FELIZMENTE... NADA É PARA SEMPRE!

Prólogo

A maioria de nós que já passou dos 40, 50, 60, 70 anos de idade não consegue (há respeitosas exceções) gostar de ouvir Anitta, Jojo Todynho, Luan Santana, Michel Teló, Marília Mendonça, Pabllo Vittar, Joelma, Wesley Safadão e tantas outras pessoas que se travestem de estrelas de máxima magnitude e dizem aos gritos e até aos berros que são artistas.

Talvez sejam artistas mesmo! Quem sabe? Não sei e não nego minha ignorância sobre essas supostas competências estrelares.

AS DIFERENÇAS ENTRE OS GOSTOS E DESGOSTOS DEVEM SER RESPEITADAS

Claro que ainda existem e/ou existiram excelentes intérpretes brasileiros com suas vozes graves ou agudas afinadas. Particularmente gosto de ouvir: Almir Sater, Benito Di Paula, Ivete Sangalo, Tim Maia, Caetano Veloso, Elis Regina, Gilberto Gil, Gal Costa, Djavan, Emílio Santiago, João Bosco, João Nogueira, José Augusto, Luís Gonzaga, MPB4, Nelson Gonçalves, Paula Fernandes, Renato Teixeira, Rita Lee, Rolando Boldrin (com seus causos, acasos, canções caipiras e rimas) e Sérgio Reis.

Todavia, esportes (principalmente futebol), política, religiões e gostos musicais não se discutem. Devemos sempre respeitar os gostos e/ou desgostos de todos, mas não dá para nós "coroas" (não sou exceção) apreciarmos com tanta avidez outros estilos musicais depois de ouvirmos:

Amira Willighagen, Andrea Bocelli, Bee Gees, Billy Vaughn, Carpenters (Only Yesterday e outras - Demais!), Cher, Eros Ramazzotti, Elton John, Elvis Presley, Enya, Emília Clarke, Glenn Miller, Ray Charles, Yanni, Ray Conniff, Richard Wagner, Mariah Carey, Madonna, Lily Allen, Luciano Pavarotti, Phil Collins, Michael Bublé, Júlio Iglesias, Whitney Huoston, Celine Dion, Frank Sinatra, Laura Pausini, Patrizio Buanne, Sarah Brightman, Barbra Streisand, Paul Anka e tantos outros monstros sagrados do memorável universo musical.

FELIZMENTE NADA É PARA SEMPRE

A dor e o prazer, os danosos ressentimentos, o poder economicosocial e a juventude; a aparência e inteligência físicas, o poder político, o prestígio público e empresarial privado... Tudo. Absolutamente tudo tem, felizmente, começo, meio e fim. Escrevo felizmente porque se tudo fosse para sempre o tédio seria danoso para todos os viventes e afins.

Observamos o escrito atribuído ao saudoso Chico Xavier que, “ipsis verbis” diz:

“Quando descobrirmos que absolutamente nada é definitivo, inclusive a vida, compreendemos a inutilidade do orgulho; a tolice das disputas, a estupidez da ganância e a incoerência das tolas mágoas...”.

Chico Xavier tinha sobeja razão! Na vida material nada é definitivo. É preciso compreendemos a inutilidade do orgulho; da cupidez, da tolice das disputas (guerras fraticidas) entre as classes sociais; a estupidez da ganância (ambição) pelas riquezas materiais, a incoerência e insanidade das intolerâncias interpessoais.

POR EXCELSA CONVENIÊNCIA

Quando me convém e por absoluta e necessária proteção minha, de minha família, das nossas idoneidades físicas e morais, substituo a mágoa pela indiferença. Ouço ótimas músicas. Faço excelentes leituras e pesquisas. Escrevo. Vejo ótimos filmes. Nunca me sinto só. Não me permito tal sandice! Ao longo do tempo aprendi a ignorar o mal da solidão e me mantenho calmo!

É preciso enxergar as tolas exulcerações que, como letal veneno a todos destrói mais cedo ou mais tarde e são danosas para a evolução espiritual. Não há dúvida: As estúpidas mágoas são ressentimentos em forma de veneno potente que faz só mal a quem o ingere e/ou detém.

O SEGREDO DA PROFICIÊNCIA

Quando estou acordado vivo envolto num emaranhado de elucubrações, mas com a proximidade do anoitecer direciono os pensamentos para os excelsos e coloridos sonhos.

Quase sempre eu me imagino volitando, voejando por bosques encantados onde entre mim e os animais silvestres há uma empatia natural, espontânea; um respeito mútuo. Não nos tememos. Existem fidelidade e segurança que nos transmitimos reciprocamente. Assim compreendo que deveriam ser as relações interpessoais.

Isso é devaneio? Parece coisa de sonhador visionário? Pode ser que sim, mas nem tanto. Isso comigo funciona! Adormeço rápido. Durmo bem e desperto suave e disposto. Nunca esqueço e aconselho sempre que posso e me é concedida oportunidade: A calma é um dos atributos dos vencedores. Outras virtudes dos fortes, além das teologais (fé, caridade e esperança), são:

Ser capaz de massagear o próprio ego pela sublimação da autoestima, tolerância, determinação, capacidade de superar a si mesmo para compreender e respeitar as opiniões contrárias aos entendimentos alheios. Nossas verdades podem não ser, quase sempre não são, as verdades dos outros.

CONCLUSÃO

Aos supostos artistas que, em respeito a mim mesmo e a eles (elas) não os ouço, peço mil perdões por não ter, ainda, conseguido assimilar suas composições e interpretações, mas sinceramente desejo-lhes tolerância e sobretudo determinação para continuarem acreditando em suas capacidades de superação.

Aos supracitados artistas lembrados, aos quais escuto com avidez (voracidade, sofreguidão) e aos não citados por minha comprovada limitação (esquecimento) humana, que já não estão mais entre nós, desejo muita luz, paz e graça.