PACTO DE UMA VIDA
PACTO DE UMA VIDA
Na adolescência, era um grande ouvinte e um grande conselheiro, era considerado uma pessoa diferenciada para o seu status de morador da periferia pobre, de uma cidade pobre.
Esta cidade já tinha sido a capital do café, e teve suas pujanças, mas na expansão que morava mais longe do centro, em um loteamento ainda sob a égide do Dec. 58/38, onde o proprietário da terra nua, fazia um mapa distributiva dos lotes, arquivava na Prefeitura, que o aceitava, e começava a vender, e a cada venda, um contrato, ou um escritura de desmembramento do total, era levada a Prefeitura que emitia uma certidão de desmembramento, para acompanhar o registro de imóveis que nasceria de uma nova unidade e assim foi até a lei dos registro públicos de 1973, e a lei de loteamento de 1979, mas funcionava bem e sem burocracia, sem exigência, e a nova unidade por falta de exigência burocrática, era barata e acessível aos mais pobres, que começava um barraco mesmo sem planta, com agua de poço, com fossa, e com energia elétrica que nem sempre servia a nova unidade, o novo barraco, isto era a década de 1960.
Mineirinho como status, personalidade, forma de agir, que veio do lado paulista da antiga divisa SP/MG de 1932, quando MG ficou mais longe um pouco, sim os Mineiros são jeitosos, discretos, são bons ouvintes, mas quando falam faz as pessoas ouvirem, afinal quando quem não tem a habitualidade de falar, passam a falar os presentes querem saber mais sobre o que o Mineirinho sabe.
Acabei de ler Balzac e a tensão e o interesse dos dois sexos e outros, onde o mundo não é os resplendores do trivial exposto pela Igreja Católica, até por que mesmo dentro dos anseios da Igreja tem seus distúrbio de comportamento, que não é o trivial, então ética e moralidade, seja no catolicismo ou seja na vida real é só uma ideologia do correto, contudo o cotidiano se vive como pode e como dá certo, quando alguma coisa sai do trivial se inventa e continua vivendo, assim como todos são hipócritas, apagam da visão os fatos e o cotidiano distorcidos e continuam vendo somente o que querem e o interessam.
No palco da vida todos são atores e todos representam o que a comunidade quer, isto é a vida, parece hipócrita e quase sempre é, com raras as exceções de alguém que ainda não errou ou permeou fatos ou atos que foge ao padrão, ou que os fatos não foram expostos de alguma maneira.
A lei e a igreja no Brasil sempre andaram de mãos dadas desde a descoberta financiada pelos Templários, que pela carnificina dos últimos 500 anos mudaram para cruz de malta, e no acordo puseram um acordo com os financiados, quem se submeter ao Estado Português será um cristão com o batismo do clero, quem não se submeter será um escravo do Estado e da igreja, e a igreja será sustentado pelo Estado e pelo acordo só poderá o Estado ser dirigido por quem tenha a comenda da cruz de malta, ou seja quem quiser comandar tem que também se submeter a Igreja.
DA HIPOCRISIA
A hipocrisia é o ato de enxergar as coisas como elas deveriam ser, e não como elas são , as distorções de comportamento não são vista quando não interessa a outra parte, somente será notada quando for conveniente usar a favor de quem aceita ou precisa não aceitar e a vida continua, se o infrator tiver uma visa que não se choque com outras vidas de quem estão no caminho nunca será notada, caso contrário será jogada no ventilador sempre que for necessário para poder subjugar o adversário do dia a dia, contudo sempre que for vantajoso, os desvios nunca serão notados.
A lei até o final da década, do último milênio, mais precisamente antes do ECA em 1994, os filhos de fora do casamento não podiam ser reconhecidos, e a alguns séculos antes as mulheres eram tidas como Virgens que não podiam se casar, teria que viver sob a proteção da igreja como freiras serviçais, ou como com uma vida sem casamento, como prostitutas ou como concubinas. Era uma hipocrisia total, pois as concubinas no mundo machista eram aceitas publicamente, desde que os machistas cumprissem a manutenção de comida com a esposa, tudo estaria bem.
