Fim de ano: alegria inusitada ou delírio esquizofrênico?
Semelhante a um surto esquizofrênico, a passagem para um novo ano é associada a um transtorno de características quase psicóticas, já que as pessoas sofrem alterações no seu juízo acerca da realidade (a mudança de paradigma ocasionada pelo novo ano que se inicia), sob a forma de delírios provocados por mudanças na sua sensopercepção.
Isso parece dever-se a uma catarse coletiva (purificação e sublimação da alma através do ritual de uma mudança forçada), em que as pessoas tentam assumir um estado de alegria exacerbada numa situação que é idealizada por todos como o iniciar de um novo ciclo auspicioso.
De acordo com os especialistas, esse estado, quando prolongado, pode a pouco e pouco restringir a vida pessoal dos seus intervenientes que passam a ter dificuldade em se relacionar uns com os outros, por verem, ouvirem e acreditarem em coisas que na realidade não existem.
A fixação exagerada por esse conteúdo emocional pode impedir a pessoa de ter a percepção do que ocorre globalmente (à sua volta), deixando-a aprisionada internamente. Esse fechamento pode ser associado a um estado crítico e perturbador que pode gerar a sensação de algo mais grave ou perigoso.
Por isso, o final de um ano e o começo de um novo, deve ser cuidadosamente planejado e vivido, sim, como uma situação desejável e renovadora, mas tendo em atenção uma certa predisposição para ocorrências anômalas e/ou comportamentais que lhe são peculiares.