NÃO DEVERIA...

O sol nasce e brilha para todos! Não deveria para os preconceituosos raciais, que julgam e condenam o semelhante pela cor da pele, é no mínimo, merecedor da não existência; não deveria compartilhar do sabor da vida. Nos envolva o som do seu tambor, o axé da sua reza, o bailar dos seus passos, somos todos negros e afros.

A água, chuva, belezas naturais, não deveriam satisfazer os homofóbicos, que se alimentam de ódio e disparam indelicadeza. Exclusão de sentimentos bons e prazerosos para os seres violentos que destratam as mulheres, não deveria para estes o serviço comum que o oxigênio oferece.

O chão deste solo não deveria ser fundamento para os agressores e zombadores dos Direitos Humanos, da causa indígena e ambiental, das matas e florestas: nossa Amazônia, abandonada e em chamas!

Não deveriam ser reeleitos para representar o povo, comunidade, homens e mulheres que desviam recursos públicos, aglomerando-os em suas contas milionárias e mansões portentosas: mestres do ilusionismo que conquistam suas eleições com enganos e truques aos mais simples.

Não deveria desejar o que por hora acabo de escrever, se a fome de justiça e paz não me viesse a devorar, a refletir adoeço com a desigualdade social e tantas outras maneiras de opressão, principalmente aos não informados e periféricos da nossa massacrante sociedade.

Não deveria existir a práxis insensível da JUSTIÇA DESTE PAÍS (o poder judiciário), este é pois, celeiro onde observamos a marca da incoerência; dos seus robustos salários e mordomias às sentenças injustas que de lá são vomitadas contra os mais fracos e pequenos, sem vez e voz, apodrecendo nas cadeias efervescentes.

Até que se aprendesse o contrário de tudo isso, não deveria existir estas e outras satisfações e alegrias da vida, para o homem (humanidade) desumano e sem brilho. Resta apelar para o poeta: incandeia, incandeia, incandeia, incandeia meu candiá, com muita luz e óleo na reserva para nunca permitir que a chama apague-se... Respeite e ame a todas e a todos! Não condene, não julgue! Nunca se conforme.