Sempre foi assim hipocrisia é aceitar as diferenças de atitudes ou fatos ocorridos de acordo com nossos interesses como se não tivesse acontecido ou não estejam acontecendo.
Sexo fora do casamento, casamento da igreja era e é pecado, mas sempre houve, e quando não tinha a sequela da gravidez, sempre era como não tivesse existido, contudo com a gravidez, teria que ser administrado, preferencialmente com o casamento quando isto era possível, pois as vezes um dos dois era casado e proibido portanto de um segundo casamento, mas mesmo quando não eram impedidos pelo casamento nem sempre levava ao casamento, pois a vontade e incompatibilidade dos envolvidos poderia impedir este caminho.
Quando a menina era menor, o estupro se resolvia pelo casamento normalmente forçado pelo escrivão de polícia com o beneplácito do vigário, e quando mais anos para traz, mais cedo as meninas e os meninos se casavam e começavam nova vida, pois não havia outra expectativa de vida que não fosse começar uma nova família e o trabalho na lavoura, que os jovens eram preparados para tal.
Então a avó do Mineirinho casou aos 12 com o marido de 17, dizem que era para fugir do alistamento da guerra, mas por que não tinha outro futuro que não fosse o início de uma nova família e o trabalho na Lavoura, nesta época, a lavoura do café (ouro verde).
Com o passar destes últimos cem anos, a ideia de educação, escola, as multiplicidades de profissão criada pela vida urbana, como medicina, enfermagem, pedreiro, engenheiros, etc. ou seja com a criação de escolas e até faculdades, os casamentos foram atrasados no tempo dos jovens, para a busca de um objetivo de uma profissão, mas os hormônios corporais continuaram a ocorrer a partir dos 12 mais ou menos, e o anseio, o desejo por se relacionar era uma busca constante, e como a ideia de começar uma nova família, trabalhando na lavoura não era mais um objetivo, então a busca por um namoro e um relacionamento pecaminoso segunda a igreja se tornara cada vez mais constante.
Foi assim a revolução nos relacionamentos impulsionado pelo movimento hipe da década de 1960 de woodstok, do amor livre que acabaram por ser mais aceito a partir de então com a revolução da libertação sexual a partir da década de 1980, que aparentemente foi retrocedida a partir no novo milênio.
Na década de 1950, início da era industrial a população era mais de 90% rural, e nesta década é mais de 90% urbana, tendo então a partir da década de 1950 havido o início de um êxodo rural sem precedente, inclusive um movimento de migração interna das áreas mais longínquas do Nordeste para a grande capital paulista e cidades vizinhas.
Ao que se sabe o tataravô no final do século passado ou anterior, pois quando virou o século anterior já tinha mais de sessenta anos, teve filho fora do casamento, e muitas outras relações nesta época ainda da existência da escravidão o relacionamento com as escravas eram aceitas hipocritamente, ou seja, sem comentários.
Como até em 1994, não se podia registrar o filho fora do casamento, então não ficou registrado o fato.
Nunca procuramos discrepância e a rigidez das normas de comportamento e a discretês imposta impõe o sigilo, ou a não discussão sobre assuntos que não sejam atitudes positivas, fatos positivos, fatos que elevam a moral e ética pessoal do ser, e de sua família
Falar do supostamente negativa, ou não trivial, do pecado cometido segundo a igreja, não faz bem a ninguém e é como se não tivesse ocorrido,
É a vida hipócrita sendo vivida, como se não tivesse ocorrido fatos aprováveis pela Igreja, sendo vivido como se as sequelas não tivessem ocorrido, apesar de fora dos referidos relacionamentos que não podia ser proclamado pelo vigário.
