Fomentando a Cultura em Tempos de Crise
Redes sociais como recurso de aproximação
Durante a pandemia de COVID-19 o que mais tem se visto são as lives invadindo o terreno das redes sociais. Esse, por sua vez, é o recurso mais utilizado para além de uma aproximação social, uma forma de contribuir para a continuidade da produção cultural e artística do país.
Em alguns casos essa questão se reduz a uma certa necessidade instaurada nessa ação que vai além do simples fomento à cultura, nesse caso, para alguns artistas o uso das apresentações em tempo real se resume na condição de conseguirem o próprio sustento econômico, tendo visto que devido ao isolamento os shows foram cancelados. Mas, a questão possui vários substratos, na mesma medida que esses artistas fazem suas apresentações para benefício próprio, fazem para benefício da sociedade em geral que necessita de apoio essencialmente. Em diversas ocasiões artistas se propuseram a adquirir doações para instituições e famílias carentes que passam por dificuldades nesse período, isso, uma atitude louvável.
Em outro campo, a questão educacional é valorizada na inúmera quantidade de encontros virtuais que se sucedem diariamente, contribuindo assim a continuidade do processo educacional constante que devemos nos enquadrar, basta procurar e abrir a tela para a sua área.
Como já se é perceptível, o governo vigente no país não é inteirado da necessidade e/ou valorização de uma cultura consistente e que está sempre em movimento, haja visto que até então não houvera elaborado projeto algum que tornasse relevante a prática artística social, e, quando tal feito parecia dar as cara, viu-se de certo uma lambança com o caso do vídeo do Ex-Secretário Nacional da Cultura Roberto Alvim, onde remetia uma atmosfera sensitiva de cunho alinhado às proposições do Ministro da Propaganda Nazista, Goebbels. Dessa forma, a precariedade no setor é uma questão estruturada desde a estética governamental até uma suposta aversão de uma parcela da própria população, causando a ausência do potencial cultural e até da difusão de novos agentes de propagação das artes e novos talentos espalhados pelo país.
Esse momento delicado esboça que a cultura reside no íntimo do povo e precisa ser externada, e, nesses casos impulsionados pela distância e levando em consideração a intimidade das pessoas a uma tela de aparelho eletrônico, nós podemos conhecer o verdadeiro seio da cultura brasileira impregnada no século XXI, pois, essa há de ser a característica que nos definirá no decorrer deste século: o uso da intimidade nas redes sociais, seja ele benéfico ou maléfico. Na cultura, essa alternativa mostra-se potencial e benéfica para todas as classes, para todos os artistas, enfim, para todos.
Faça sua parte e fomente o incentivo à cultura, pois, ela pode ser o valor de uma sociedade.
Gostou do texto? Acompanhe meu trabalho nas redes sociais em @oleonardofr
Me acompanhe no jornalístico Estadão Alagoas em
estadaoalagoas.com.br