A MORTE DO MENINO MIGUEL

A morte do menino Muguel.

A morte do menino Miguel nos leva a desvendar um quadro multifacetado, social, racial, econômico, político, em fim, antropológico.

1. Ha uma inversão de valores a primeira vista.

2. O razoável seria a empregada fazer os afazeres domésticos e a patroa sair com seu cão habitualmente.

3. Já que a empregada vai sair com o cachorro, porque não levar seu filho nesta empreitada tão lúdica para a criança.

4. A patroa tão inexperiente nos seus dois anos matrimoniais, não domina a liderança quer seja com a criança como com a empregada.

5. A ascendência da patroa esbarra no conceito de empregadora, uma vez que quem paga o salário é a Prefeitura onde o patrão é prefeito da Cidade.

6. A responsabilidade inerente a uma adulta contradiz pelo comportamento, não só em deixar uma criança de cinco anos sozinho no elevador como incentivou apertando o botão de subida para a cobertura do edifício onde ela mora.

7. A responsabilidade pelo incapaz é toda da patroa que assumiu a guarda da criança perante a mãe que teve a tarefa de cuidar do cachorro.

8. Há resquícios de racismo da patroa, branca, loura, em cuidar da criança negra, filha da sua empregada.

9. Como primeira-dama Municipal não quis se rebaixar a uma tarefa pet.

10. A localização do prédio onde mora, a sua área esportiva e social, justificou o arbitramento em R$ 20.000,00 (vinte mil reais), pelo delegado a título de fiança para responder o processo em liberdade.

Todas essas nuances levam cada um de nós, incomodado com a questão policial, julgar a seu juízo o comportamento da patroa.

Chico Luz.

CHICO LUZ
Enviado por CHICO LUZ em 12/06/2020
Reeditado em 12/06/2020
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