REMETENDO-SE AO PASSADO
REMETENDO-SE AO PASSADO
sexta-feira, 1 de maio de 2020
"Tempo bom, não volta mais, saudades de outros tempos iguais". Essa música fez muito sucesso em décadas passadas. E era cantada pelo famoso Lilico, um baita comediante, dos muitos bons que já existiram em nosso país.
É óbvio que só os com mais idade, um sexagenário, ou mais, por exemplo, pode cita-la com muita propriedade. E quer dizer de um passado. Mesmo não tão recente, mas também não tão longínquo. E tem a ver com a vivência e a existência dos que já possuem aquelas idades.
É repetitivo afirmar que tudo era melhor. Mas não se quer aqui comparar os tempos através dos progressos tecnológicos e sim dos modos, costumes e práticas comportamentais entre as pessoas desses muitos tempos.
Há quarenta, cinquenta ou mais anos atrás, os recursos tecnológicos que possuímos hoje, não existiam. E isso pode ser falado em matéria dos medicamentos e dos atendimentos médicos de outrora. A humanidade se via dos conhecimentos dos mais velhos. E das suas práticas também.
O uso de ervas e remédios caseiros eram comuns. E todos tratavam seus males assim, com esses recursos limitados. Mas que, paradoxalmente, resolviam todos os males e curavam a maioria deles. E a prova disso é a existência e presença de pessoas idosas nesse nosso cotidiano.
Até mesmo o uso de rezas, simpatias e outras coisas, eram praticadas no intuito da cura de um doente. Mesmo que hoje em dia se ponha dúvida ou descrédito naqueles processos, foram eles que nos trataram, então. E todos os que passaram por isso são agradecidos de forma profunda a eles.
E nesses tempos modernos, e nesses últimos, então, os médicos e cientistas estão aterrorizados com um vírus vindo da China, segundo dizem. E acabaram por adoecer milhares, quiçá milhões de pessoas mundo afora.
Mas o que é que mudou nessas circunstâncias? É de se imaginar que a qualidade técnica e profissional dos agentes não estejam em sintonia com a modernidade. Por isso esse desencontro que se observa neles, sem que consigam acalmar, tratar, conscientizar, enfim, normalizar o desespero coletivo que se instalou nas vidas de todos.