FELIZ 2021

Alguém poderia dizer: "O ano nem acabou e já está desejando feliz ano novo?" Sim. Vamos lá: 31 de dezembro de 2019, às 23:59hs o mundo, em especial o Brasil, se preparava para mais um novo ano. Famílias reunidas com comidas e bebidas, praias lotadas, Copacabana se preparando para queima de fogos, oferendas aos santos, shows na avenida Paulista, vigílias, rezas e orações nas igrejas e catedrais, vizinhos que pouco ou nada conversavam se cumprimentando e desejando o famoso jargão: saúde, felicidade e dinheiro no bolso, promessas do tipo: vou emagrecer, entrar em uma academia, trocar de carro, fazer faculdade, namorar, noivar, casar, ter filhos, comprar a casa própria, etc, eram com certeza o que mais se ouvia minutos antes de entrar 2020. Ele chegou e à partir de março tudo mudou. Inúmeros sonhos e projetos foram interrompidos e devastados por conta do desconhecido cientificamente coronavírus. Além e principalmente das perdas irreparáveis que muitos tiveram e ainda estão tendo de seus entes queridos, lojas fecharam às portas, o desemprego cresceu assustadoramente, às escolas param de funcionar, os esportes são interrompidos, casamentos e aniversários cancelados, enfim, o mundo se viu refém de um inimigo que sequer poderia ser percebido. Esperançosos, muitos começaram a dizer: "Nunca mais seremos os mesmos. As pessoas provavelmente serão melhores, mais solidárias e amorosas." Mas aí vem o caso GEORGE FLODY nos EUA e o mundo novamente entra em "erupção." Explode os casos de corrupção no Brasil envolvendo desvios de recursos públicos na aquisição de aparelhos respiratórios. Um desembargador humilha um guarda civil. Uma engenheira menospreza um fiscal da prefeitura. Um morador de certo bairro nobre rebaixa um motoboy. Desavenças políticas ganham forças nas redes sociais. Muitos, fazendo pouco caso do perigo do vírus, voltam a fazer festas, churrascos, baladas, etc. Conclusão de tudo isso: Nós, seres humanos, já mostramos ao longo da história que somos incapazes de dar jeito em nós mesmos. Somos egoístas, orgulhosos, vaidosos, mesquinhos, corruptos, sedentos por poder, etc. Temos "síndrome de Deus," ou seja, achamos que somos ele e que temos o controle do amanhã. Não temos e NUNCA teremos. Isso significa que não devemos lutar pelo que é justo, correto e verdadeiro? Claro que devemos e como diria o grande escritor Ariano Suassuna: "Bom mesmo é ser um realista esperançoso." A questão é que jamais, por nós mesmos, chegaremos a plena perfeição._

Danilo D
Enviado por Danilo D em 15/08/2020
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