O COVID -19. DO NASCIMENTO AO CAOS.
Coronavirus, crise, recessão, mortes, desemprego e um vocabulário extenso e pesado demais para caber aqui dentro desse quarto que no momento está só ensaiando a paz.
Covid-19, Como veio e para que veio e como se propagou assim tão rápido e mundialmente é um mistério não tão difícil de prever já que o uso e o abuso dos recursos da natureza ultrapassaram os seus limites, o que só poderia gerar maus frutos. Pegou à todos nós, que não somos cientistas, de surpresa. E sim, nem as maiores nações do primeiro mundo recusam neste momento o título de “despreparados”.
Neste momento, estamos rendidos mais do que nunca à importância da ciência médica e da pesquisa para sobrevivermos à essa situação. Constatamos o quanto ela se sobrepõe aos nossos conhecimentos administrativos e econômicos nesse sistema imediatista em que vivemos. De repente parou tudo e todos e o mundo colapsou, dependente da medicina.
A ciência hoje é a única que pode nos garantir um retorno às nossas vidas, mas, convenhamos que essas não devem ser e nunca serão mais as mesmas. Talvez precisemos de um tempo maior para enxergarmos isso. Que não dá mais para agirmos e vivermos da mesma forma.
É tempo de enxergar com raio x a questão muito além das máscaras e do álcool gel. Veremos que não basta uma ciência médica para resolver o problema. O investimento vai muito além, vai num conjunto de ciências preparando e estabilizando o nosso sistema. Passa pelas ciências sociais, onde hoje nos deparamos. como em nosso país, com a degradação do ambiente, a pobreza extrema e a construção de favelas sem meios de subsistência digna. Um problema que foi empurrado com a barriga até hoje e agora está na iminência de gerar uma gigantesca ameaça na contenção de um vírus dessa magnitude. Esse vírus veio da China e não foi trazido por pobres, mas aqui, entre eles, e por causa do descaso pelas questões sociais, assim como as de saúde, e conduzidas pela ganância de uma sociedade inescrupulosa, ameaça a salvação de todos. Uma sociedade insaciável, despreparada para ceder e para fazer as coisas com suas próprias mãos, dependente da mão de obra alheia é igualmente vulnerável à ela, mas em uma completa falta de bom senso não a protege.
Não dominamos a genialidade dos seres humanos que nascem com potenciais únicos e imperdíveis para a ciência e que tanto podem, circunstancialmente, nascer num barraco quanto numa mansão. Portanto as questões sociais mal resolvidas em nosso país também são entraves nesse quesito de desperdício de talentos por separações e preconceitos. Somos praticamente leigos quando buscamos compreensão do bem e do mal através de uma religião, apenas seguindo dogmas e doutrinas. Não avançamos em nada concretamente sobre a origem da nossa existência e a nossa verdadeira busca de um mundo pacífico e saudável. Continuamos sem saber porque viemos, de onde viemos e para onde vamos. Sabemos apenas que o mundo como está dividido, inclusive por causa das próprias religiões que contribuíram muito para isso ao longo da história, não é o ideal para ninguém.
É momento de repensar a vida. Temos a oportunidade de sair da normalidade e rever o que efetivamente é importante nesta vida e o que profundamente nos faz feliz e em paz.
A Itália, coração do nosso mapa mundi, parece estar expurgando um sofrimento inexplicavelmente maior que o admissível para um país relativamente pequeno e de primeiro mundo. Com muito menos habitantes que a China, está assumindo um índice de mortalidade e impotência difícil de entender. Por que? Algo aprenderemos nesse marco na história, mas para aprender é preciso ouvir e é preciso se ver pequeno e ameaçado pela morte, o grande mistério. Talvez nas profecias espíritas, também essas baseadas em suposições, encontremos nas palavras de Chico Xavier, por exemplo. uma grande coincidência que para os crédulos poderia ser um sinal. Em seu vídeo gravado durante um programa de televisão, em 1969, Chico Xavier falava sobre a data de 2019, que intuitivamente ouso arriscar ser o ano da descoberta do Covid-19. Nele, Chico Xavier falava da grande mudança que sofreríamos em nossas vidas.
Precisamos adquirir mais conhecimento sobre as verdades que unem as vidas, nossas, do planeta e do universo, não podemos evitar a interligação entre as dimensionalidades e seguir apenas ensinamentos e fatos de milhares de anos atrás. Precisamos avançar nos capítulos dessa ciência que une nossa origem e o contato com os mistérios do universo, sem acharmos que isso é misticismo, ufanismo, ou religião. É a ciência que teve essa vertente interrompida. Não precisamos esquecer Jesus ou perder a fé no quer que seja, mas olhemos com moderação as coisas que não nos deixam dar um passo à frente na evolução. Vivemos décadas, centenas de anos de hipocrisia, falsa moralidade e preconceito descabido, precisamos evoluir e aprofundar a ligação com o nosso planeta de forma mais harmônica pois a própria natureza acaba tendo que, forçosa e ciclicamente, nos ensinar da pior forma.
"A coisa mais perfeita que podemos experimentar é o misterioso. É a fonte de toda arte e de toda ciência verdadeira". Einstein, em 1932.
Por enquanto fiquemos nas nossas pequenas medidas, aprendendo a lição de que somos corresponsáveis por todo esse estrago de alguma forma, mas que podemos compensar, mesmo que em pequeníssima parte, agora, em nossas rotinas. Como? Eliminando nelas os vícios, tanto os químicos quanto os comportamentais, tais como o cigarro, a arrogância, o egocentrismo, os preconceitos e tudo mais que moraliza mas não serve de parâmetro para julgar um ser humano e é disso que precisamos agora nos libertar.
Deixe o relógio andar mais devagar. Meditemos entre um tic e tac e outro. Nesse momento não está em nossas mãos o destino, mas sim a produtividade da experiência.
Se sobreviver, será seguramente em uma nova vida.