SAÚDE É O QUE INTERESSA O RESTO NÃO TEM PRESSA.A HUMANIDADE NÃO DEU CERTO?
SAÚDE É O QUE INTERESSA O RESTO NÃO TEM PRESSA.
A HUMANIDADE NÃO DEU CERTO?
VALÉRIA GUERRA REITER
Pandemia, injustiça, patifaria, meritocracia, neoliberalismo, discriminação, fascismo, nazismo, um mundo mergulhado no ostracismo; na anomia, com o recheio da mediocridade.
Vivemos por conta da web, da internet. E sob o império de um maniqueísmo abjeto, em uma bolha onde nem todos podem desfrutar de salvaguarda, em se tratando de liberdade. Há um grandioso dilúvio viral que chove sobre o planeta. E o capitalismo está dentro da Arca, mais vivo do que nunca. Ele sofre mutações e se adapta: evoluindo fortemente.
Que tipo de patifaria real está acontecendo com nosso Brasil? Chanceler que crê na Terra plana e quer expulsar venezuelanos, falsos filósofos que são gurus da presidência, Ministro da Saúde que não consegue nem colocar a máscara que protege da contaminação. Sem contar as agressões constantes à Imprensa. Vivemos tempos sombrios. E a pandemia virulenta nos torna duplamente vulneráveis em relação à manutenção da saúde, no campo físico e/ou mental.
Saúde é um estado de plenitude orgânica, onde o ser mantém o equilíbrio metabólico. Nosso sistema imunológico é sofisticadíssimo, ele se especializou na defesa contra os micror-ganismos de forma brilhante. Existem células especializadas em fagocitar os patógenos como os macrófagos, que invadem regiões infectadas. Os linfócitos outro tipo celular imunológico produzem anticorpos específicos. O Sistema imunitário ou imunológico é tão competente e especializado que quando ocorre incompatibilidade de fator Rh, entre mãe e filho, durante a gestação, o sistema rechaça aquele feto e causa a ERITROBLASTOSE FETAL; que ocorre quando o sangue da mãe é fator Rh negativo, e o do filho é Rh positivo.
A máquina humana é chegada à perfeição, logicamente foi se adaptando a cada mudança do Meio, e ganhando espaço de permanência global ao lado de outros espécimes mais antigos, para se ter ideia (a adrenalina) o hormônio produzido pelas glândulas suprarrenais, foi o grande aliado dos homens primitivos (um verdadeiro mecanismo bioquímico) de vanguarda para estimular a força do hominídeo no embate contra o mamute, ou contra o tigre-dente-de-sabre, era preciso lutar, e não enfartar. Viver é uma arte (uma técnica).
E falando em arte, dois nomes artísticos foram os protagonistas de dois episódios tristes no início desta semana no Brasil; ambos atuaram na mesma emissora de televisão, um deles fazia parte do elenco de humorismo; o outro um ator polivalente que tinha competência de atuação sob qualquer estilo nesta grande profissão. Um deles partiu ontem, e deixou um bilhete onde lamentou profundamente a atual conjuntura nacional. Sim, Flávio Migliaccio quis partir. Já o outro que (prefiro não citar o nome) dono do bordão: “Saúde é o que interessa o resto não tem pressa” demonstrou total apoio à necropolítica que vigora em Brasília.
Este senhor esteve no último domingo, sem máscara, em plena Pandemia viral, ao lado do presidente da República, e ele proferia o mesmo bordão, trocando apenas o termo “saúde” pelo termo “Bolsonaro”. Que péssimo exemplo para a criança, para o jovem, ou seja, para qualquer cidadão que apoie o desvario que sentou no poder central.
Será que a humanidade não deu certo? Como deixou grafado em bilhete de despedida o grande artista Flávio Migliaccio?
Nós, artistas, jornalistas, escritores, poetas... temos obrigação de ficar do lado certo da História; parte da população brasileira caminha cega para o abismo. E é esta parcela da humanidade que precisa ser alumiada pela lanterna da esperança na luta contra o seu próprio ódio. E então de algum orbe cheio de luz, o nosso eterno “Xerife” ficará feliz vendo que a humanidade ainda poderá dar certo...
#FORANAZISMO
#LeiaBrazilevireBrasil