CONSELHOS DE “ZÉ PRETO”
Prólogo
Quero dedicar este texto a todas as pessoas que usam por tempo demasiado longo a Internet. Também dedico o escrito aos que se vitimizam sem esperanças e/ou determinação; aos que têm a grave e lamentável doença da autocomiseração provocada pela baixa autoestima e vice-versa.
Não é de hoje que a mãe zelosa e carismática Luzia (nome fictício) se vitimiza. Com ou sem razão ela, teimosamente, não escuta os conselhos do único e verdadeiro amigo. Numa mensagem oportuna “Zé Preto” escreveu alguns conselhos para essa feminil, inteligente, perfumosa e doce criatura:
CONSELHOS DE “ZÉ PRETO”
“Se no ambiente em que vive você tem sofrido desprezo por parte de algumas pessoas e tem sentido dor, tristeza e depressão... Essas atitudes só têm contribuído para sua baixa autoestima. O que você deve fazer? Como deve agir? Uma das primeiras informações importantes que você precisa saber é que o problema pode ser resultado de sua atitude; primeiro precisa estar ciente de sua saúde emocional, pois pode ser uma reação de suas próprias ações.”.
“Ora, se alguém (familiar ou amigo (a)) não quer ser abraçado nem visitado (a) e você tenta abraçar e/ou visitar essa pessoa... É evidente que você, subconscientemente, quer e deseja muito ser desrespeitada, humilhada e ser motivo de críticas, talvez chacotas sobre sua postura e teimosia. Valorize-se mais. Ame-se mais. Valorize quem lhe valoriza e dê atenção só a quem mereça sua atenção.” – (SIC)
HOJE: 18 de janeiro de 2020
Na madrugada de hoje recebi um telefonema. Alguém fora detido por embriaguez ao volante e o amigo me ligou para eu ir buscar o veículo. Esse é o ônus de ser advogado público, profissional e amigo.
Depois de atender a quem de meus serviços e apoio necessitava aproveitei o ensejo e dei uma olhada no WhatsApp... Faltavam 7 minutos para 1 hora da madrugada de hoje (18/01/2020) quando Luzia (em respeito a privacidade o nome da linda senhora foi trocado. Nota do Autor) se desconectou da internet.
O CONTROLE DO TEMPO
Não quero, não devo e nem posso controlar seu tempo. O que você faz ou deixa de fazer é uma atitude de foro íntimo que só lhe diz respeito, mas ficar acordada durante a madrugada lhe faz bem?
De certa forma estou me sentindo meio culpado por esse seu demasiado tempo conectada às redes sociais. Afinal, fui eu que lhe dei de presente, no dia do seu aniversário (11/11), o celular Zenfone 5z – 128gb para a autodestruição de sua harmonia e equilíbrio mental.
Portanto, volto a lhe perguntar: ficar acordada durante a madrugada lhe faz bem? Então, siga em frente. Estarei com você, carinhosamente, em seus sonhos coloridos se você conseguir sonhar.
Todavia, saiba que o dormir mal, o pessimismo, a alimentação deficiente, a falta de afeto entre outros desconfortos fazem muito mal a nossa saúde. Esses males envenenam a mente afetando o sistema imunológico.
“ZÉ PRETO” O ECLÉTICO
De tudo sou um pouco: Sou médico, psicólogo, terapeuta, autodidata, mas acima de tudo sou seu amigo e só quero o seu bem. Tire de sua mente essa autocomiseração ou vitimização destrutiva e doentia. Imponha-se ao negativismo! Mantenha-se ocupada! Sinta-se útil e necessária! Sobretudo... Ame-se!
Como sabemos, esse sentimento de autopiedade, de pena de si mesma; que sente dó de si própria é extremamente ruim para a evolução material e espiritual. Para quem não é determinado é fácil se render ao tédio e à autocomiseração. Não queira isso para si. Falta de vontade não combina com uma guerreira linda, amorosa e carismática igual a você.
ALGUNS INFORTÚNIOS DA VIDA
É fato que, de um jeito ou outro, nos ocupamos com nossas dores, sejam elas grandes ou pequenas, reais, factícias ou imaginárias. Situações adversas podem nos visitar em algum momento da vida.
Como, por exemplo, o desamor que desalma, o desafeto que desumaniza, o assédio que ofende, o abuso que agride, a ofensa que magoa, a dependência que aprisiona, a subserviência profissional, a convivência com companheiros desleais de trabalho ou chefe tirano, a afetividade conturbada (casamento malsucedido (fracassado)) que escraviza.
Existe, ainda, a exposição que humilha, a traição que desola, a desonra que desgraça, o julgamento que condena, a arrogância que aliena, o autoritarismo que intimida, o repúdio que descarta, a inflexibilidade que rotula, a intolerância que cega, o desprezo que repudia, a avaliação canhestra perpetrada pelo chefe especialista na identificação de pequenos deslizes que atrasa.
CONCLUSÃO
A forma de acolher e processar o fel encontrado na interação da própria dor, difere significativamente, se adotamos a autocomiseração ou a autocompaixão.
Claro que há muitos outros infortúnios não menos danosos em nossas vidas: A incompreensão que ignora, a diferença que incomoda, a indiferença que dessensibiliza, a exclusão que elimina, o preconceito que discrimina, o desinteresse que descarta, a deficiência que confina, a velhice e doença que limita, a perda (desencarne) de um ente querido... Seja de um familiar, amigo (a), ou mesmo de um animalzinho de estimação.
Situações assim podem instaurar angústias num sentimento de corrosão da alma e do sentido da vida. Ou podem servir de húmus num afofar da terra para que, ficando boa, forte, saudável e nutritiva, possa receber sementes que brotem em nova manifestação de vida. Boa parte disso depende de como mergulhamos em nossas dores, se pela autocomiseração ou autocompaixão.
No reconhecimento e cuidado saudável do próprio sofrimento, nos habilitamos para reconhecer e cuidar do sofrimento alheio. E tendo em vista que a vida é uma peregrinação, extrair das vivências difíceis os aprendizados necessários, e a partir disso evoluirmos em sabedoria e graça, pode significar que tenhamos visitado os pontos relevantes de nossa trajetória. Caso contrário teremos apenas sofrido e desperdiçado a maravilhosa vida que graciosamente nos foi concedida.
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NOTAS REFERENCIADAS
– Textos livres para consulta, da Imprensa Brasileira:
1. Neff, K. Self-Compassion. Editor: Hodder & Stoughton General Division, 2011. 2. Manning, B. Meditações para Maltrapilhos. São Paulo: Mundo Cristão, 2008.
– Assertivas do autor que devem ser consideradas circunstanciais e imparciais.