TODOS OS FESTEJOS CARNAVALESCOS

Prólogo

O Carnaval normalmente envolve uma festa pública e/ou desfile combinando alguns elementos circenses, máscaras e uma festa de rua. As pessoas usam trajes durante muitas dessas celebrações, permitindo-lhes perder a sua individualidade cotidiana e experimentar um sentido elevado de unidade social.

Igual a outras festividades os trabalhadores que vivem na informalidade vendem seus produtos (lanches e fantasias mais simples) para ganharem um dinheiro extra enquanto os foliões se esbaldam tentando esquecer as agruras do dia a dia (existenciais).

Nessa ocasião há fantasias lembrando escrachados políticos e outras autoridades passadas e presentes, assim como hilárias indumentárias quando alguns homens se vestem de mulheres e vice-versa. Os desfiles das Escolas de Samba são coloridos e excelentes de se ver a distância e diante da TV, pois a violência banalizada não permite aos ajuizados enfrentar essa empreitada.

O LADO BOM DOS FESTEJOS CARNAVALESCOS

Há um lado bom que acontece durante os festejos carnavalescos: Religiosos se reúnem para louvar com cânticos e preces suas crenças.

Todos os anos, durante o Carnaval, igrejas evangélicas e outros religiosos (espíritas, católicos etc.) realizam eventos e/ou retiros para a área rural ou mesmo urbana que se configuram em uma opção saudável à folia tradicional, longe das bebidas, assédios, outros desvios de conduta e tudo mais que a época carnavalesca oferece NÃO DEIXANDO explícitas as quase sempre danosas consequências.

Todos sabemos que no carnaval alguns excessos, às vezes, são tolerados em nome do respeito aos usos e costumes sazonais.

E para garantir a paz, embora parcialmente, durante essa farra dos carnavalescos, louvemos, respeitosamente, os profissionais da saúde (médicos, nutricionistas, enfermeiros e afins), assim como as autoridades da segurança pública (policiais, bombeiros, motoristas e outros) que se esmeram em seus labores, sacrificando seus lazeres, enquanto os festeiros arriscam suas integridades físicas e emocionais.

O MEU CARNAVAL

Na sexta-feira que antecede os festejos momescos dou inicio a preparação para essa festa que excede em tudo, menos nas responsabilidades individuais. Separo os livros que vou ler, o vinho, o queijo e outros tira-gostos (petiscos) que vou degustar.

A comida leve à base de frutas, legumes, grelhados e/ou assados e, talvez um pouco de defumados fará com que eu me mantenha mais tempo diante da TV gigante (Samsung 65 polegadas – 4K). Comprei essa maravilha tecnológica na última sexta-feira negra de novembro próximo passado (2019).

Meu TV não será usado para assistir noticiosos sobre o Coronavírus (covid-19), investigação sobre as atividades dos milicianos, greve dos petroleiros e caminhoneiros, insurreição dos policiais no Estado do Ceará, tromba d’água em São Paulo, chuva pertinaz em Minas Gerais, prisões por suspeitas e denúncias de corrupção ou demais desgraças nacionais rurais e/ou urbanas.

Nesses dias de carnaval verei na TV apenas bons filmes porque os desfiles das Escolas de Samba eu os verei de uma só assentada no sábado posterior à quarta-feira de cinzas.

Ah! Concluirei a leitura de dois livros: “Enigma para Demônios” de Patrick Quentin e “O Caso 26” de Michael Gilbert. Possivelmente darei início a leitura de dois outros livros já separados: “Pelas portas do coração” de Zibia Gasparetto e um opúsculo que já li há algum tempo “O Importante é Cativar(-SE)” de Carlos Afonso Schmitt.

CONCLUSÃO

É claro que com este texto não quero induzir ninguém a permanecer em casa ou alhures (gosto sobremaneira deste elegante advérbio) fazendo o que eu sempre faço nos longos feriados. Sabemos muito bem: Em todas as festas públicas ou privadas há gostos e desgostos para todos os gostos. Escrevi este texto acreditando ser proficiente despertar o bom siso em tempo.

Seja você meu notável leitor arguto, isto é, capaz de perceber rapidamente os ensinamentos mais sutis nas entrelinhas do que amorosamente e com ar professoral escrevo. Seja esperto para não permitir que os outros façam de você mais um dos tantos robôs que circulam por nossas ruas sem rumo certo.

Não tenho nenhuma dúvida de uma verdade: Reúnem-se em assembleias os malfeitores para perpetrarem crimes diversos durante os festejos momescos e outros longos feriados.

Os fatos de nossos dias são claros e ensinam que, por gigantescos predadores (criminosos impunes), os incautos, os que são do bem sempre à boa-fé, todos serão molestados, alguns enganados, prejudicados, vilipendiados, assassinados e possivelmente engolidos (desaparecidos)!