(Re) começo: o mundo pós Covid-19

Resumo: O cenário atual trará mudanças de comportamento que, de certa maneira, constituem um recomeço para a humanidade. Em que medida a epidemia afetará na rotina urbana? Quais as principais consequências dela herdaremos? Baseado nas transformações já observadas farei uma análise de maneira a construir um possível cenário para a próxima década.

O mundo contemporâneo está passando por grandes transformações desde que suas características sobrepuseram-se na rotina da sociedade de seu tempo. Renovações comportamentais, readaptações já constituem o cenário do cotidiano a cada transformação. Porém, mesmo que esta não seja a primeira vez que uma epidemia dízima grande parte da população mundial, não há repetição genuína, mas há lições que precisam ser extraídas.

O mundo pós Covid-19 exigirá uma readaptação, entre outras, a inserção de novas relações de trabalho, como o teletrabalho, mais cuidado com a saúde do corpo e da mente e uma readequação de nossa legislação de modo a adequar as transformações, estão entre as que já se encontram em funcionamento.

O futuro nos reserva transformações que, por necessidade de adequação às novas formas de trabalho, substituirão cargos mais administrativos, mais operacionais, de maneira a prezar por opções mais avançadas e competitivas. Nosso tempo inaugurou o tempo curto versus maior volume de produção versus barateamento de custos e aumento da tecnologia.

O cinema já tentou esboçar cenários futuristas, entre outros, com o filme "Eu, robô ", em que se tem o embate entre máquinas com IA (inteligência artificial) e os seres humanos, com ascensão daquela.

Sem dúvida, haverá um recomeço, quem sabe a necessidade de se enfatizar o cuidado de nosso corpo e mente em troca da longevidade e mais qualidade de vida, com a tecnologia sendo utilizada a nosso favor, porém, também para o mau.

Crises, tais como a atual, causam grandes mudanças no que chamamos de "normal ", mas não, necessariamente, impactam em uma nova abordagem conceitual. Mesmo assim, não há repetição genuína de eventos como esse, apenas existem processos que se repetem, como guerras, fome, doenças, crises políticas e econômicas, cada uma com as características e carências de seu próprio tempo.

Conclusão:

Sistemas estão sujeitos a entrarem em colapso a curto ou médio prazo por variadas razões, mas que apontam para o esfacelamento de estruturas a priori consolidadas, que se corromperam por não acompanharem, por exemplo, as tendências de mercado. Nesse aspecto, o próprio mercado constitui um termômetro regulador da saúde das estruturas e sistemas de cada tempo.