A irmã do mineiro, em seu último ano de faculdade abandonou a mesma por gravides fora do casamento, ao contrário de muitas que foram expulsa do lar, teve o amparo e embora passado mais de 40 anos, nunca tenha exposto ou dado conhecimento do verdadeiro pai, teve uma vida aparentemente regular, sem qualquer questionamento, ou qualquer conversa a respeito do suposto pai, todos respeitam a posição de não querer tal revelação, a irmã mais velha era o resultado de uma criação da filha da falecida prima que silenciava esta relação apesar de ter sido pela fatalidade da mãe biológica; a irmã do meio, união conturbada, trabalho instável, droga, inteligência demais, vida difícil, administrada, apoiada pela família que desencadeou como uma vida razoável e uma família numerosa com suas particularidades, uma filha, mãe solteira, com vários filhos de vários pais, outra idem, outra vivendo as liberações de Balzac, bissexual, e tudo dentro de uma aparente normalidade.
A primeira citada, com outro relacionamento outra filha, e tudo normal, vivendo em casas separadas e até em relacionamento abertos, mas aparentemente dentro de um padrão de comportamento normal e aceito por toda a comunidade.
O mineirinho humano, e dentro de uma comunidade quase que normal a busca do sexo antes do casamento, não poderia passar imune da sequela de ser pai solteiro, e apesar de tentar recompensar os fatos com o casamento que não se consolidou não por sua decisão, uma vez que não via a propensa noiva o interesse em tal comprometimento, contudo achava importante dar continuidade a gestação, por questão religiosa ou não, veio então ao mundo um menino, e levando em consideração a década de 70, apesar do início da revolução sexual, ainda a aceitação publica tanto para o homem como para a mulher o convívio e a criação pelos pais solteiros do filho comum, era algo incompreensível, quase impossível, principalmente se vieram a casar com outros cônjuges, tornando tema de debate de atores da tv, nas décadas que se seguiram.
Não poderia ser diferente para o futuro do Mineirinho, bem como até da mãe solteira, que queriam ter um relacionamento, um casamento futuro, e assim conviver com a criação comum do filho era algo inconcebido para os relacionamentos que iriam ter.
Assim apesar do reconhecimento que eram impossíveis quando casados, e como eram solteiros, o reconhecimento foi feito, o acordo de pensão e criação também foi feito de forma que não haveria contato para que os pais solteiros pudessem ter uma vida aparentemente normal de casados, e hipocritamente, o pai foi isolado do filho, visto que a mãe resolveu que iria cria-lo, apesar do pai ter se colocado à disposição para tal, enquanto era solteiro e podia tomar esta decisão sozinho.
Com o acordo de não relacionamento, ambos partiram para um casamento, e um distanciamento social, e somente a mãe com relacionamento com o filho, e o pai somente com o encargo de pensão de um salário mínimo, que para muitos parece muito e para muitos parece pouco, e com um quase proposito, os depósitos sempre foram feitos, mas de forma nem sempre mensal em dia certo, sendo em diversos período atrasado quase que de proposito, para impor uma vida de não dependência de tal recurso, uma vez que a dependência criam situação de desespero e comprometimento com tais recursos, que a sua falha de continuidade poderia gerar traumas irreparáveis no cotidiano do dia a dia com a dependência criada.
Assim algum relacionamento do pai foi tateado com a intermediação da irmã, mãe solteira, ou de algum funcionário ou amigo, e o distanciamento social foi completo por mais de dezoito anos e até a carta do tio chamando a atenção do lapso temporal longo passado e a necessidade de algum tipo de contato, até por que então o filho já tinha dezoito.
Foi quando então algum relacionamento direto veio a existir e apesar de com muito respeito, muito espaçado de uma a duas vezes por ano, as vezes até mais esporádica, nunca com a mãe, tudo em cumprimento as regras feitas por ocasião do nascimento e registro, e em respeito aos relacionamentos existente com os cônjuges dos casamentos existentes e em exercício.
É certo que a mãe soleira, que então casou e teve outros vários filhos, na última década também se separou, mas isto não mudou a regra de separação social de relacionamento, e mesmo a eventualidade de relacionamento entre o pai solteiro e o filho do relacionamento esporadicamente, não autorizou, ou autorizava qualquer relacionamento com a dita mãe.
