AS FORÇAS UNIVERSAIS QUE NOS REGEM
Prólogo
Em meio à infinidade de fenômenos físicos, existem forças ou interações fundamentais envolvidas que nos regem. São elas: A força gravitacional, a força eletromagnética, a força nuclear forte e fraca.
Ah! Existem muitas outras forças conhecidas e desconhecidas pelos antigos, estudiosos, poetas e apaixonados. São as forças ocultas (espirituais), das águas, dos ventos, da terra, do fogo e da mente.
Há também a força da vontade (determinação), da palavra, do poder econômico, político e militar; da amizade, da disciplina e lealdade, do amor e a força descomunal do silêncio.
POR QUE ESCREVI ESTE TEXTO?
O conhecimento e a felicidade não entram onde houver mentes obstadas pela rudeza sociocultural. A felicidade real só se inicia quando, de forma graciosa, ouvimos e transferimos conhecimentos e alegrias aos outros. Creio que a felicidade se assemelha a uma casa que se constrói por dentro da própria alma.
E foi estribado nessa crença que resolvi escrever apenas sobre duas dessas inúmeras forças existentes e estudadas pelos apaixonados (não sou exceção): A FORÇA DO AMOR e A FORÇA DESCOMUNAL DO SILÊNCIO.
A FORÇA DO AMOR
A força do amor não se vê com os olhos, mas é possível, se alguém quiser, sentir com o coração. Um coração feliz, acredite e faça acontecer, é o sublime resultado de um proficiente plantio, no momento mais oportuno, com forte e indizível emoção.
Lutar pelo amor é bom, mas alcançá-lo sem dissabores e ressentimentos é muito melhor e aumenta a paixão. Lute para sair da inércia, da desconfiança, da falta de crença em sua força interior.
Lute para vencer seus medos, sua merecida paz e evolução espiritual. Não permita que uma força diabólica cresça cada vez mais causando estragos afetivos, socioeconômicos e culturais.
A FORÇA DESCOMUNAL DO SILÊNCIO
É impossível saber quantas vezes as minhas palavras foram e ainda hoje são mal-interpretadas. Ah! Se disso antes eu soubesse haveria muito mais silêncio neste mundo e, talvez, menos mal-entendidos.
O eu criança era visto pelos adultos como sendo malcriado e histriônico porque fazia barulho à beça. Ledo engano. Eu não era mal-educado (grosseiro, sem educação) e me entendo e entendia assim por uma razão singular. Igual a toda criança saudável, eu era alegre, autêntico, brincalhão; sem pensar falava bobagens e verdades sem interesses materiais.
Posso até concordar que fui malcriado e histrião (sempre buscando ser o centro das atenções), mas fui bem-educado, admoestado sem hipocrisia nem leviandade pela força do silêncio com que a mamãe Júlia, sem dizer uma só palavra, ensinava arqueando uma das sobrancelhas e amiudando os olhos pequenos e pontuais.
O olhar de mamãe Júlia era melífluo e fulminante, às vezes, paralisante tal qual o bravejar tonitruante de papai Muniz, mas ensinava pela força descomunal do silêncio.
Hoje, depois de proficiente maturidade fiz uma descoberta assaz (só eu, creio, ainda hoje uso esse advérbio) importante. A vida é, quase sempre, bela, mas muito barulhenta entre dois silêncios abismais.
Apesar de eventuais agitações em busca de uma melhor acomodação, há silêncio no interior do útero materno e silêncio após a morte física na solidão sepulcral.
É essa a força descomunal do silêncio que se manifesta nos extremos de nossas existências: Antes do nascimento e depois da morte do corpo físico, quando iniciamos a vida além do pouco ou ainda muito desconhecido a depender do grau de evolução espiritual.
CONCLUSÃO
"A família consanguínea, entre os homens, poder ser apreciada como o centro essencial de nossos reflexos. Reflexos agradáveis ou desagradáveis que o pretérito nos devolve." — (SIC ) — Emmanuel