UM OLHAR ATENTO ACERCA DO PROFISSIONAL COM NÍVEL SUPERIOR E O MERCADO DE TRABALHO
É inegável que com o passar dos anos, muitas mudanças foram surgindo em diversas esferas da sociedade , principalmente no que diz respeito ao mercado de trabalho que tem se mostrado cada vez mais exigente e seletivo nas escolhas de seus candidatos. O profissional de nível superior que hoje sonha com uma carreira de sucesso, terá que se submeter às novas exigências do mundo laboral, que muitas vezes é injusto com o funcionário, mas, conveniente para o empregador. Dentre os requisitos almejados, não podem faltar: liderança, criatividade, proatividade e ser um bom gerenciador de conflitos.
O diploma universitário que antes era visto como um grande atributo de qualificação curricular, hoje não tem o menor quilate se não for associado a outras práticas do conhecimento. Segundo o mercado, é necessário investir em cursos de capacitação, executar projetos, assistir aulas por vídeoconferências, e realizar uma infinidades de tarefas que muitas vezes têm jornadas exaustivas e não oferece nenhuma vantagem salarial que o indivíduo merece.
Observando todo esse panorama, muitos se questionam: Vale mesmo a pena ter se dedicado tanto a vida acadêmica e receber um salário incompatível com o nível responsabilidade que a profissão delega? Vale a pena ter tantos atributos e ver que você pode ser substituído por pessoas que não dispõem de diploma universitário, mas que, por terem somente algumas experiências podem ocupar a mesma vaga que você exerce?
Todas essas indagações realmente são muito intrigantes, porém nos faz direcionar para seguinte linha de raciocínio: De um lado teremos como ponto positivo, um profissional mais preparado e consequentemente mais experiente e mais alinhado a novas oportunidades de trabalho. De outro lado, nos deparamos com empresas cada vez mais audaciosas que se aproveitam das fragilidades do mercado para buscar mão de obra qualificada, mas não querem pagar o justo, usando como pretexto a justificativa do mercado competitivo.
Analisando esses dois extremos, tudo nos leva a crer que atualmente no universo corporativo as empresas passaram a ter uma posição mais confortável de escolhas e que o funcionário que deseja continuar cumprindo o seu ofício, necessita se encaixar dentro dos pré-requisitos que a instituição deseja. Vale salientar também, que as condições de trabalho e as estruturas oferecidas, dificilmente poderão ser questionadas, isso porque, no campo profissional existem milhares de pessoas competentes e dispostos a dar o seu melhor para zelar pelo seu emprego.
Quando fazemos um comparativo entre as relações de trabalho e o tipo de mão de obra que a empresa ambiciona, devemos analisar de forma justa e humana, pois o profissional que se dedicou anos sentado numa cadeira da universidade e investido o seu tempo realizando diversos cursos extracurriculares, não deveria ter o seu salário igualado a de outros funcionários com menor graduação.
Com isso, não quero dizer que esse profissional com diploma seja “superior” a outros concorrentes, porém, vale reforçar que ele disponibilizou de um investimento financeiro maior e teve seu precioso tempo preenchido com estudos e pesquisas científicas, algo que, se for associado a outros conhecimentos do mundo externo, poderá agregar de maneira mais fecunda os desejos do mercado de trabalho, o que suscita a ele uma maior valorização no contexto geral.
Sendo assim, as empresas deveriam ter um olhar mais cuidadoso com os diversos perfis de profissionais que ele almeja para o seu estabelecimento, porque não há nada mais imoral você querer ser tão criterioso, mas não oferecer como recompensa princípios como: igualdade, reconhecimento e salário adequado de acordo com as pretensões exigidas por elas.