Brasil: um paciente em estado vegetativo
Hoje, dia 16 de abril de 2020, não tenho dúvidas, foi um dos dias mais marcantes de minha vida. Não por ter recebido algum presente especial, algum prêmio ou honraria. Não, não foi o nascimento de um filho muito desejado. Não foi qualquer outra coisa que aponte nessa direção.
Hoje, o dia me marcou por ter trazido para diante dos meus olhos, de maneira muito violenta, um conjunto de fatos que me fizeram desejar estar tendo um pesadelo, e não vendo a realidade.
Hoje, tive a certeza de que o meu país, que sempre viveu adoecido por todos os males que lhe foram causados ao longo da história, definitivamente, foi declarado um paciente em estado vegetativo.
Hoje, vi que meu país rejeita receber o mínimo respeito. Pois a uma nação de onde os homens responsáveis e sensatos são arrancados e lançados fora por não aderirem aos desvarios dos alucinados, não resta outra coisa, senão assumir sua vergonha. Esta, certamente, sofrerá as consequências de seus atos.
Hoje, me assustei ao cogitar a ideia de que meu país tenha virado as costas a uma possível proposta de favor de Deus. Pois vi um homem que prefere contar prejuízos materiais a ter que contar mortos ser banido por um sanguinário genocida. Nesse caso, temo que esse povo tenha, deliberadamente, escolhido a maldição.
Hoje, me marca o caráter sombrio deste dia em que vi uma mão tirana, ditatorial, nua se exibindo diante de todo um povo que esboça sonhos eternos de liberdade, mas que se encontra num estado de profunda letargia e, portanto, não se incomoda ser levado ao matadouro.
Hoje, me marca ter que acreditar (deixar cair a ficha) em que, de verdade, estamos sendo arrastados para o fundo do inferno pelo pior dos demônios, e, por estar nesse estado de coma profundo, não mostramos o mínimo ânimo para tentar mudar a nossa sorte.
Hoje, me marca o fato aterrorizante de ter que tentar dormir após ter visto, mais uma vez, uma ação diabólica das mais sórdidas. E diante de tudo isso, ter a obrigação de afirmar à minha filha pequena que devemos manter a esperança, mesmo sabendo que estamos no mais profundo abismo que é a habitação própria dos povos alienados.
Depois do que vi hoje, nunca mais me perguntarei, por que razão, não houve reação mais contundente quando se formava o Estado Nazista e quando acontecia o genocídio que dele decorreu.
Hoje, tive a certeza de que o meu país, que sempre viveu adoecido por todos os males que lhe foram causados ao longo da história, definitivamente, foi declarado um paciente em estado vegetativo.
Hoje, vi que meu país rejeita receber o mínimo respeito. Pois a uma nação de onde os homens responsáveis e sensatos são arrancados e lançados fora por não aderirem aos desvarios dos alucinados, não resta outra coisa, senão assumir sua vergonha. Esta, certamente, sofrerá as consequências de seus atos.
Hoje, me assustei ao cogitar a ideia de que meu país tenha virado as costas a uma possível proposta de favor de Deus. Pois vi um homem que prefere contar prejuízos materiais a ter que contar mortos ser banido por um sanguinário genocida. Nesse caso, temo que esse povo tenha, deliberadamente, escolhido a maldição.
Hoje, me marca o caráter sombrio deste dia em que vi uma mão tirana, ditatorial, nua se exibindo diante de todo um povo que esboça sonhos eternos de liberdade, mas que se encontra num estado de profunda letargia e, portanto, não se incomoda ser levado ao matadouro.
Hoje, me marca ter que acreditar (deixar cair a ficha) em que, de verdade, estamos sendo arrastados para o fundo do inferno pelo pior dos demônios, e, por estar nesse estado de coma profundo, não mostramos o mínimo ânimo para tentar mudar a nossa sorte.
Hoje, me marca o fato aterrorizante de ter que tentar dormir após ter visto, mais uma vez, uma ação diabólica das mais sórdidas. E diante de tudo isso, ter a obrigação de afirmar à minha filha pequena que devemos manter a esperança, mesmo sabendo que estamos no mais profundo abismo que é a habitação própria dos povos alienados.
Depois do que vi hoje, nunca mais me perguntarei, por que razão, não houve reação mais contundente quando se formava o Estado Nazista e quando acontecia o genocídio que dele decorreu.