MÃE, MULHER ESPOSA

MÃE, MULHER, ESPOSA

Família é onde temos a sorte de nascemos, é certo que nem todos tem um boa, que possa se orgulhar de ter nascido, sendo certo que um dos elementos mais importantes da família é a “MATRIARCA”, mãe, mulher, esposa, amante, provedora.

Os jovens que vieram ou não de um família boa, sempre na mais tenra idade sonham em poder ter uma família constituída, celula mater da sociedade.

A procura para a formação de uma família está na busca de um parceiro(a), que venham a ter compatibilidade de vida comum, que ofereça alguma atração, espiritual, intelectual, física, e quando isso ocorre, passam a conviver após alguma tempo de namoro, noivado, começam a dividir um espaço comum onde aos poucos começam a dividir atividades.

No passado mais machista o homem era quase o único provedor, contudo na sociedade moderna, quase que existem equilíbrio nesta atividade de provedor, uma vez que as mulheres além do compromisso e primazia que tem de administração do lar, ainda tem atividade externa de busca de receita pra prover o lar e a família.

É certo que além desta atividade externa na maioria dos lares familiares a mulher é ainda a principal administradora, e na maioria absoluta, não só administra, mas executa todas as tarefas do dia a dia.

Poucos veem, entendem quais sãos estas tarefas, pois não são os administradores, ou executores das mesmas, não se colocam na pele da mulher do lar.

A mulher do lar, tem detalhes a executar e administrar 24 horas por dia, como vai ser o café do amanhã seguinte, muita levantam cedo para colocar na mesa, acompanhado de mais alguns elementos essenciais a primeira alimentação dos componentes da família, marido, filhos(as), e outros conviventes da casa, visitantes ou moradores definitivo, em muitos casos são mais do que a família.

Na minha família onde nasci, sempre tiveram outras pessoas que passaram a fazer parte de nossas famílias, sem ter nascido de meus pais, como João Dia, Zé gaieiro, Luiza, Carola, tudo isto ainda na roça onde morávamos e depois já na cidade em uma casa pequena de dois quartos, e onde morávamos mãe, pai, 3 irmãs e eu, sempre havia mais pessoas, primos morando por motivo de estudo ou trabalhos, que vinham e ficavam por anos, uma vez foram 3 moças, duas delas os pais voltaram para a roça e elas ficaram em casa, e mais um amiga delas de Pinhalzinho estudando enfermagem.

Interessante, que nunca pagaram e nem prestaram serviços em troca da estadia, e as vezes ainda tinham roupa lavadas. Com exceção de zé gaieiro, João Dias e Luiza que viviam como família havia uma interdependência, uma troca de trabalho, uma participação nas atividades do dia a dia com divisão do trabalho e eventualmente até uma mesada, eles podiam ir a qualquer momento, e João dias até foi depois de alguma tempo, pois veio a viver na adolescência e depois casou e formou a sua família, mas Luiza já velha acabou indo para um asilo, enquanto Zé gaieiro viveu até o final da vida conosco, notando que era um negão que dividia espaço conosco, vivendo dentro de casa, na mesma mesa e tratado como um da família, era um irmão/filho preto.

Minha mãe além das atividade de esposa, mãe, administradora, também tinha tarefa externa de tirar leite, cuidar da horta, e ainda era costureira profissional para ganhar uns trocados, quando mudamos para a cidade por sua influência e insistência para estudar os filhos, tinha na costura como uma atividade de renda importante para a manutenção da família, além de todas as atividades do lar, falecida em 1988, já a 31 anos.

Como disse na busca de uma estabilidade de vida procuramos formar uma família e eu busquei e encontrei e formei a minha, com a companheira conhecida em 1977 e casamos em 1980, já há trinta e nove, dividindo espaço família, com filhos, netos.

Esta esposa, mãe, mulher, provedora que além da administração do lar e Executora única das atividades da casa sempre trabalhou fora como professora, diretora, supervisora de ensino, e apesar disto tudo conseguia manter o lar organizado, administrando e executando as tarefas de mulher, mãe, esposa.

No começo em nossa fase de adaptação, tínhamos “biorritmo” diferente, eu dormindo antes, acordando antes, ela dormindo depois acordando depois, e como então ficava o café da manhã, poderia eu fazer, mas ela como administradora e executora das tarefas do lar resolveu o problema como tendo todos os dias da vida a atividade de fazer café e colocar na garrafa térmica, para que algumas horas depois e pudesse levantar e ter um café fresco, novo, e em ótimas condições de ingerir, assim como tenho vida de levantar entre quatro e seis, e ela entre sete e oito; mas tenho café fresco assim que levanto porque alguém, administradora, executora das atividades do lar, se preocupou como última atividade do dia anterior a elaborar, fazer um ótimo café e deixar a disposição.

Afinal o que é um café, muita gente pode fazer, isto é verdade, mas se preocupar em sempre fazer, todos os dias de nossas vidas, sem qualquer exceção, mesmo naqueles dias que chegávamos tarde, as vezes depois da meia noite ou duas da madrugada e mesmo quando eu pedia para deixar que eu fazia no dia seguinte, não delegava, não deixava “ pra lá”, executava, deixava feito, sempre pude contar com um café pronto, fresco, novo nas primeiras horas da madrugada, por que alguém se preocupou com este detalhe.

