HERÓIS DA PÁTRIA E DIA DA BANDEIRA NACIONAL ESQUECIDOS?

Prólogo

Dia da Bandeira aplica-se a duas situações. Numa ocasião é o dia em que uma região, normalmente uma nação, escolhe para hastear a sua bandeira, noutra é o dia dedicado à celebração de uma data histórica que tenha a ver com a bandeira (exemplo: criação ou adopção da bandeira).

Os Dias da Bandeira são regulados pelas instituições governamentais dos países em que vigorarem, podendo um decreto emitido pelo chefe de estado determinar um Dia da Bandeira. As definições de onde e como a bandeira deve ser hasteada também podem ser estabelecidas por Decreto-Lei.

O DIA DA BANDEIRA NO BRASIL

No Brasil, a comemoração ocorre todos os anos no dia 19 de novembro, pois essa foi a data de instituição da bandeira nacional republicana, no ano de 1889. Nessa data ocorrem comemorações cívicas, pois normalmente acompanhadas ao canto do Hino à Bandeira.

A bandeira foi adotada pelo decreto nº 4 no dia 19 de novembro de 1889. Esse decreto foi preparado por Benjamin Constant, à época, membro do governo provisório.

Ao meio-dia (12h00) do Dia da Bandeira (19 de novembro), as bandeiras inservíveis (rasgadas, descoloridas etc.) devem ser incineradas em Cerimonial Peculiar. Quando eu estava no serviço ativo participei dessas cerimônias durante 32 anos, 07 meses e 22 dias! Trata-se de uma data memorável não apenas para mim, mas para centenas de milhares de patriotas.

PALAVRAS DO GENERAL AUGUSTO HELENO ALUSIVAS AO DIA DA BANDEIRA (19 DE NOVEMBRO).

Augusto Heleno Ribeiro Pereira é um general-de-exército da reserva remunerada do Exército Brasileiro. Atualmente ele é ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência do governo Bolsonaro. As palavras abaixo foram ditas e publicadas, em forma de um vídeo, no YouTube, com música suave e um bonito pano de fundo visual.

Gostei do texto e da produção como um todo, mas resolvi fazer minhas considerações respeitando, NÃO PODERIA SER DIFERENTE, todas as opiniões contrárias.

AS PALAVRAS DE SUA EXCELÊNCIA GENERAL AUGUSTO HELENO

“Auriverde pendão de minha terra, que a brisa do Brasil beija e balança. Tu, bandeira querida, deixaste de imperar, altaneira e imponente, na fachada de muitos prédios públicos, de empresas privadas e, principalmente, de inúmeros colégios. – (SIC).

"Por um terrível engano, nas últimas décadas, misturou-se ideologia e patriotismo. A tal ponto que as datas festivas e os heróis da pátria, patrimônio de todos nós, ao invés de serem cultuados com admiração e orgulho foram relegados a segundo plano.” – (SIC).

“Queremos que movidos pelo teu magnetismo, mestres e alunos voltem a fazer ecoar pelos pátios escolares o som inconfundível e vibrante de nossos hinos pátrios. Queremos que as crianças brasileiras aprendam a verem em ti um espelho das virtudes de cidadania que todos devemos cultivar. Honestidade, probidade, respeito à infância e aos mais velhos, amor ao próximo, crença no estudo, no trabalho, na retidão e no caráter.” – (SIC).

“Queremos ver-te reconhecida em todo o planeta como um símbolo maior do país da alegria, da convivência pacífica, da natureza pródiga, mas também da pujança econômica, da distribuição justa de renda, da igualdade de oportunidades, da cultura e da justiça social.” – (SIC).

MINHAS, TALVEZ, IRRELEVANTES CONSIDERAÇÕES

A mensagem de Sua Excelência General Heleno é (foi), de fato, excelente! Todavia, será que ele tem conhecimento da real causa da falta de motivação do público interno nos quartéis (oficiais e praças) para reverenciar os heróis nacionais nas datas festivas que, todos sabemos, estão relegadas a planos insignificantes?

Nas datas festivas, cívicas ou militares, eu e dezenas de centenas de militares da reserva gostaríamos de estar em um quartel, por convite, reverenciando até o dia da Arma de Comunicações (5 de maio) mesmo que seja uma Arma inoperante por contingências alheias aos discípulos do já desencarnado Rondon.

A tomada de Monte Castelo (21 de fevereiro), O Dia da vitória (8 de maio), o Dia da Infantaria (24 de maio), o Dia do Soldado (25 de agosto), o Dia da Independência do Brasil (7 de setembro), o Dia da Bandeira (19 de novembro), o Dia do Reservista (16 de dezembro) e tantas outras datas festivas, não menos importantes, estão em segundo plano porque, salvo outro juízo, o público interno NÃO ESTÁ motivado!

O INCENTIVO E OS TORNEIOS INEXISTENTES

Nessas supracitadas datas seria de bom grado que houvesse, nos quartéis, torneios e campeonatos de esportes (tiro, pentatlo militar, futebol, xadrez, outros) quando se convidariam os militares da reserva e das Forças Auxiliares, polícias: Federal, Rodoviária, Civil e Militar; Corpo de Bombeiros. A confraternização seria prazerosa entre os militares da ativa e da reserva.

Os oficiais deveriam promover palestras alusivas às datas festivas nas faculdades, colégios e afins; exposições de armas e cartazes nos quartéis e noutros locais apropriados também poderiam ser uma forma de reverenciar nossos heróis. Nada acontece e até nós, os militares da reserva, somos contaminados pela desídia sendo desmotivados a visitarmos os quartéis.

Por conta da desditosa e medonha pandemia, atualmente, nos quartéis, a "mão amiga" do "braço forte" sequer tem força ou interesse para atender ao telefone para agendar (marcar) uma simples consulta médica.

Não há mistura de “patriotismo com ideologia” como diz Sua Excelência o General Heleno. Respeitando todas as opiniões contrárias ouso afirmar que, O QUE REALMENTE FALTA é motivação e/ou interesse de quem pode e devia manter acesa a chama ardente do patriotismo.

CONCLUSÃO

Enfim, posso concluir sem pejo do ridículo, que em tempo de pandemia o Coronavírus assume boa parte da culpa dessa suposta falta de patriotismo. Orgulhosamente sou oriundo da Arma de Infantaria e em minha casa NÃO FALTA PATRIOTISMO!

Escrevo dessa forma embora saiba que nem todas as verdades são para todos os ouvidos, mas no Brasil falta educação familiar e cívica, segurança, motivação e/ou vontade para mudar ou controlar com leis duras e proficientes, usos e costumes esconsos que se enraízam na juventude cada vez mais irreverente, desrespeitosa e inconsequente.

Entremeando leituras de biografias de alguns briosos heróis militares também ouço hinos e canções militares. Nas datas festivas faço minha prece pedindo a Deus não para apontar os culpados dessa ostensiva e vergonhosa desídia (esquecimento dos nossos heróis e datas festivas).

Rogo ao criador para iluminar as mentes e manter saudáveis os "braços fortes" e as "mãos amigas" de quem pode alterar, se quisesse, até o curso dos rios com suas atuais “águas” putrefatas (corrupção) e turbulentas que encharcam e enlameiam o cenário familiar e político nacional.

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NOTAS REFERENCIADAS

– Textos livres para consulta da Imprensa Brasileira e “web”;

– Assertivas do autor que devem ser consideradas circunstanciais e imparciais.