Ideologicamente falando, e após mais de cinco décadas de novela da globo maciçamente expondo relacionamentos amistosos entre pessoas de casais separados, mesmo entre os filhos de pais diferentes nestes novos relacionamentos surgidos, o pacto existente pesa muito, e qualquer tentativa de burlar é um peso descomunal para os cônjuges que continua com o relacionamento, e as várias tentativas por décadas de tentar amenizar as consequências deste pacto, nunca amenizou a possibilidade de viver diferente o relacionamento deste mesmo pacto.
Muito difícil de entender no mundo dito moderno, a manutenção deste pacto, como se não fosse uma imposição ética/moral de comportamento, um execração de sistema ou meio de vida; até por que a vida continuou para todos, e os sobrinhos tiveram e tem uma vida mais ao estilo das novelas liberativas da globo, com todo o respeito é logico, mantem filhos e relacionamentos de vários pais em contatos com estes de forma pública, o mesmo sucedendo com os sobrinhos por parte da companheira do Mineirinho, e aparentemente com relacionamento normalizado e público, e isto também ocorre com os filhos do Mineirinho também, uma com um relacionamento único com pai solteiro com quem casou e tiveram que administrar uma investigação de paternidade que foi superada, principalmente por que a mãe solteira faleceu no parto, e a filha foi criada pelos avós, e então após paternidade assumida pela investigação de paternidade, bem como da lei do ECA de 1994 que autorizava o reconhecimento, a vida social e o relacionamento com a filha fora do casamento se tornou pública, embora não convivendo sob o mesmo lar e este relacionamento seja esporádico, quase que socialmente em poucos dias do ano.;
Isto inclusive também ocorre com o filho do pacto que também teve um relacionamento de pai solteiro ainda meio jovem, relacionamento este que não perduro se não por poucos anos, e com a benção que entendem vir de Deus, um novo relacionamento abençoado veio com um boa companheira, com um segundo filho, sem que isto impedisse o relacionamento anterior com o filho do primeiro relacionamento e até contatos entre a ex e a atual no sentido de administrar o melhor para o filho que tiveram do casamento anterior.
Uma mãezona surgiu na vida do filho do pacto, mãezona esta que mantem a família acima de qualquer coisa, acompanha o enteado como filho em todos os momentos, mantendo um relacionamento de mãe como ninguém, sem excluir o relacionamento do enteado com sua própria mãe que o criou até mais de dez anos, quando então por conveniência passou a guarda de fato do novo casal, como dito, sem excluir o relacionamento aberto e público do enteado com a mãe biológica e que o criou até quase a puberdade.
Todos na vida tem altos e baixos, e o filho do pacto também, mas com certeza a companheira e mãezona soube como ninguém administrar a trilha a seguir no dia a dia, com paciência, tolerância, carinho, e veio a religião, que sempre é uma coisa boa, principalmente na infância, adolescência e até na velhice, guia passos do dia a dia, orar é uma maneira de tolerar melhor, pois nas orações se pede perdão e quem aprende a pedir perdão também aprende a perdoar, e assim as dificuldades do dia a dia pode se superar com o tempo, sem rescindir, sem cindir o relacionamento, não quer dizer que ela também não teve seus problemas pessoais por administrar, nem que todas outras pessoas do mundo não tenha problema para administrar sejam de ordem pessoal, seja de ordem de relacionamento da família, ou mesmo da comunidade em que se vive.
Viver é administrar problema, sejam de ordem material, sejam de ordem pessoal, familiar, de relacionamento consigo mesmo e com outras pessoas, segundo Schopenhauer, a felicidade sempre vem depois de um sofrimento, ou seja, uma alegria só é percebida por que antes houve um sofrimento, pois não é só de coisas boas que a vida existe, caso isto ocorresse, não saberíamos distinguir, por falta de conhecimento de coisas ruins em nossas vidas.
