MEU AMIGO FIEL: O TEMPO

Prólogo

Como lágrimas na chuva eu me perco no tempo sem poder sair de casa. Aproveitarei essa momentânea confusão mental causada pelo meu fiel amigo, o tempo, para juntar palavras e escrever algo novo sem esperar efusivos aplausos, ser lido e tampouco compreendido.

E nesta sexta-feira (26/07/2019) fria, ouvindo cantos gregorianos modernos, dentre eles “The Sound of Silence”, “Moments of Peace” (Com as participações das irmãs Sarah e Amélia Brightman), assim como “Scarborough Fair” e “Dust in the wind” (Ambas com a magistral interpretação da feminil voz aflautada de Sarah Brightman) ousarei superar meus limites.

Para reforçar e concluir minha preparação mental, antes de iniciar a escrita deste texto, ouvi “Now we are free” na interpretação original de Lisa Gerrard do tema do filme “Gladiator”. Não tenho pejo do ridículo ao escrever que sempre lacrimejam meus olhos ouvindo cantos gregorianos, mas meu sofrimento e tristeza se acentuam com todas as interpretações de “Agora estamos livres” do excelente filme Gladiador.

MEU AMIGO FIEL: O TEMPO

Eu sei que todos esses momentos passarão e vão se perder no tempo como as lagrimas que se misturam com a chuva lavando o pranto dos gratos e ingratos, dos diferentes e iguais perante o desencarnar dos esperançosos e desesperançados.

Para o equilíbrio necessário da psique humana, a qual é dividida em id (parte inconsciente), ego (parte consciente) e superego, é necessário respeitar o tempo na melhor representação da natureza. Não há dúvida: Coisas boas e ruins acontecem sempre e estão ocorrendo neste exato bilionésimo de segundo, em todos os locais mais distantes do planeta Terra.

Sobre o tempo urdo solene seis períodos em que escrevo tentando aconselhar aos meus fiéis familiares e pacientes leitores:

1. Passe a enxergar o tempo como seu ouro, o seu tesouro, outra preciosidade qualquer e assim irá utilizá-lo melhor. E quando a tristeza ou solidão sorrateira bater na sua porta não se reprima! Abra sua mente e com um sorriso esplendoroso, excedendo em simpatia, fale solícito e de forma pausada:

"Deixe-me ouvir sossegado mais uma vez "May it be" porque Enya faz questão de me brindar com sua voz maviosa, como um sopro energizante, concedendo-me a esperança, cantando ao meu ouvido: “Maybe very soon you will be free.”".

2. Não olhe para a altura de sua escada na representação das suas dificuldades socioeconômicas e fraternas, nem para o último degrau que terá de alcançar por necessidade de uma evolução justa e merecida... Apenas suba o primeiro degrau dando o primeiro passo para superar seus medos e vencer suas frustrações e ilusões passadas.

3. Não esqueça jamais que somos nós que escolhemos a cruz ou "mala sem alça" que queremos carregar; ser tristes, infelizes e incapazes de superar as derrotas indesejadas. Mas se sua força de vontade e determinação forem mais fortes do que sua habilidade certamente mais cedo ou mais tarde você será o vencedor porque se libertará dos seus medos.

4. Se você não conseguir encontrar o caminho da luz e felicidade que almeja não se dê por vencido: Faça seu próprio caminho ousando superar seus limites. E se não puder fazer tudo faça tudo que puder para poder gritar: “Agora sou (estou) livre para voar ao encontro da luz perene da felicidade.”

5. A vida material será sempre cheia de obstáculos e provações complexas. A vida não é só esperar de braços cruzados que passe a tormenta. Ela requer disciplina, determinação, obediência às leis, caráter ilibado, luta, qualificação, comunicação e informação. Com essas qualidades você estará sempre à frente dos acomodados.

6. Se até eu aprendi... Você também será capaz de compreender com o tempo, esse inexorável, fiel e silencioso amigo, que o fundo do poço é apenas um sinal de que você poderá iniciar sua esplendorosa subida para começar tudo mais umas e outras milhares de vezes se necessário for.

CONCLUSÃO

No terceiro período do prólogo deste texto eu escrevi: “Não tenho pejo do ridículo ao escrever que sempre lacrimejam meus olhos ouvindo cantos gregorianos, mas meu sofrimento e tristeza se acentuam com todas as interpretações de “Agora estamos livres” ...

Quero explicar e justificar minhas palavras escrevendo o que um dia disse a Madre Teresa: “Lágrimas não mostram fraqueza, mas sua coragem em ter tentado. Acredite, talvez amanhã seja melhor!” (SIC) – (Madre Teresa de Calcutá). A ela é também atribuída a citação: "Não usemos bombas nem armas para conquistar o mundo. Usemos o amor e a compaixão. A paz começa com um sorriso.".

Concluo este escrito asseverando: Essa é minha crença. Luto e ajudo como posso não para ser lembrado no porvir, mas apenas pela crença de que estou fazendo minha parte ensinando a destruir os obstáculos que dificultam e, às vezes, impedem as honrosas conquistas e vitórias dos meus familiares, amigos, amigas e afins.

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NOTAS REFERENCIADAS

– Textos livres para consulta, da Imprensa Brasileira;

– Assertivas do autor que devem ser consideradas circunstanciais e imparciais.