É lógico que é um detalhe, muitos passam despercebidos no dia a dia, e nem damos importância, é comum todas as vezes que passamos pela cozinha, usar uma colher, um copo, um prato, um alimento e deixar a vasilha ou utensilio na pia, e isto se repete por dezenas de vezes por dia, mas lá na pia, sempre é higienizado, lavado e guardado, como se fosse uma coisa automática.

A cozinha sempre abastecida, sempre com alimento no fogão nas horas certas, pré-preparada, geladeira sempre cheia, mas os alimentos não vem sozinho, alguém teve que ir buscar de alguma forma, ela sempre arruma uma forma de acessar, trazer, e deixar a disposição tudo sempre certo e no lugar, tudo sempre limpo, sempre preparado como deve ser, ninguém nota que para o ambiente estar perfeito, alguém por ali passou antes e deixou assim, teve responsabilidade de administrar e executar a cada segundo alguma tarefa e revisar para que fique perfeito.

Assim são todos os outros ambientes, sejam o quintal, o jardim, os quartos, os banheiros, a piscina que há muito ela se tornou perita em cuidar, e outros ambientes, parece tudo muito simples para quem vê tudo pronto, tudo funcionando, tudo limpo, tudo pronto para ser usado de novo, a toalha do banheiro no lugar, o sabonete no lugar, o papel higiênico no lugar e tudo limpo, vejam não é só o café, mas são milhares de itens diários a serem cuidados, executados, revisados, tudo para manter uma perfeição e ainda assim SER MÃE, AVÓ, BABÁ DOS NETOS, provedora, o trabalho externo.

Tudo isto, sem cobrança, sem pedirmos, tudo isto é feito espontaneamente, com responsabilidade de ver tudo pronto, tudo funcionando e tudo isto sem remuneração, sem recompensa, que não seja de ver tudo funcionando perfeitamente.

São as roupas recolhidas de onde foram abandonadas, os sapatos guardados, as roupas sujas que seguem para a lavandeira, para a secagem, para o ferro de passar e para o guarda roupa e pronta para usar novamente e novamente serem abandonadas em algum lugar da casa e novamente seguirem novamente o caminho dos cuidados diários.

Isto é cuidar da família, do marido, dos filhos, dos netos, ver cada detalhe, cada item que está funcionando na casa, no lar, no aconchego da família. Assim é ser família, ser mulher, esposa, mãe, avó.

É certo que poucos enxergam isto, reconhecem isto no dia a dia de uma boa mulher, uma boa mãe.

Como dizia um amigo “ A MÃE ITALIANA” é possessiva, cuida e determina o que a família deve e pode fazer, cuida em exagero, determina em exagero, mas tudo isto é o amor de mãe, de esposa de chefe de família, que assume a sua função e não permite que ninguém a substitua, que impeça de fazer o que acha que é ser esta pessoa que tem estas responsabilidade, muitas pessoas podem achar que tudo isto é normal, e muitas mulheres se tornam personagens desta execução no dia a dia de esposa, mãe, mulher, provedora, e agem com amor, carinho, dedicação nisto que faz, fazendo destas obrigações prazeres do dia a dia, provendo alimentos saborosos com carinho na preparação, na máquina de costura consertando as roupas, e milhares de outras atividades no lar.

Muitas nem pensam nas milhares de coisas que faz nos 60 segundos x 60 minutos x 24 horas=-86.400 segundos por dias de cada dia, e um dia após o outro, e isto em muitos lares por mais de meio século, algumas conseguem viver nesta função de mãe por mais de 80 anos, ainda ontem vi na net uma mãe de 98 anos que se mudou para o asilo para cuidar de um filho de 81 anos que lá vivia.

Tudo isto dentro da normalidade, mas todos os dias alguma novidade existe, um escorregão do filho(a), um pequeno machucado que é soprado, beijado, curado com palavras e carinho e tudo isto não está em nenhum manual, tudo isto acontece em minha casa, e pouco vemos ou notamos, é certo que em muitas outras casas também isto acontece, pois este mundo, este pais é formado por famílias e em todas as famílias tem esta figura, “UMA MÃE”, que faz tudo isto por amor, veste a camisa da função de ser a matriarca da família, assim são milhões e milhões, bilhões no mundo todo, e é por isto que existe o dia das mães, para que os filhos lembre de onde veio, e que para chegar onde está teve uma matriarca que gestou, pariu, amamentou, alimentou, cuidou de todos os detalhes no dia a dia, do alimento, roupa, educação, e continua cuidando mesmo depois quando este já está no asilo com 81 anos.

Agradecimentos a todas as mães que fizeram o seu melhor com amor, carinho, dedicação, que viveram para servir, amar, para fazer o mundo acontecer como um lugar melhor. 12.05.2019

estreladamantiqueira
Enviado por estreladamantiqueira em 13/08/2019
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