Sempre ouvi dizer a seguinte frase até o momento de vivê-la literalmente: se não for por amor, será pela dor. Essa máxima nunca me caiu tão bem. Acostumada a viver como se o relógio não pudesse parar nunca, como se o dia devesse ter 30 horas ou mais, eis que fui obrigada a parar como num passe de mágicas no momento em que a Terra parou. Parou. Como assim? Ela deixou de girar? Morri e não fui avisada? Existe até um tom cômico aí nessa história... pelo menos, para mim.
O eu lírico não está nem um pouco a fim de brincadeira, mas para não perder o sarcasmo em uma leitura que poderia se dizer, pesada, resolveu, assim, trazer um pouco de leveza e entrar na brincadeira. O dia em que a Terra parou. Parou sim! E continuamos aqui, pelo menos alguns milhares de sobreviventes.
Outra situação - pelo menos em pensamento - acontece quando é chegado o ano-novo. Para alguns como eu, bastava virar o calendário. Nossa... tudo novamente. tudo recomeça do ponto onde deixei no dia anterior, todos os meses do ano à frente. Tudo igual, bastava virar o calendário. Aff! Mas não. Dessa vez a Terra parou e fui sucumbida por ela. Dessa vez a Terra parou e me parou também.
Quase como num espetáculo de mágica, fui imobilizada. Impossível era pensar em parar, pois entre tantos compromissos, agendas a cumprir, trabalhos externos, reuniões, a vida foi passando e tampouco vi.
Com os olhos sempre vidrados na tela do computador, faço uso da metáfora usada no texto de Machado de Assis, ao descrever os olhos de Capitu como olhos de ressaca: a tela de compromissos me puxava para dentro com a mesma força do mar em dias de ressaca. Não podia me segurar em impressoras, mesas, cadeiras; simplesmente em nada.
Não posso me atrasar... existem pessoas esperando. O pagamento do pessoal esperando, as compras do estabelecimento esperando. O patrão esperando. A vida, como sempre, podia ficar para depois. Não, leitores, não podia. A vida é agora!
Mas por que esse blá blá blá? Isso porque a Terra parou. Melhor dizendo, fomos parados. A china inventou o melhor pastel, até algumas piadas sem graça, as melhores "parafernalhas", e com isso, também nos assombrou com o VÍRUS.
Pasmem, dessa vez não é de mentirinha não. De tanto serem tachados como aqueles que têm produtos de qualidade duvidosa, arrebentaram o mundo gradativamente com sua exportação made in china. Vírus, virusinho, virusão - em sua versão aumentativa- vem assolando o mundo de forma devastadora. Entretanto, nem tudo que é ruim vem para destruir. Quem não tinha tempo para a família, foi obrigado a ter. Obrigado na forma humilde da palavra pois todos nós tivemos que frear a correria cotidiana e olhar para os nossos, para o próximo, para os invisíveis.
O relógio mundial parou. Nós paramos e fomos parados. Diante de um vírus letal, que para alguns não passa de uma "gripezinha ", o narrador dessa históra não se atreve a desafiá-lo. Devemos cuidar dos nossos idosos. E antes? Não devíamos? Foi preciso um vírus made in china nos ensinar quando é preciso parar, e também, parar de consumir mais do que precisamos para sobreviver. Parar para olhar o próximo, parar de olhar para a tela do celular e olhar para quem amamos. Foi preciso o mundo ficar doente para termos consciência que o melhor lugar do mundo é dentro de um abraço.
O eu lírico não está nem um pouco a fim de brincadeira, mas para não perder o sarcasmo em uma leitura que poderia se dizer, pesada, resolveu, assim, trazer um pouco de leveza e entrar na brincadeira. O dia em que a Terra parou. Parou sim! E continuamos aqui, pelo menos alguns milhares de sobreviventes.
Outra situação - pelo menos em pensamento - acontece quando é chegado o ano-novo. Para alguns como eu, bastava virar o calendário. Nossa... tudo novamente. tudo recomeça do ponto onde deixei no dia anterior, todos os meses do ano à frente. Tudo igual, bastava virar o calendário. Aff! Mas não. Dessa vez a Terra parou e fui sucumbida por ela. Dessa vez a Terra parou e me parou também.
Quase como num espetáculo de mágica, fui imobilizada. Impossível era pensar em parar, pois entre tantos compromissos, agendas a cumprir, trabalhos externos, reuniões, a vida foi passando e tampouco vi.
Com os olhos sempre vidrados na tela do computador, faço uso da metáfora usada no texto de Machado de Assis, ao descrever os olhos de Capitu como olhos de ressaca: a tela de compromissos me puxava para dentro com a mesma força do mar em dias de ressaca. Não podia me segurar em impressoras, mesas, cadeiras; simplesmente em nada.
Não posso me atrasar... existem pessoas esperando. O pagamento do pessoal esperando, as compras do estabelecimento esperando. O patrão esperando. A vida, como sempre, podia ficar para depois. Não, leitores, não podia. A vida é agora!
Mas por que esse blá blá blá? Isso porque a Terra parou. Melhor dizendo, fomos parados. A china inventou o melhor pastel, até algumas piadas sem graça, as melhores "parafernalhas", e com isso, também nos assombrou com o VÍRUS.
Pasmem, dessa vez não é de mentirinha não. De tanto serem tachados como aqueles que têm produtos de qualidade duvidosa, arrebentaram o mundo gradativamente com sua exportação made in china. Vírus, virusinho, virusão - em sua versão aumentativa- vem assolando o mundo de forma devastadora. Entretanto, nem tudo que é ruim vem para destruir. Quem não tinha tempo para a família, foi obrigado a ter. Obrigado na forma humilde da palavra pois todos nós tivemos que frear a correria cotidiana e olhar para os nossos, para o próximo, para os invisíveis.
O relógio mundial parou. Nós paramos e fomos parados. Diante de um vírus letal, que para alguns não passa de uma "gripezinha ", o narrador dessa históra não se atreve a desafiá-lo. Devemos cuidar dos nossos idosos. E antes? Não devíamos? Foi preciso um vírus made in china nos ensinar quando é preciso parar, e também, parar de consumir mais do que precisamos para sobreviver. Parar para olhar o próximo, parar de olhar para a tela do celular e olhar para quem amamos. Foi preciso o mundo ficar doente para termos consciência que o melhor lugar do mundo é dentro de um abraço.