Sequelas da ausência de relacionamento e afetividade entre pai e filho, por filho pai substituído pelo padrasto que o cria, mesmo levando em consideração conhecimento da pensão recebida de pai conhecido que que reconheceu exposta na certidão de nascimento,
Impossível analisar, no tempo espaço, por qualquer pessoa, julgar então o comportamento de qualquer um nestas relações é mais complicado ainda, todos idealizam coisas neste mundo, e idealizar é pensar em hipótese, em ideias diferentes das que realmente estão ocorrendo, ou ocorreram, pensando no futuro de como deverá inclusive ser o comportamento de todos e as sequelas que estes comportamentos e relacionamentos levarão um, ou mais, ou todos.
Tudo é hipotético, ou seja, todos os fatos são interpretados por pessoas diferentes de forma diferente.
Todos podem achar que poderia ter sido diferente, mas os fatos já ocorreram e poderão serem interpretados da maneira que lhes achar qualquer um dos atores do relacionamento, as pessoas que pensam que conhecem os fatos, mas nada mudará o que já ocorreu,
Os fatos foram praticados no tempo espaço, são pretéritos, da maneira que foram praticados por um motivo ou outro, por um pacto ou não pacto, e a relevância de cada pacto pertence a quem pactuou, e os demais que vivem no entorno do relacionamento tem que viver como melhor aprovier pela forma com que cada um estão se comportando.
A melhor maneira de viver é ser passivo a isto, isto se chama aceitação, ou seja, aceitar aquilo que não se pode mudar, e como os atos de terceiros são de terceiros, quem vive próximo só pode mesmo e tentar viver indiferente aos fatos, viver como puder tentar ter a própria vida e procurar a ser feliz, aproveitar a cada momento, após alguma inconveniência, após alguma infelicidade.
Hipoteticamente, ideologicamente todos os atores gostariam de ter uma vida hipotética diferente com um padrão considerado mais normal como todos, e é logico que os mais próximos, aqueles que tem um relacionamento biológico gostariam de ter um relacionamento mais comum, mais normal, mas os fatos da vida por um motivo ou outro levaram ao relacionamento existente, assim necessário administrar o melhor possível as situações existentes, e os distanciamentos existentes.
DO AMIGO
Um fato análogo vivenciado pelo Mineirinho ao saber da dúvida existente na cabeça um novo amigo da existência de uma família anterior, que todos os conhecidos se recusavam a comentar, ou levar a aproximação, por mais de trinta anos, havia um pacto de não conversação sobre a existência da família anterior, e mesmo após a morte dos pais por mais de 20 anos, e da morte da mãe por mais de uma década, os outros membros da família se recusavam por respeito ao pacto de silencia em comentar ou permitir que alguém conversassem sobre a existência ou onde poderia ser encontrado outra família.
A falta de recurso impede a busca, pois buscar implica e parar o que se está fazendo que gera recurso para a manutenção da vida, e a ausência de recurso extra impede de não trabalhar e procurar exige uma demanda recurso inexistente, então impacta a descoberta da eventual família existente.
Sabedor da dúvida mental, da existência desta pergunta de um passado diferente da família do pai, da possibilidade da existência de meio irmãos vivos por conhecer, levou a ter a informação da existência de um tio por parte do pai falecido em sua mais tenra idade, e conversando a respeito levou o Mineirinho a promover a as respostas levando o amigo a visitar o tio, e qual não foi a surpresa pelas respostas as suas dúvidas da existência real desta família do falecido pai, e números de quatro irmãs e dois irmãos, e ai veio a obtenção de elementos de contatos.
As dúvidas mentais que sempre preocupou o amigo, com as informações recebidas começava a desvendar um mundo novo da existência desta família de meio irmãos que havia sido apagada de sua cabeça, pela mãe, família e dificuldades da vida que teve até então.
As tecnologias de comunicação melhoradas, o telefone, e os números fornecidos pelo Tio, fez com que começasse a busca pelos contatos, mas ainda não era claro em sua mente se alguma vez na vida tinha relacionado com os tais parentes.
Na primeira ligação que fez encontrou do outro lado da linha um cunhado, que ao atender criou uma barreira intransponível da continuidade da conversar com uma resposta, o que você quer com minha mulher, um ex-militar, e um aclaramento da mente, de que talvez este tenha por ocasião da morte de seu pai que foi assassinado aparecida na vida de sua família, e em consequência deste aparecimento o assassino de seu pai também foi morto, e questionado ou não a possibilidade de ser o responsável pela vingança.
