurdo essa afirmação, ainda mais quando olhamos ao redor e constatamos como a patologia do discurso de sucesso impinge nas pessoas uma ansiedade contínua, nos convencendo a ter mais e mais indefinidamente.
Ganhar é maravilhoso; e quem atesta ao contrário disso está mentindo. Logo, defender a derrota é tolice; mas ponderar nos momentos ingloriosos, buscando um melhoramento na condução, é necessário. Fracassos e derrotas servem, via de regra, para trazerem à tona nossas decisões incorretas e também para lembrarmos da contingência da vida. Essa, atua na cegueira e nos imputa resultados os quais independem dos esforços empreendidos. Quando, por exemplo, você fica doente diante a um evento importante; ou quando sua empresa é atingida por uma greve dos Correios; tais acontecimentos trarão reveses sem haver uma busca espontânea por eles.
Obviamente, procurar derrotas, visando forma-se como pessoa, nem de longe é uma atitude inteligente. Já o sucesso, quanto mais se tem, a tendência é levar o indivíduo a mergulhar numa espécie de vaidade desvairada. O fiasco em excesso, por outro lado, nos deixa com a autoestima no chinelo e descrentes em nós mesmos. De toda forma, ambos possuem características vantajosas e outras nem tanto assim. Eles se excluem entre si, porém não são, necessariamente, opostos e tampouco fazem parte de um espectro maniqueísta.
Talvez a melhor forma de lidarmos com a derrota e com o fracasso é enxergá-los como velhos sábios, que, por meio dos seus conselhos, nos dão a noção exata do nosso tamanho; de nos mostrar como é ridículo esse mundo onde muitos insistem nessa ideia paranoica de se ter cada vez mais sucesso de modo desalinhado; e de despertar em nós um distanciamento de tudo isso para não nos tornarmos esses sujeitos ridículos e incautos.
A plenitude deve ser almejada a cada gesto, a cada opção, e precisa ser controlada a partir do nosso conceito de felicidade. Há aqueles viventes não plenos, com uma concepção fixa de se deixar levar pela vida dando muita importância para a sorte. Essa direção é validada frente ao entendimento legítimo trazido pelo fracasso, afinal ele é confortável por natureza. De fato, é confortável mesmo; pois nos tira a responsabilidade de atuação e faz pararmos de lutar. Ora, um falido, certamente, contará suas batalhas e no final dirá: não deu! O sucesso é uma ponte estreita, desafiadora; o fracasso é um quarto amplo, acolchoado e de clima ameno. Um angustia o espírito, pois é preciso suor e lágrima; o outro tranquiliza o coração e espera o próximo ato.
Exatamente por terem esses aspectos é que a grande maioria das pessoas opta por viver sob as rédeas da frustração. E isso tem a ver diretamente com o conceito de zona de conforto e como nós resistimos em deixá-la em vez de lançarmos mão de uma agenda efetiva. Contudo, isso requer coragem e energia. Coragem para dar um passo adiante; energia para contornar os obstáculos e ressignificar as conclusões, fazendo uso, inclusive, das consequências em se permitir pensar numa nova rota e segui-la.
O essencial é termos em mente uma clara construção de felicidade galgada no presente e tendo as possibilidades disso ocorrer como a seiva mantenedora de todo o processo. Nesse ínterim, o sucesso e as derrotas nos farão companhia, por vezes, mas a compreensão do papel desempenhado por eles será validado de um novo jeito, com múltiplos significados. A partir disso, levando em conta toda a contextualização presente, seremos capazes de mensurarmos a escolha, o método e o desfecho; e o produto resultante daí será, por meio de uma clara e inequívoca racionalização, o mote diferencial das nossas vidas.
O fracasso traz consigo uma dialética contraditória e ao mesmo tempo interessante de se observar. Ostentando esse formato, ele funciona aos moldes de um bom conselheiro indicado para te formar como pessoa e te ajudar a superar os dramas existenciais. Pode parecer absurdo essa afirmação, ainda mais quando olhamos ao redor e constatamos como a patologia do discurso de sucesso impinge nas pessoas uma ansiedade contínua, nos convencendo a ter mais e mais indefinidamente.
Ganhar é maravilhoso; e quem atesta ao contrário disso está mentindo. Logo, defender a derrota é tolice; mas ponderar nos momentos ingloriosos, buscando um melhoramento na condução, é necessário. Fracassos e derrotas servem, via de regra, para trazerem à tona nossas decisões incorretas e também para lembrarmos da contingência da vida. Essa, atua na cegueira e nos imputa resultados os quais independem dos esforços empreendidos. Quando, por exemplo, você fica doente diante a um evento importante; ou quando sua empresa é atingida por uma greve dos Correios; tais acontecimentos trarão reveses sem haver uma busca espontânea por eles.
Obviamente, procurar derrotas, visando forma-se como pessoa, nem de longe é uma atitude inteligente. Já o sucesso, quanto mais se tem, a tendência é levar o indivíduo a mergulhar numa espécie de vaidade desvairada. O fiasco em excesso, por outro lado, nos deixa com a autoestima no chinelo e descrentes em nós mesmos. De toda forma, ambos possuem características vantajosas e outras nem tanto assim. Eles se excluem entre si, porém não são, necessariamente, opostos e tampouco fazem parte de um espectro maniqueísta.
Talvez a melhor forma de lidarmos com a derrota e com o fracasso é enxergá-los como velhos sábios, que, por meio dos seus conselhos, nos dão a noção exata do nosso tamanho; de nos mostrar como é ridículo esse mundo onde muitos insistem nessa ideia paranoica de se ter cada vez mais sucesso de modo desalinhado; e de despertar em nós um distanciamento de tudo isso para não nos tornarmos esses sujeitos ridículos e incautos.
A plenitude deve ser almejada a cada gesto, a cada opção, e precisa ser controlada a partir do nosso conceito de felicidade. Há aqueles viventes não plenos, com uma concepção fixa de se deixar levar pela vida dando muita importância para a sorte. Essa direção é validada frente ao entendimento legítimo trazido pelo fracasso, afinal ele é confortável por natureza. De fato, é confortável mesmo; pois nos tira a responsabilidade de atuação e faz pararmos de lutar. Ora, um falido, certamente, contará suas batalhas e no final dirá: não deu! O sucesso é uma ponte estreita, desafiadora; o fracasso é um quarto amplo, acolchoado e de clima ameno. Um angustia o espírito, pois é preciso suor e lágrima; o outro tranquiliza o coração e espera o próximo ato.
Exatamente por terem esses aspectos é que a grande maioria das pessoas opta por viver sob as rédeas da frustração. E isso tem a ver diretamente com o conceito de zona de conforto e como nós resistimos em deixá-la em vez de lançarmos mão de uma agenda efetiva. Contudo, isso requer coragem e energia. Coragem para dar um passo adiante; energia para contornar os obstáculos e ressignificar as conclusões, fazendo uso, inclusive, das consequências em se permitir pensar numa nova rota e segui-la.
O essencial é termos em mente uma clara construção de felicidade galgada no presente e tendo as possibilidades disso ocorrer como a seiva mantenedora de todo o processo. Nesse ínterim, o sucesso e as derrotas nos farão companhia, por vezes, mas a compreensão do papel desempenhado por eles será validado de um novo jeito, com múltiplos significados. A partir disso, levando em conta toda a contextualização presente, seremos capazes de mensurarmos a escolha, o método e o desfecho; e o produto resultante daí será, por meio de uma clara e inequívoca racionalização, o mote diferencial das nossas vidas.