Dia Internacional de Nelson Mandela

O calendário é repleto de datas dedicadas à celebração de temas, fatos, causas e pessoas. Em novembro de 2009, a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas – ONU aprovou a criação do Dia Internacional de Nelson Mandela (Nelson Mandela Internacional Day) a ser celebrado anualmente em 18 de julho. Trata-se de uma homenagem à vida e legado de um dos maiores líderes da história contemporânea.

Nelson Rolihlahla Mandela era advogado e ganhou destaque na luta contra o Apartheid instalado na África do Sul. Seu empenho na construção de uma sociedade mais justa, com igualdade econômica, política e social é um exemplo deve ser divulgado e celebrado.

Como acontece com milhares de idealistas que não medem esforços em suas empreitadas, acabou condenado e passou 27 anos na prisão. Após liberto, foi eleito presidente daquele país. Em reconhecimento pela sua obra ganhou alguns prêmios, entre os quais, o Nobel da Paz. Já o Mandela Day é um tributo onde se celebra a igualdade entre as raças e etnias, a proteção aos direitos humanos, a integridade da humanidade e a resolução dos conflitos entre povos.

Madiba como era carinhosamente tratado pelo povo, era extremamente habilidoso com as palavras e seus discursos emocionavam e conquistavam as plateias. Durante sua posse, quando alguns esperavam revanchismo contra os brancos opressores, ele conclamou o povo para experimentar uma aliança para a construção de uma nova sociedade, uma “nação arco-íris”, onde todos teriam garantido o direito à dignidade humana. Seus ensinamentos estão vivos, presentes e necessários, especialmente quando o mundo atravessa uma crise global de saúde com consequências imprevisíveis.

Especialistas projetam impactos devastadores na economia e nas relação interpessoais até a retomada completa da produção, do desenvolvimento e da estabilização. Nos tempos do “novo normal”, além do esforço de todos, será necessário a altivez de grandes estadistas que liderem o processo de reconstrução. Para assumir o protagonismo necessário, os agentes públicos e políticos precisam compreender que a democracia envolve uma complexa relação, inclusive de convivência com as diferenças e com cidadãos com opiniões diversas e até contrárias.

Um vírus escancarou as limitações humanas e também a incompetência de determinadas autoridades em trabalhar de forma integrada em favor do bem comum. A falta de capacidade política e administrativa enfraqueceu a efetividade no combate à pandemia, ampliou a quantidade de infectados e mortos e agora observamos que muito sofrimento poderia ser evitado. Mas nem tudo está perdido, no processo de reconstrução da saúde, educação, indústria, comércio, prestação de serviços, enfim de todo arranjo produtivo, poderemos começar a fazer diferente e melhor. Mandela já ensinava que “a grandeza da vida não consiste em não cair nunca, mas em nos levantarmos cada vez que caímos”.

Após sepultar seus mortes e curar seus doentes, a humanidade voltará a crescer. Não será pela violência física, mas pela mudança política que retiraremos do cenário aqueles que fracassaram e encontraremos pessoas realmente preparadas e comprometidas, que saibam planejar e agir para proporcionar a equidade fundamental para construir cidades, estados e nações melhores para todos.

Voltando ao Dia de Mandela, como ação prática, nesta data, as pessoas são convidadas a dedicar parte de seu tempo aos que mais precisam, além de compartilhar a mensagem de solidariedade de Nelson Mandela através das redes sociais, com o uso da hashtag #mandeladay. Aliás, auxiliar aos mais necessitados e compartilhar boa práticas, são exercícios que deveriam ser cotidianos. Quem sabe assim teríamos um mundo ou ao menos uma cidade “arco-íris”.

ANDRÉ LUIZ DA SILVA
Enviado por ANDRÉ LUIZ DA SILVA em 20/07/2020
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