Fator Greenwald e o silêncio desmoralizante

Depois de inúmeras ilegalidades flagrantes com a Operação Lava Jato, de várias coisas óbvias sendo ignoradas, da idolatria política atual alcançar níveis iguais ou até superiores aos momentos históricos anteriores, bastou UM jornalista, gringo, para que 95% do meu Facebook restasse em silêncio sobre coisas que já eram ditas, na minha timeline e em outros lugares, sobre o Direito. Defenderam o indefensável, agiram como marqueteiros, como rebeldes à Lei e obedientes a demagogos e falsos cristos.

De repente, esses - os das postagens do avesso e que tiveram seus momentinhos de glória em curtidas [quanta honra!] - saíram de fininho, guardaram silêncio, sequer defendem o atual Presidente, nem seus atos recebem uma apologia. Somente se "segue a vida". Uns roubam mas fazem e outros violam a Lei mas atuam. De ambos - na verdade, todos! - os lados políticos a idolatria está ali, só esperando o momento certo para destruir o outro, votar em ineptos e justificar ataques ao Direito.

É por essas - e outras! - que falar em idolatria, em pecado, em cosmovisão cristã, de forma parcial, se torna meramente retórica. E ninguém dará crédito. Sem o conteúdo e a continuidade que se espera logo ali, não há mudança nenhuma. Só uma atividade para ganhar dinheiro ou notoriedade nessa curta vida. É por isso que nossa esperança e confiança não repousam em homens. Porque, além de falhos, grande parte deles não vão admitir seus pecados e vão sempre julgar de forma parcial qualquer situação, consequentemente.

A única coerência que conhecemos por aqui é de que cada um busca seus interesses, não importando quais e nem a forma pela qual obtém suas vantagens. A verdade é essa. De resto, tudo que estudamos, convivemos e nos esforçamos, aqui, não tem sentido algum.

Porque esse país tem gente demais com mentalidade do amor próprio. Mais do que doutorado em Facebook sobre tantas coisas, o brasileiro age com extrema expertise em não ser outra coisa a não ser deus de si mesmo e erguer suas imagens na vida comum.