UMA QUESTÃO ÓBVIA
UMA QUESTÃO ÓBVIA
terça-feira, 30 de junho de 2020
Seria de se esperar por parte de grande parte da Humanidade que ela tivesse a exata consciência do que se dá entre todos. Mas, infelizmente, não é assim. E por isso esse emaranhado e esse amontoado de imbróglios que nos envolvem a no geral.
Há coisa de uns doze anos atrás decidi adquirir um computador. O fiz tão somente para digitalizar meus discos de vinil que possuía desde muito tempo. E realizei tal proposta. Com muito trabalho, registre-se.
Mas com o passar dos dias, adquirindo uma conexão com a internet, acostumei-me a acessá-la. Com isso fui tomando conhecimento das coisas e novidades que ela proporcionava e oferecia. E deparei-me com uma rede social.
Seguindo, descobri a existência de um blog. E até de forma diletante, digamos, criei um deles, dando início à minha carreira de blogueiro, e a desenvolvo até os dias atuais e com certeza por mais dias no futuro.
É sabido que cada um de nós possui uma natureza. E é onde expressamos nossos modos, jeitos e que tais. Como o meu jeito de ser me leva a ser considerado uma pessoa de trato difícil, segui por um caminho dentro desse âmbito. Assim, tornei-me um cronista. E de Segunda à Sexta-feira coloco uma matéria nele.
Acontece que depois desses anos de prática, passei a observar certos aspectos, que ainda não havia percebido. Grande parte das pessoas não gosta de assuntos pesados. Textos críticos e contundentes. Bem como tudo o que aponta para os muitos equívocos da própria Humanidade.
A prova disso é que tais autores passam a ser considerados miseráveis, malditos ou coisa parecida. E temos muitos exemplos disso em nosso cotidiano.
Em contra partida, aqueles que desenvolvem textos leves, sentimentais e emocionais, levam uma tremenda vantagem sobre os primeiros, porque as pessoas tentam escamotear-se sob certas situações, buscando fugir da autenticidade vital.
A vida carrega nuances indefinidas e indeterminadas. Boas e más. Assim é que ninguém quer encarar as segundas. Optam por ficar tão somente com as primeiras, porque encarar a existência de forma direta é extremamente pesado e doloroso. É, sim, muito sofrido, convenhamos.
Desta forma é onde podemos observar que muitas da situações ruins que existem nessa vida foram criadas tão somente pela falta de coragem de enfrentá-las, deixando as dificuldades aumentarem, até o ponto de uma situação não mais se resolver de forma simples.
Talvez seja por isso que as igrejas evangélicas estejam abarrotadas de gente. Estas, por muito tempo deixaram suas vidas chegarem a um ponto profundo, onde só lhes era possível dar ouvido a alguém que lhe dissesse: "não fume, não jogue, não beba, não gaste mais do que ganhe e, também, não tenha amante". Simples assim.
E o que acontece depois disso? A vida delas volta ao normal, ao equilíbrio. E elas dizem que foram curadas (e consertadas) por Deus. Mesmo que sabendo-se que não há nenhuma atuação de uma entidade, sagrada que seja, que pudesse mudar aquelas situações, a não ser a própria pessoa.
Mas fechemos as questões. E devo estar causando incômodo em tantos, porque estou relatando uma coisa simples e fácil, mas que grande parte das pessoas só o percebem depois de caírem em desgraça. O que, convenhamos, nenhum de nós precisa disso. Apenas devemos ficar antenados e ligados nos procedimentos em nossas vidas, evitando aqueles negativos, nefastos e terríveis.