A mente começava a criar um laço de lembrança com seus primeiros anos de vida e com realidade que supunha existir e que todos silenciavam.
Apesar das cobranças mentais urgentes das novas descobertas, aquele impacto das lembranças do cunhado e do círculo militar que ele viveu, e a vaga lembrança do assassinado do pai e a morte do assassino, e daquela resposta “seca, direta” o assustava em continuar a procurar do contato da irmã de forma imediata e também ainda das faltas de recurso eminente para tal empreitada.
Continuava o silencio da família da mãe, que tinha algum relacionamento, apesar de muito pouco devido da distância de quase 200 km, e da falta de recursos.
Foi a circunstância de viver mineirinho próximo a irmã casada com o militar, e do pensamento que tirar feria em uma fazenda sem sair da mesma é algo impossível, pois como tirar férias no meio do próprio serviços e foi então patrocinado ao amigo férias na residência do mineirinho, uma vida muito diferente de tudo, longe da vida existente na fazendo onde tinha convivido a vida inteira.
Foi aí então que o amigo patrocinado por estas férias que o levariam ainda a visitar lugares, como as grandes cidades, como as praias e no meio do caminho estava então a irmã que tinha tentado contatar há vários meses antes e que havia impelido pelo medo do cunhado a dar continuidade.
Mineirinho no meio de um destes passeios que patrocinou e de posse do contato, conseguiu o endereço que levou o amigo até o contato da irmã, uma reunião de reaproximação e de conhecimento de história pela primeira vez da família primeira de seu pai, ainda de sobra acabou conhecendo um cunhado Consul de embaixadas importantes do mundo russo, americano e outros de grande importância , acabou por saber mais de perto, que está irmão foi sua madrinha, difícil acreditar que a família da mãe tivesse conseguido no passar de sua mais tenra idade silenciar toda a história da sua existência com relação a primeira família de seu pai.
Apesar de conseguir, outros contatos com o restante dos meios irmãos, as dificuldades de recursos o impediam de busca-los de contatar de ter o calor presente do contato e assim passaram vários meses até anos para a continuidade da busca dos parentes perdidos do tempo.
Foi na volta da viagem de uma pescaria de mato grosso que no trajeto da volta vivia um irmão, que teve conhecimento, e assim Mineirinho em contato com outros da comitiva resolveram então dar ao amigo o segundo encontro com a família do passado e qual não a maior surpresa, quando lá chegado, além do irmão alegre em receber, reencontrou a sobrinha, filha deste irmão, um pouquinha mais velha que trazia a mente, os encontros de criança com as poucas vivencias que tiveram, mais além deste irmão e sobrinha, qual não foi a surpresa em encontrar o ouro irmão residente distante uns 400 km, e a irmã Consulesa também residente pra outro lado outros 400 km, e foi então um encontro de metade dos meios irmãos da primeira família do pai, um encontro de cinema, de tv, que precisava de dias para contarem as histórias das famílias desgarradas pelo silencio do tempo.
Os irmãos que viveram com construtoras internacional o trabalho pelo mundo a distância, a irmã que viveu nas embaixadas do mundo, um mundo de cultura diferente da que tinha vivido no silencio do tempo, onde após a morte do pai, ficaram de leu em leu, de barraca em barrada, e cada vez que aparentemente haveria risco de contato com as duas famílias a mãe como uma nômade, levantava barraca e partia para um lugar desconhecido, talvez o receio de perder a posse dos filhos para a primeira família, e nestas andanças e falta de recursos isolou também a família da própria mãe, passando a viverem com isolamento familiar sem precedente, e os assuntos proibidos eram falar em família, antiga ou atual.
