Greves
A Greve no passado foi forma audaciosa e justa, para livrar pessoas desumanamente subjugadas por poderosos, que de outra forma, não seriam tolhidos na sua malevolência.
Graças a pessoas notáveis, que não vou nominá-las, para não alvoroçar os "mal catequizados" e "enraivecidos", a sociedade evoluiu, no sentido de restituir a dignidade humana aos discriminados.
Embora em alguns lugares, ainda prevaleça a "Lei do Mais Forte", e noutros como no Brasil, os "Mais Fortes" ainda insistam em implantá-la.
Inclusive atentando contra a Justiça do Trabalho, instituição onde as questões entre empregados, e empregadores devem, ou "deveriam" ser resolvidas, sem necessidade de Greves.
Atualmente a Greve, que antes fora instrumento de Justiça, tornou-se ferramenta politiqueira e injusta.
A Greve antes impetrada contra os poderosos, em socorro aos subjugados, agora é contra os explorados, em favor dos exploradores.
Atualmente a Greve só é justa, na concepção dos praticantes, e daqueles que colocam a sua vontade, acima dos sofrimentos causados aos semelhantes.
Atendendo aos interesses, e a ambição de alguns, enquanto desrespeitam os preceitos básicos da Justiça, os organizadores de Greves se promovem, ingressando na política.
Ao atingirem os seus mesquinhos propósitos, tornam-se ainda mais injustos, sem o mínimo compromisso, com os falsos ideais, e propósitos que antes discursavam.
Isto é justo?
É justo um empregado público, fazer Greve para trocar de carro, deixando sem atendimento, pessoas doentes que mal conseguem pagar o transporte público?
Estes são os ideais de Marx, e de Jesus?
As Greves nos Serviços Públicos massacram cidadãos inocentes, indefesos e escravizados, que acabam pagando pelo que não receberam, e ainda condenados a restituir os danos, causados pelos grevistas.
Ironicamente, as Greves atuais, são justamente em favor daquilo, que foi motivo de Greves no passado; a "ganância" e a falta de amor pelos semelhantes.
Nestas circunstâncias só um verdadeiro homem, movido pela coragem e honestidade, poderia impor aos sofistas, donos do direito e da verdade, a real, imponderável e sagrada concepção de Justiça.
Acioly Netto - www.guiadiscover.com