SOCIEDADE DOS ESPETÁCULOS.

Em tempos de flashes, caras e bocas, como é difícil a gente ser apenas útil sem precisar de aplausos, reconhecimentos, likes, cometários, etc. Como temos dificuldades de vivermos invisíveis e anônimos (com significado) sem a necessidade de revelar tudo. É fato que o ser humano sempre foi uma espécie de "pavão." Faz parte da natureza humana se mostrar para os outros. No entanto, com a chegada das mídias sociais as coisas foram além. O que há de gente, por exemplo, ganhando dinheiro e notoriedade as nossas custas com besterias, não é brincadeira. Gente que faz um canal no YouTube mostrando sua rotina , e nós, sedentos por entretenimento, vamos lá e ficamos de boca aberta admirando e invejando um estilo de vida que nem sabemos se é aquilo mesmo. Isso sem falar daquela mulher com seus 40 ou 50 anos de idade (tbm há um monte de homens que não amadureceram) que tenta competir com as filha de 20, exibindo seu corpo já flácido e gasto pelo tempo. Renê Descartes filósofo racionalista do século XVll diz a célebre frase: "Penso, logo existo." Nós, pós modernos, alteramos tal frase e direta ou indiretamente dizemos: "Posto, recebo curtidas, tenho meu EU afagado, portanto, logo existo." O que será que os historiadores dirão da nossa geração daqui à 100 anos?