Reality Show
Ainda passam BBB? Eu nunca prestei atenção por mais de 15 minutos nesse programa. O gênero reality show tem outros estilos nos canais a cabo, mas na tv aberta brasileira só esse BBB e A Fazenda deram certo. O nome foi tirado do livro 1984 de George Orwell, o Big Brother era o Grande Irmão, que vigiava tudo através da Teletela e que nunca aparecia; provavelmente foi inspirado em Stalin. O programa em questão, criado na Holanda, baseado num homônimo em que pessoas ficavam trancadas em uma Van e acontecia tudo que era possível (claro que em tv tudo é armado, se alguém ainda acredita em algo televisivo) . O gênero se espalhou pelo mundo, mas não sei se de forma tão longeva como por nossas terras, tão pobres culturalmente.
O programa andava meio esquecido e, só essa quarentena forçada para fazer o pessoal ver isso a sair por aí e se divertir.
É tudo ensaiado como uma peça ou novela; cada um tem um papel, o encrenqueiro, a namoradeeira, o pegador; em nada têm de real, embora tenha esse nome e, as votações são influenciadas por ene fatores. É como o tal "Namoro na Tv", em que se combina com o namorado para ser o escolhido.
Em outros países, pelo que acompanho pela Tv paga, a coisa é mais interessante; há alguns em que se relata a vida de homens que vivem nas montanhas, no Alasca, o casal que é largado na floresta ou no ártico e tem que se virar com o que tem; há ainda o "Largados e Pelados", meio bobo, como Tarzã e Jane soltos na selva. Ou ainda, aqueles que aprecio mais, em que um negociante de carros e um hábil mecânico restauram um carro maltratado, o deixam novinho e vendem por um bom dinheiro. Em outros ainda há modelos passando por mecânicas ( claro que há mulheres excelentes mecânicas, mas não é o caso dessas, que nem sujam o macacão e a mão de óleo!)
E, por fim, o meu preferido, depois dos dois caçadores de latas velhas, a loja de penhores, com aquela família engraçada, com o pai marinheiro resmungão, o filho educado, o neto malcriado e o agregado que é folgado e não quer trabalhar; claro que na tv é mais ou menos tudo armado, mas as situações inusitadas tornam tudo divertido, e, se aproximam do que seria "a vida real". Todos eles ganham para fazer aquilo e faz-se propaganda da loja.
Claro que caçar um puma não tem muito de fantasia, tem algo de real, mas é uma mistura de realidade e fantasia, próprio da televisão, que pena para atrair a atenção do espectador.