PRIORIDADE NA VIDA E ATRAÇÃO PELA VIDA NA CIDADE
A alimentação é a prioridade máxima na vida, e por traz disto, principalmente as mães fazem e agem de maneira estranha aos costumes de cidadãos normais de nossa era e nosso local de vida, onde temos alimentação abundante e certa tranquilidade de saúde e segurança geral.
Ouvimos comentários constantes que no nordeste brasileiro onde a alimentação é em muitos lares, questão de vida ou morte, ou pelo menos era nos últimos 50 anos, pois hoje tem as “bolsas”, que acredito atingiu a todos e então a alimentação mínima foi garantida, pelas aposentadores e bolsas que na pequenas cidades se tornam recursos suficientes para alimentar toda a população que lá vive como “jeca tatu”, ou seja, “sentado e cuspindo”, ou seja sem preocupação de fazer nada, de produzir nada, um pouco pela natureza rude daquelas paragens, e ou pelos motivos de falta de cultura de produzir, pois a maior parte sempre viveram da natureza e esta andou falhando com eles, ou seja, não os alimentando.
Lá o costume quando havia um pouco de comida, primeiro comia o mais forte, depois o segundo mais forte e assim por diante, pois não era suficiente para todos, assim os mais fortes sobreviviam e os mais fracos morriam.
Onde a alimentação não é suficiente para manter a vida, é assim que as pessoas agem, foi assim no Nordeste e é assim em diversos lugar do mundo, embora as pessoas que não tem este problema tenha uma moral diferente de alimentar os mais fracos, nestes locais onde a vida está em jogo sempre primeiro come os mais fortes, até o ponto de comerem um ao outro em verdadeiro canibalismo, como o “caso do avião dos andes na década de 90 que ficou famoso na história”.
Dito isto, e levando em consideração que o alimento é um divisor de agua entre a moral e a vida, pois se a vida está em jogo, a moral não subsiste, então víamos história atrás de história que no Nordeste, os pais vendiam as meninas para os sulistas que por lá passavam, para que eles trouxessem elas para o sul, não se importando com o destino ou com a vida que elas iriam levar. Acreditavam em duas coisas, a primeira era que era uma boca a menos para competir com a comida existente e isto era a principal motivo para dispor da menina, outro motivo era que era o único humano da família que poderia ser levado, pois os meninos, ou as crianças de qualquer sexo, não era objeto de ser levado. Outro motivo era que eles abriam mão da menina/moça, pois tinha certeza que acontecesse o que acontecesse ela teria comida no Sul, sobreviveria o que lá era impossível. Enquanto isto os do Sul pensavam em várias coisas, uns que poderia realmente alimentar e dar uma vida melhor, outros em usar como mão de obra barata, ou semiescrava, outros em usar com escrava branca para sexo, etc.
De qualquer forma, hoje foi superado a fome pelas “bolsas” e aposentadoria.
Este princípio de busca de melhoria de vida de alimentação, ou um pouco mais norteia o comportamento de muitos pais, principalmente mães, que buscam para os filhos uma melhoria de vida.
Poucos tem contato com a evolução do comportamento das mães e filhas na roça, mas buscar tirar as filhas da roça, da lida das roças é a busca de muitas mães que farão qualquer coisa, achando que arrumar um meio de levar as filhas para a cidade ou arrumar uma colocação das mesmas na cidade valem qualquer esforço ou comportamento moral.
Na minha família mesmo sobrevivi esta saga de minha mãe fazendo o possível e o impossível para se mudar para a cidade para trazer os filhos para estudar, e conseguiu nos trazer, quando a idade escolar exigia a continuidade dos estudos, e foi uma decisão imposta por ela que se tornou possível e principalmente atingir a faculdade, pois se dependesse do meu pai, ela negociante hábil achava que a vida da roça não era tão difícil de viver.
Tenho acompanhado uma família que luta entre se manter na roça e mudar para a cidade e embora ambos o casal fale da boca para fora que viver na roça é o ideal deles, o mesmo se dia da família dos irmãos deles, que acabaram indo para a cidade, estes também na primeiro oportunidade que tiveram começando pela perua escolar que a partir do 8º ano acabam por levar a criançada para continuar estudando na cidade, estimulando portanto o êxodo rural, e convencendo a todos que o melhor é viver na cidade.
