UNIVERSO DISTÓPICO

Prólogo

Talvez dezenas de centenas dos meus leitores, depois de lerem o tema deste texto, vão querer consultar o dicionário para saber o significado da palavra DISTÓPICO. Facilitarei essa tarefa. A palavra, de modo geral, significa um mundo irreal, um universo paralelo, inimaginável, lugar fictício. Basicamente, um mundo que nunca irá existir, pois é um mundo perfeito.

Os contos e romances distópicos são um subgênero dentro da literatura de ficção científica. Geralmente estes romances apresentam uma sociedade do futuro que caiu em um estado deplorável ou totalitário, por diversas razões. ... Por essa razão, quaisquer romances ou contos distópicos são o completo oposto das histórias utópicas.

O MUNDO DISTÓPICO DE JOHN LENNON

Quando o musicista John Lennon escreveu e gravou a belíssima canção-poema “Imagine”, no ano de 1971, ele dizia: “Imagine que não houvesse nenhum país. Nenhum motivo para matar ou morrer. E nem religião, também. Imagine todas as pessoas vivendo a vida em paz. Imagine que não há posses. Sem a necessidade de ganância ou fome, uma irmandade dos homens. Espero que um dia você se junte a nós e o mundo viverá como um só.”. – (SIC).

Ora, todos sonhamos com uma fraternidade universal. A Rede Globo lançou há algum tempo a vinheta onde um coro de refugiados canta: O meu país é a terra / Ninguém nos separa da terra /Junte a sua com a nossa voz...”. Em 1956 Gamal Abdel Nasser presidente de seu país (Egito) de 1954 até sua morte dizia: “Todos sonhamos com a glória de uma nação, mas é preciso criar essa glória.” – (SIC).

Pode até ser que eu viva, quando sonho colorido ou escrevo algum devaneio, em um universo distópico igual ao do musicista John Lennon ou do político e nacionalista Gamal Abdel Nasser e outros pacifistas pós-Nasser, mas não me custa afirmar: É preciso criar liames fortes, estribados nos valores morais, familiares e na competência para essa conquista; ter fé, lutar por essa justa e merecida vitória! Se trabalharmos com determinação haveremos de superar a crise atual de nosso país!

ABRIMOS NOSSAS FRONTEIRAS

Desafio é apenas um jogo, peleja, competição. Sem os desafios, a vida fica estacionada, entra numa rotina fria, insossa. Os desafios e as adversidades, quando encarados de frente e de forma positiva, representam grande fonte de aprendizado.

A certeza que tenho, no momento, é cristalina: Sem estudo, interesse, qualificação, comunicação e/ou informação séria, isto é, não contaminada por interesses escusos de empresários e politiqueiros caricatos, não lograremos êxitos em quaisquer propósitos.

Aconteceu e foi bom para nossa gente e nosso país! Pela razão do bom propósito e tendo em vista alavancar o turismo, o atual presidente JAIR MESSIAS BOLSONARO abriu as fronteiras abolindo o visto para algumas nações do primeiro mundo, mas a recíproca não foi, não é e não creio que um dia seja verdadeira! Os estrangeiros não acreditam no refrão:

"O meu país é a terra / Ninguém nos separa da terra..." /Junte a sua com a nossa voz...”. – (SIC).

Por exemplo: Os estadunidenses podem viajar para o nosso país sem a necessidade de visto formal, mas nós (sou exceção porque tenho esse visto confirmado em meu passaporte) brasileiros necessitamos de visto para visitar os Estados Unidos da América – EUA.

MEU ENTENDIMENTO SOBRE A CANÇÃO "IMAGINE" DE LENNON

John Lennon escreveu e gravou a belíssima canção-poema “Imagine”, no ano de 1971, mas ele vivia num mundo distópico. Na canção Lennon imaginava um mundo sem religião, mas professava suas crenças, acreditava e defendia seus devaneios.

Pelo que entendo um conjunto de sistemas culturais e de crenças é a melhor definição de religião. Portanto, no mundo real Lennon não era um anticristo ou antirreligioso. Compreendo e creio que apenas no universo da espiritualidade podemos desfrutar de uma convivência sem fome, sem fronteiras nem cupidez entre os fraternos.

CONCLUSÃO

Provavelmente os estudiosos, filósofos, políticos, religiosos, mandatários das nações do primeiro mundo ouviram e traduziram a canção de John Lennon de viés, principalmente pelo desprezo explícito ao sentimento religioso; também leram e interpretaram da forma mais esconsa possível o livro "Vigiar e Punir” do filósofo francês Michel Foucault.

O supracitado trabalho literário foi publicado originalmente em 1975 e tido como uma obra que alterou o modo de pensar e fazer política social no mundo ocidental. O excelente livro de Foucault só foi traduzido e publicado no Brasil em 1987.

Michel Foucault entendia e acreditava que a “disciplina” também se manifesta nas escolas, indústrias e Forças Armadas modernas, justamente como uma maneira de exercer o poder para produzir sujeitos capazes de funcionar como engrenagens da nova sociedade pós-absolutismo.

Até o tempo de que as pessoas dispõem será controlado de formas muito mais estritas do que se via antes. Não sou exceção... Sempre acreditei e ensinei por mais de trinta e dois anos, antes de me aposentar, a força construtiva da disciplina.

É claro que a análise de Foucault não elimina a necessidade de legislar sobre crimes ou construir prisões, de impedir que refugiados mal-educados, doentes, criminosos contumazes e outros desequilibrados tarados aventureiros invadam os países ricos, mas ela continua sendo um lembrete importante de que não é só o desejo de justiça que move esse tipo de iniciativa. É preciso transformar universos distópicos em fraterna harmonia universal.

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NOTAS REFERENCIADAS

– Textos livres da Imprensa Brasileira para consulta;

– Assertivas do autor que devem ser consideradas circunstanciais e imparciais.