A partir destes contatos, foram visitados pelos irmãos da primeira família, com quem passou a identificar de uma forma de comportamentos parecidos de brincadeiras, teve a oportunidade ainda de conhecer uma outra irmão próxima da primeira em uma de suas viagens futuras, teve ainda a oportunidade de participar do velórios de seus dois irmãos falecidos na última década, a tecnologia do face book e WhatsApp chegou até o amigo e reaproximou os irmãos, que além das visitas que o faziam, ainda mantinham contato, inclusive com todos os sobrinhos a melhor dos recursos permitiu que também se aproximasse da família de sua mãe, inclusive conhecer sua avó centenária.
DE VOLTA AO PACTO
Estes fatos ocorrido com o amigo faz acreditar que o relacionamento com os filhos meio irmãos poderão com o passar de o tempo mudar, a ter um relacionamento diferente.
O pacto de silencio e de isolamento social feito no nascimento impede que estes relacionamentos se apressem, que estes irmãos passem a ter vida própria enquanto talvez os pais tenham vida.
É certo que existem vontade entre estes irmãos de aproximação, tendo havido manifestação neste sentido, mas o receio de ferir o pacto de silencio, e de ferir os atores desses pactos, de interferir em particularidades do passado, faz com que estas aproximações sejam prorrogadas entres os mesmos.
Com certeza o relacionamento haverá um dia, e a certeza são os bens que terão que seguir o curso da herança e a partilhar imporá a reunião para o acerto de quotas.
Passados mais de quarenta anos as vidas paralelas se recusam a se compartilhar entre entre os interlocutores ou atores, pelo pacto de silencio e isolamento havidos no passado, e as pessoas envolvidas perdem de conviver, de compartilhar as boas e más coisas da vida de cada um. É certo que ideologicamente todos gostariam que fossem diferentes.
A filha do mineirinho ganhou a possibilidade de viver próxima, de participar das atividades correlatas e com isto aprender a administrar os recursos materiais angariados ao longo da vida para poder entregar a quem de direito no futuro.
Viver próximo de alguém criam lastros, criam aprendizados, e outras vezes criam a obrigação de manutenção dos pactos.
A vida por si só não é mais ou menos feliz pelos relacionamentos ou pela falta deles, os fatos de existirem vidas paralelas participativas ou não, com convivência ou não, pois a felicidade está implícita na paz e aceitação e construção com que cada pessoa faz para a sua vida, sempre haverá momentos piores e melhores e a felicidade terá sempre a ver com isto, no final todos viverão como pode, como foi permitido os pactos que cumpriram ou não em suas vidas.
HISTORIA DO ANCIÃO
Um ancião com uma vida inteira regada de princípios rigorosos das mulheres não cortar cabelo, usar sais longas, não assistir televisão, não se conectar à internet teve vida logicamente a vida alterada paulatinamente através dos tempos de convivência dos últimos quarenta e cinco anos até seu falecimento.
Com todo o rigor de sua vida regada, jamais admitiria o relacionamento de famílias diversas separadas por novos relacionamentos, contudo no final de sua vida foi convidado a participara de uma reunião que contava ter sido extraordinária e que aprovou.
Um casal com filhos que se separaram e tiveram novas famílias constituídas e com novos filhos, e depois de décadas se reuniam para confraternizar um final de ano, com a presença de todos. Eram famílias religiosas crentes, que conseguiram ter novas famílias e que apesar de não terem grandes relacionamentos após a separação, tinham a intenção de relacionamento, e assim pactuaram o encontro e convidaram o Ancião.
Relatava o Ancião a normalidade do encontro pacifico ocorrido entre todos, com uma aparente confraternização de grande amizade entre os mesmos, com uma exceção apenas com relação a primeira esposa do casal separado. Argumentou que não devia estar se sentir desta forma constrangida e descontente, uma vez que todos estavam felizes, devia ela também assim se sentir. Havia uma surpresa aparente no comportamento regado do Ancião, que em tempos passados jamais toleraria a formação de novas famílias advinda da separação da anterior, muito menos a reunião de todos em um só ambiente de confraternização, e ainda a sua opinião sobre a ex-esposa não satisfeita plenamente com a reunião apesar de presente. 12.07.20