Assim uma menina de 14 começa sendo levado para a escola na cidade e ela mesmo começo a ter contato com as boas coisas da cidade que é a proximidade dos bens de consumo da cidade, da convivência com muitas pessoas na cidade, com as diversidades de pessoas diferentes na cidade, principalmente pessoas com potenciais de vida diferentes a maioria já da cidade há muito tempo com vida melhor que a do campo e nas conversas com a mãe principalmente vão criando um ideal de vida para as filhas que jamais seria a continuidade de vida do campo, onde as mulheres são donas de casa de forma rustica, sob o comando do marido que vive um vida rustica e sem tempo para ajudar a mulher na casa, e ainda de um homem que ao dirigir a casa ainda arruma encargo para a mulher ajuda-lo no dia a dia do campo, seja na inchada, na formação da horta, no retiro do leite, etc.
Não existe meio de viver no campo e não participara no dia a dia da atividade da roça, do retiro do leite, etc.
Essas atividades apesar de ser uma atividade de “fartura”, onde a alimentação sempre pode ser muito boa, com as horas, com o leite, com a comida mais natural, não se contrabalança com as seduções que a cidade oferece, pois tem tudo isto pronto no supermercado e semi pronto para quem pode pagar.
O sonho é viver na cidade onde as oportunidades acontece e onde tudo é servido semi pronto, quando não pronto, como os lanches das lanchonetes famosas como “Macdonald” e outras.
Na verdade, a vida da cidade é um sonho, para quem lá pode e quem não pode, estes últimos arrumam uma maneira de também poder e para lá ir fazendo parte do êxodo rural.
Assim a cada dia a produção da roça é feita por pessoas que moram na cidade, sejam em pequenas, medias ou grandes cidades, ou mesmo em núcleos rurais, o que não se admite é viver isolado na roça, e aqueles que lá vivem assim tendem a arrumar uma forma de migrar.
Quando então no meio desde caminho entre os 14 anos e o fim do segundo grau as filhas da roça, levada pelas peruas para a escola da cidade, arrumam um serviço qualquer na cidade, ou então arrumam algum namorado que lá vivem, com alguma possibilidade de sustentar as filhas com vida na cidade estas mães ficam doidas para entregar as filhas a estes relacionamentos a qualquer custo, pois o objetivo de migrarem as meninas para a cidade, tirando delas o futuro do campo é tão grande que qualquer tipo de relacionamento que as mesmas venham a ter na cidade não é muito importante, o importante é as mesmas terem vida na cidade.
Há muito que a evolução civil no estado laico, impõe que nem tudo é religião e os costumes impostos pela igreja da moralidade do sexo após o casamento, do casamento primeiro para depois o sexo, vem deixando de ser prioridade e com isto o casamento vem deixando de ser prioritário e com esta frexibiidde moral da atualidade fica mais fácil da ação de apoio da mães e da filha neste comportamento de ser seduzida pelo meninos da cidade, bem como de seduzi-los no sentido de arrumar um meio de viver na cidade a qualquer custo.
Parece distante aquele comportamento por falta de comida lá do Nordeste de vender a filha por qualquer cem reais ou menos, pois o principal motivo era uma boca a menos para competir na comida escassa, bem como tentar arrumar um veio dela sobreviver nas cidades do Sul onde a comida era melhor. Pois viver lá era o fim de uma prostituição barata em troca da forme insuportável.
Assim com o apoio da mãe, qualquer “partido” para tirar as meninas do campo e fazer as mesmas permanecerem na cidade vale a pena e quando então a sedução reciproca faz com que a menina arrumem alguém com um presente razoável e um futuro um pouco promissor a mãe faz qualquer coisa para que a menina se prenda a isto, e faça com que o menino também se prenda a isto, inclusive com o uso do sexo sem proteção que poderá gerar um filho que faça com que a relação traga um elo que os prendas e garanta a vida da menina na cidade.
Estamos falando das meninas, mas com os meninos não são diferentes, mesmo quando vão estudar nas escolas agrícolas o fim deles é a migração, o êxodo rural, pois a cidade encanta e é possível produzir lá na roça vivendo na cidade, pois os meios rápidos de transporte propiciam tal atividade.
A cidade, do comercio, do consumo, com o advento da TV e ultimamente do celular, tablete, etc., se comunica com os ruralistas, sejam adultos ou crianças estimulando e vendendo uma vida diferente e atraente, onde tudo é servido pronto e de forma possível, que leva qualquer um da roça a ter o sonho idealizado de viver na cidade.
É certo que na maioria das vezes a ida para a cidade e o sonho idealizada não é realizado a contento, muitos se envolvem com drogas, outros não conseguem um par que o sustente, outros não conseguem continuar os estudos de forma satisfatória a ter uma vida com acesso as coisas boas da cidade, nem mesmo habitação adequada, e muitos vão viver amingua nas favelas que se formam nas pequenas, medias e grandes cidades.
Muitos, no entanto, conseguem a melhoria idealizada da vida da cidade e os benefícios que a mesma vende a todos.25.02.20