A partir do século XV, sob a liderança de portugueses e espanhóis, os europeus começam um processo de intensa globalização, a chamada Expansão Marítima. Este fato também ficou conhecido como as Grandes Navegações e tinha como principais objetivos: a obtenção de riquezas (atividades comerciais) tanto pela exploração da terra (minerais e vegetais) quanto pela submissão de outros seres humanos ao trabalho escravo (indígenas e africanos), pela pretensão de expansão territorial, pela difusão do cristianismo (catolicismo) para outras civilizações e também pelo desejo de aventura e pela tentativa de superar os perigos do mar (real e imaginário).
Bom saber que na Idade Média, na Europa, a doença fazia parte da vida quotidiana. O excesso de pessoas, a contaminação dos poços, a falta de organização sanitária, as ruas repletas de porcos e ratos, a invasão das pulgas, tudo contribuía para o alastramento das epidemias.
Entre as doenças vulgares para as quais não havia cura contam-se o sarampo, a tuberculose, a disenteria, a difteria, a varíola, a gonorreia e outras várias DSTs. No entanto, a pior de todas foi a peste negra.
A Peste Negra foi uma pandemia, isto é, a proliferação generalizada de uma doença causada pelo bacilo Yersinia pestis, que se deu na segunda metade do século XIV, na Europa. Essa peste integrou a série de acontecimentos que contribuíram para a Crise da Baixa Idade Média, como as revoltas camponesas, a Guerra dos Cem Anos e o declínio da cavalaria medieval. Dentre estes desafios, uma solução viável seria expandir, pois não existia conhecimento, tecnologia para tantos desafios.
A África Negra, também chamada de África Subsaariana, é a região da África que se encontra ao sul do deserto do Saara. A expressão “África Negra” foi criada no século XIX pelos colonizadores europeus para se referir à região da África cuja população era majoritariamente negra e que ainda não tinha sido totalmente “descoberta” pela civilização ocidental.
Essa região é composta por 47 países, a saber: África do Sul, Angola, Benin, Botsuana, Burkina Fasso, Burundi, Camarões, Cabo Verde, Chade, Congo, Costa do Marfim, Djibuti, GuinéEquatorial, Eritreia, Etiópia, Gabáo, Gâmbia, Gana, Guiné, Guiné-Bissau, Ilhas Comores, Lesoto, Libéria, Madagascar, Malauí, Mali, Mauritânia, Maurício, Moçambique, Namíbia, Níger, Nigéria, Quênia, República Centro-Africana, Ruanda, República Democrática do Congo, São Tomé e Príncipe, Senegal, Seychelles, Serra Leoa, Somalia, Sudão, Suazilândia, Tanzânia, Togo, Zâmbia, e Zimbábue.
Apesar de ser chamada de “berço da humanidade” e de “África verdadeira”, a África subsaariana é mais conhecida por ser a zona mais pobre do mundo. Dentre os países que compõem a região, 33 deles estão entre os mais pobres do planeta. A queda do padrão de vida constante é visível: salas de aula lotadas (apesar dos elevados índices de evasão escolar), hospitais em condições sub-humanas, cidades saturadas de favelas, entre outros problemas. No entanto, as principais economias de todo o continente africano são da África do Sul e da Nigéria, respectivamente.
Com o enfraquecimento das potências europeias após a Segunda Guerra Mundial, vários países africanos conquistaram a sua independência. Organizando os seus exércitos contra os opressores que tiveram que voltar as suas atenções para a Guerra Mundial e a reconstrução de seus países - a África agradeceu. Apesar de terem se tornado independentes, a maior parte dos Estados africanos desenvolveu-se sem uma identidade nacional ou condições básicas de sobrevivência. Se a Europa é rica é pelo fato da África ser pobre, devido a exploração descabida de toda a sua riqueza por Europeus.
Durante o período das Grandes Navegações várias Raças foram quase exterminadas em todo o mundo e outras totalmente esquecidas, mas o que há de se observar é que a única deslocada, como escrava, foi a raça negra. Nenhuma outra, por obrigação, foi retirada de seu continente. Com isso surgiu algo interessante depois da abolição dos escravos no mundo, quem ficou no continente a que foi levado - pois muitos voltaram para a África, foi colocado na condição de cidadão de segunda categoria, sem direitos, mas os descendentes que foram criados por brancos como filhos mestiços ou adotados, tiveram uma relevante participação na reconstrução de um grupo social colocado em condições de exclusão.
Toda esta percepção chega quando observamos a luta contra o apartheid, que foi mais evidenciado nos EUA e África do sul, que tem seu Herói em Nelson Mandela, mas é bom que se saiba que um exercito tinha sido formado por revoltados negros, apoiados e armados por negros americanos ricos que tomariam a Cidade do Cabo e marchariam para pretória. Nelson Mandela foi um mediador do que seria uma carnificina incomparável, pois a pretensão era chamar toda a população no desenvolvimento do conflito cuja a população é de 92% de negros. Ou seja, os descendentes dos que foram retirados voltaram para o seu desagravo.
