TEMPOS VIOLENTOS

Vivemos a rotina da violência, já se tornou tão "natural" , que mais uma ou menos uma,não faz diferença para as pessoas,nem notam,aliás, notam nas primeiras vinte quatro horas, depois apenas um acontecimento vivenciado por todos nós. São tantos fatos relacionados a violência que nos deixa imobilizados, paralisados diante do tamanho da complexidade que esse fenômeno provoca.

Vários estudiosos tentam entender a lógica dessa impetuosidade , mas será mesmo que existe lógica na iracúndia humana? Quando usamos o furor contra outro semelhante não estamos agindo com a razão, então não usamos a racionalidade, assim, podemos entender que não existe lógica nessa questão.

A pergunta que não quer calar, por que somos tão inteligentes para tantas outras coisas, usamos da nossa capacidade para desenvolver inúmeras bem feitorias para humanidade, o próprio homem se desenvolveu em alto grau para o que era antes do seu surgimento, mas não consegue se desvencilhar desse primitivismo do homem das cavernas em que tudo tinha que ser resolvido pela força.

O tema aqui tratado tem uma dimensão gigantesca, contudo, o que me leva a esse escrito é o que faz uma pessoa dentro de sua normalidade se enfurecer, guardar uma raiva e de repente disparar toda aquela adrenalina contra o outro sem levar em conta seu aprendizado sobre as consequências do seu ato, anulando completamente a racionalidade para um emocionalismo completo, desfazendo vidas, tanto da vítima quanto a sua própria, embora de diferentes formas.

Também já foi por muitos anos, e ainda hoje sim, se um criminoso que usa desse ato uma constância em sua vida , se é uma índole ou se é a sociedade que levou a essa situação.

Tempos atrás falávamos muito da violência social, violência essa que tem como principal resultado a desigualdade social, no entanto, a ferocidade aumentou , dimensionou ,variou em sua forma, a violência campeia com grande intensidade nos lares, no transito , na intolerância homofóbica , racial. Ou seja, o ser violento não é mais aquele estereotipado , o bandido, porém, qualquer cidadão comum acima de qualquer suspeita.

inclemente
Enviado por inclemente em 03/12/2019
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