O HOMEM E A SOCIEDADE
O HOMEM E A SOCIEDADE
Em Aristóteles encontramos que o homem é um ser que necessita de coisas e dos outros, sendo por isso, um ser carente e imperfeito, tendo que buscar a Polis ou a cidade como forma ou meio de alcançar a completude.Daí o homem como ser gregário, como animal político.
Para Nicolau Maquiavel, o individuo é egoísta por natureza,guiado por interesse, de modo que suas ações são imprevisíveis e inconstantes.” Os meios serão sempre julgados honrosos e por todos louvado, porque o vulgo sempre se deixa levar pelas aparências e pelos resultados, e no mundo não existe senão o vulgo; os poucos não podem existir quando muitos têm onde se apoiar”.As razões de Estado devem prevalecer em detrimento da pessoa humana e da sociedade, á ética e a política para garantir o poder do Príncipe, que deve a qualquer custo manter o poder e o reino:” os fins justificam os meios”.
Um dos mais importantes representantes do empirismo e do individualismo liberal, John Locke, defende os direitos individuais e civis , o papel da sociedade em função da pessoa humana:”Penso que a sociedade é feita para preservar e melhorar os bens civis dos seus participantes. Chamo de bens civis a vida, a liberdade, a saúde física, a libertação da dor e a posse de coisas como terras, dinheiros, móveis”.
O autor do “Segundo Tratado Sobre o Governo” defende o princípio de que a finalidade da lei não é abolir ou conter a liberdade, mas ampliá-la.”Onde não há lei não há liberdade”.
Jean-Jacques Rousseau nas relações entre o homem e a sociedade defende que:”Para existir harmonia e bem-estar, deveria haver uma nova sociedade, na qual cada um, em vez de submeter-se à vontade de outrem,obedeceria apenas uma chamada vontade geral, que o ser humano reconheceria como sua própria vontade.Isso através de um acordo racional entre as pessoas, O Contrato Social, com a finalidade de criar a sociedade civil e o Estado. Nele todos abdicariam dos direitos naturais em favor da sociedade, recebendo em troca a garantia de sua liberdade no limite estabelecido pela lei. Ganha a liberdade civil e a garantia de tudo que possui, perde a liberdade natural que é um direto ilimitado a tudo.
Thomas Hobbes, autor do clássico Leviatã:, ” O homem é lobo do homem”, significa que o homem é uma ameaça à sua própria espécie. Explorador dos mais fracos por essência, teria por instinto o impulso de usurpar o que é do outro, colocando-se acima dos demais e tendo por prioridade o bem individual e não o bem coletivo.
Em Leviatã Hobbes, afirma que para sair do estado de natureza e evitar a barbárie, teria o súdito ou cidadão que viver em sociedade regida por regras e normas, delegando a ela através do Rei, o poder político, o Estado Moderno.
Essa sociedade política, é economicamente organizada em cima de um modelo econômico liberal,capitalista, que prioriza o individualismo, a livre iniciativa, a propriedade particular.O desenvolvimento e o crescimento econômico desigual e concentrador decorre desse modelo, o que as novas tecnologias e a chamada globalização não conseguiram resolver.
Ribamar Teles