Com a abolição da escravatura no Brasil foi iniciada a construção de uma sociedade de castas, onde o Branco rico ficava na casta mais elevada e os outros no que sobraria, sem direito a propriedade, voto, início de negócio, educação e tudo mais que o poderia ser considerado como Cidadão. As coisas foram mudando após as primeiras eleições em que negros e mulheres conseguiram o pleno voto 1945. Decorrente deste fato, este povo, não conseguiu entrar no evento da expansão econômica e em decorrência fundar companhias que estão entre nós até hoje e são as mais ricas do mundo. Não foi apenas por falta de capacidade - afinal como a ter, capacidade, se a cultura lhe era negada, mas também pela impossibilidade de legalizar qualquer negócio, gerando assim, hoje, a falta de legado, a falta de ser o elemento empregador. Isso poderia não ser um obstáculo, mas o é, pois estas mesmas empresas empregadoras foram formadas nos tempos em que a sociedade se formou em castas, chegando a percepção de que sempre seria necessário um líder Branco.
Estas verdades estão acabando, ademais temos brancos muito pobres e negros muito ricos, mas no que se refere ao mercado de trabalho a maioria dos empregadores são brancos por terem seus negócios montados em uma época em que não existia competidores e existia a obrigação de todos comprarem seus produtos. Em determinados casos isto é um problema, mas os caminhos estão mudando, sendo quando um empregador encontra um funcionário, mesmo negro, com competência comprovada, e mudando ainda por vários negros, pardos iniciarem seus negócios.
E quanto ao ingresso dos negros no funcionalismo público, é bom saber:
"Três PECs (Propostas de Emenda à Constituição —que receberam os números 02/99, 54/99 e 59/99), precisamente porque pretendem efetivar ou dar estabilidade a funcionários públicos sem concurso, estão (corretamente) sendo alvo de muitas críticas. São três novos "trens da alegria" (!), de acordo com a linguagem jornalística.
A primeira (PEC 02/99) almeja efetivar servidores contratados temporariamente, com mais de dez anos no serviço público, assim como os funcionários requisitados de estados e municípios para trabalhar em órgãos federais. A segunda (PEC 54/99) tem como propósito principal garantir a estabilidade de servidores não concursados, contratados no período de 1983 a 1988, ou seja, antes da Constituição Federal de 1988. Por fim, a última (PEC 59/99), seguindo os parâmetros da primeira, propõe a efetivação de servidores admitidos sem concurso público até a promulgação da Constituição.
Nessa mesma linha há ainda uma quarta PEC (471/05), que pretende efetivar em seus cargos, sem concurso público, os atuais responsáveis ou os substitutos de serviços notariais e registrais.
Beneficiários de várias dessas propostas são aqueles empregados públicos (regidos pela CLT), sem concurso, que integravam os quadros da administração pública antes da promulgação da CF de 1988."
Mas o que significa isto? O funcionalismo público antes da CF de 1988 permitia que pessoas devidamente escolhidas entrassem a partir do chamado "Trem da alegria", que possibilitava os peixes entrarem e se acomodarem em uma repartição pública e isto deste a Republica, 15 de novembro de 1889, e quem eram os privilegiados? Em sua maioria Brancos a partir de seus pais, apadrinhados gerando uma verdadeira passagem de comando entre sócios proprietários do estado.
Sem dúvida este método prejudicava os Negros e não-negros pobres que pouco ou nenhum conhecimento tinham do que ocorria, pois caminhavam nos bastidores e este processo culminou em formar um País de Puxa-Sacos.
Hoje a tendência é de todo trabalho público ser conquistado a partir de concurso. Entretanto a PL 4330/2004, tem a pretensão de terceirizar a maioria da atividade pública, trazendo então o velho Trem da Alegria em outro formato.
Considerações finais:
Sou militar aposentado, profissão muito desconsiderada, mas desde o seus primórdios o militarismo vem incluindo os menos favorecidos na sociedade. Uma das primeiras instituições a exigir concurso para os seus melhores seguimentos. Como Fuzileiro Naval sou concursado.
Na Época em que desejava entrar para o mercado muitos obstáculos se seguiam, alunos de universidade pública notoriamente eram ricos e nestas instituições poderíamos encontrar os carros mais caros e importados no país em um tempo que nem existia abertura de mercado, existia o Trem da alegria e a população podia usar jargões como: Negro só é gente no banheiro, é preto mas tem nariz fino, é preto mas tem a alma branca e ai vai ...
O que move e comove uma pessoa é difícil de saber, pois não podemos entrar no corpo da pessoa, mas sabemos que lutamos pelos nossos, então um pai quer o melhor para o filho e se o melhor for o que é injusto para outro então o outro não importa. Então como julgar sem ser julgado. Existe uma filosofia, estudo, sobre percepção: Em cada lugar a percepção é diferente, sendo que se faz necessário uma percepção de uma pessoa ausente nos interesses abordados.
Hoje simplesmente acho a sociedade incrível. Temos o ENEM, que diminui o comércio de vestibulares - sim no meu tempo existia uma industria do vestibular, temos os concursos públicos, temos a empresa de fundo de quintal - O meu filho tem uma empresa com a intenção de empregar (Gerar Empregos), o simples nacional. E tudo com a intenção de privilegiar os mais esforçados .
Artigo em primeira publicação em 15/10/2016