Fé como condição si ne qua non para qualquer empreendimento.
Fé continuação
Os poderes da fé incutidas na mente das crianças desde tenra idade levam a uma vida cotidiana mais saudável ao assimilar o poder de Deus em nossa vida. Tirando proveito do enriquecimento espiritual este que é o todo da nossa vida, nos fazendo trilhar caminhos mais saudáveis.
Em nossa família não foi diferente, pois minha mãe e meu pai vieram de famílias católicas, não praticantes assíduos por estarem em zona agrícola distante de igrejas, porém minha mãe era rezadeira de terços na vizinhança onde já eram agendados os votos, as promessas, e a colheita farta eram motivos em que os fazendeiros, meeiros, etc., faziam em datas magnas da religiosidade, exemplificando 20 de janeiro e 24 de junho comemorando São Sebastião e São João, dentre outros. Nós, as crianças, e às vezes meu pai costumávamos acompanhá-la nestas atividades.
Falando em religiosidade, também éramos obrigados a fazer orações antes de dormir todas as noites, e lá do quarto mesmo em falar Bença pai e Bença Mãe, e não só um, e sim, todos.Ha em Frutal um exemplo impar em que um policial militar, o cabo Lélio, que atua em um programa diário em uma emissora de radio, usando este costume antigo falar com seus ouvintes destacando o "Bença Pai e bença Mãe" eu acho bem vinda uma forma carinhosa de tratar com seu publico ouvintes, fazendo relembrar a nossa infância...
Há na filosofia ‘Mente sã em corpo são’, e com estes ideais não há caminho íngreme que não possa ser superado um pouco a cada dia, cada mês e cada ano. E dentro da frase que sempre meu pai dizia: ‘Nunca se deve colocar o chapéu onde não se pode alcançar’. Lembrando os créditos são as razões de quase todas as atividades comerciais com os devidos equilíbrios, certamente haverá progressos.
Convivi com a família Zamarioli por quase cinco anos morando com custo baixo, pois pagava somente os valores referentes às refeições. Algo extraordinário, que conheceram meus pais em momento de dificuldades, com minha mãe internada no Hospital São Lucas (de Barretos) quase desenganada pelos médicos, movidos por consulta e amigos foi chamado o padre para preces e, este ao fazer suas orações ela melhorou extraordinariamente, chegando a se sentar na cama. Então se lembraram que não haviam se casado no Civil, meu pai providenciou logo o enlace, chamando o senhor Atílio Zamarioli e esposa para padrinhos, o qual foi feito no próprio hospital. E quem estava para receber a extrema unção recebeu alta.
Ficaram amigos e os paraninfos nos visitavam constantemente, e quando resolvi estudar em Barretos eles ofereceram hospedagem, inicialmente somente para dormir, pois eu tomava as refeições na casa do senhor Antonio Dal Porto, proprietário da empresa onde eu trabalhava. Posteriormente foi pensão completa com cama e mesa por quase seis anos, onde me tratavam igual a seus filhos por quem sou muito grato a eles.
Historiando o caso das águias que tudo fazem para seus filhotes, até fazendo ninhos com suas penas mais macias do peito, protegendo a todo custo, mas quando os filhotes começam a ficar empenados, a mãe os obriga a voar e ter vida própria. Creio que comigo aconteceu o mesmo onde meu pai desmanchou o ninho e fazer voar, indo para a casa dos Zamarioli, lá sendo tratado muito bem como um filho. Havia dona Lena como uma segunda mãe e seu marido senhor Atílio como um segundo pai. Certa ocasião eu tive problemas de coluna que às vezes travava e ele fazia massagens na minha costa onde doía.
Achei superinteressante, pois é difícil pais se prontificando em fazer isto com os próprios filhos, e no meu caso gratificante para um jovem criado numa ferrenha austeridade, onde só se pensava em trabalhar, trabalhar e trabalhar, sob constantes provocações em palavras.
Lembrei sobre gratidão também quando trabalhava na Auto Peças São Cristóvão (de Edilberto Silva Paiva) quando, no meu aniversário, sua esposa fez um bolo e me chamaram à sua residência para os parabéns. Momento de muita gratidão para com um quase adolescente saído recentemente da roça, receber estas atenções foi emocionante. Também fiquei muito comovido quando me atribuía representá-lo em algumas das atividades de sua empresa em que presença era requisitada.