A VANTAGEM DE SER COMUM
Prólogo
Hoje – 09/01/2020 – fui surpreendido com um artigo que me deixou feliz não apenas pela notícia hilária, mas por descobrir que é mais do que ótimo eu ser uma pessoa comum. A notícia está na "web" e fala sobre mais um deslize gramatical do nosso letrado ministro da Educação Abraham Weintraub.
O MOTIVO DE MINHA SUBIDA FELICIDADE
No "Twitter" o supracitado cidadão escreveu "imprecionante" em substituição a palavra correta impressionante. Ora, será que essa autoridade não sabe que os internautas não perdoam tal deslize? Da parte dele houve comunicação porque todos entenderam a mensagem escrita, mas pela função que ele exerce... Arre!
Quando escrevo que houve comunicação (compreensão) é por saber a importância de um texto em sua totalidade. No entanto, quaisquer deslizes gramaticais, dentro de um contexto, são perdoáveis quando escrito por pessoas comuns. Eu, escritor incipiente, certamente serei perdoado ao cometer um erro gramatical em um escrito. Por isso É MELHOR SER COMUM.
Ocorre que esse mesmo 'criminoso' da gramática da língua portuguesa já escreveu "suspenção" e "paralização" em um documento enviado ao ministro da Economia, Paulo Guedes. Noutras ocasiões escreveu sandices como: "insitaria" (incitaria), "má fé" (má-fé), "pós graduação" (Pós-graduação), "que irão na olimpíada" (que irão à Olimpíada) e tantas outras. Ora, ora, ora... O homem é o atual ministro da Educação.
BOLSONARO NÃO SABIA?
Ao anunciar Weintraub para substituir o professor Velez no Ministério da Educação e Cultura – MEC o presidente Bolsonaro escreveu que o novo ministro “... é doutor, professor universitário e possui ampla experiência em gestão e o conhecimento necessário para a pasta.”.
Bolsonaro não sabia que o professor desconhecia como se escrevem: impressionante, suspensão, paralisação, incitaria, má-fé, Pós-graduação e que ninguém poderá "ir na Olimpíada", mas sim à Olimpíada? Pois bem, agora sabe e a vibrante torcida do Flamengo também.
No entanto, de acordo com o próprio currículo de Abraham Weintraub, o economista jamais fez doutorado. Na verdade, ele é mestre em Administração na área de finanças pela Faculdade Getúlio Vargas, além de ser formado em economia pela Universidade de São Paulo (USP).
Ah! Agora está explicado, mas como aprendi durante mais de trinta e dois anos no Exército: “Explica, mas não justifica!”. Relaxamento desidioso é imperdoável para quem exerce quaisquer cargos de chefia mormente se os deslizes são cometidos na função de educador.
CONCLUSÃO
Trata-se de um energúmeno ou tonto e boçal ministro da Educação sem experiência, mas está precisando de umas aulas de ortografia, concordância e outras necessidades gramaticais para ficar mais atencioso, menos negligente e mais esperto no que escreve. Tudo por não ser, igual a mim e tantos outros milhões de brasileiros, uma pessoa comum pela função que ele no momento exerce.
Mas eu não o condeno. Seja relaxado ou desidioso ninguém é obrigado a saber escrever corretamente em um idioma tão complexo igual ao nosso português ou em quaisquer outros idiomas. É oportuno lembrar que conheci um excelente juiz de direito, de excepcional cultura jurídica, que fazia uma tremenda confusão em suas sentenças quando resolvia utilizar as expressões latinas "ex nunc" e "ex tunc".
“Ex Nunc” = Os efeitos não retroagem, valendo somente a partir da data da decisão tomada.
“Ex Tunc” = Os efeitos são retroativos à época da origem dos fatos a eles relacionados.
Enfim, no lugar do Weintraub eu submeteria os rascunhos, antes de serem publicados, a apreciação e revisão de “Zé Preto” (eminente autodidata e gente da melhor qualidade) para não ser alvo de chacotas entre os subordinados, pares e superiores.
Afinal, por menos vaidoso que seja, ninguém se sente confortável sendo motivo de zombaria em todo o país e até no exterior, em todos os "blogs", mídias (escritas, faladas e televisivas), bares e esquinas. Isso não ocorre com quem, igual a mim, tem A VANTAGEM DE SER COMUM.
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NOTAS REFERENCIADAS
– Textos livres para consulta, da Imprensa Brasileira;
– Assertivas do autor que devem ser consideradas circunstanciais e imparciais.