FOGO SE COMBATE COM FOGO

Discordo frontalmente do texto redigido a seguir e seu autor. Acho que por interesses políticos e ideológicos, além de pessoais, estão fazendo tempestade em copo d´água.

É muito barulho por pouco, afinal foram mexer com o grande chefe caudilho chamado Lula.

Discordo também do americano Glenn Greenwald em dizer que não se combate corrupção com métodos corruptos, até porque o que Moro e Dallagnol fizeram não foi corrupção e sim inconstitucional. Mas a inconstitucionalidade sempre esteve de mãos dadas com os poderosos e governantes do Brasil. Para grande parte do mundo civilizado, inclusive o seu país EUA, vale esta máxima, mas para um país de patifes e canalhas, não se aplica.

Se os homens de bem fossem combater a corrupção com métodos convencionais e éticos, seriam engolidos por esses calhordas bandidos do poder e não seria surpreendente se invertessem as acusações para eles.

Aqui neste país de gente ¨esperta¨, fogo tem que ser combatido com fogo, com métodos no mínimo não ortodoxos.

Marco Antônio Abreu Florentino

A SEGUIR, TEXTO ESCRITO POR TÚLIO GADELHA:

O jornalista Glenn Greenwald aceitou nosso convite e compareceu à audiência pública sobre a atuação de juízes e procuradores brasileiros no âmbito da Operação Lava Jato.

Agiu diferentemente do ex-juiz Sérgio Moro, que havia se comprometido em vir depois do nosso convite, mas viajou para os EUA. Agora irei convocá-lo para que venha prestar esclarecimentos.

Independentemente disso, hoje foi um dia importante para compreender a história recente do Brasil, no que tange à Operação Lava Jato.

As exposições do jornalista Glenn e as informações obtidas deixam ainda mais evidente que Moro não atuou como juiz, mas como mentor intelectual da Força Tarefa da Lava Jato, de forma parcial e com interesse político.

Aliás, bem dito pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre: "se fosse deputado ou senador, estaria no Conselho de Ética, cassado ou preso".

Para defender as ilegalidades de Moro, deputados chegaram a usar a orientação sexual de Glenn como tentativa de desqualificá-lo e tirar a veracidade do conteúdo obtido pelo jornalista. Nada fazia sentido na interpelação destes parlamentares do PSL. Aliás, isso tem se repetido com certa frequência...

Estes seguiram a narrativa do ministro que tenta criminalizar jornalistas. Ficou claro o objetivo de transformar em crime a divulgação dos crimes que Sérgio Moro cometeu.

Nenhum deles conseguiu fazer uma defesa contundente do ministro - pego em conchavo com o procurador da Lava Jato, Deltan Dallagnol.

Diante das evidências apresentadas por Glenn, apresentei, com outros deputados, um requerimento de convocação do ministro da Justiça Sérgio Moro. Caso seja aprovado, Moro será obrigado a comparecer, sob risco de cometer crime de responsabilidade.

Afinal, ele também precisa se explicar sobre o comportamento antiético, sobre os vícios e, principalmente, sobre os seus interesses implícitos na Lava Jato.

Por fim, fico com a reflexão deixada por Glenn: "Não é possível lutar contra a corrupção usando métodos corruptos". E já aguardo ansiosamente pelos próximos capítulos da @theinterceptbrasil

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