1º de maio, Dia do Trabalhador
Hoje é um dia do passado, para o presente e de olho no futuro

Hoje é feriado nacional e internacional, uma data que remonta historicamente à luta dos trabalhadores assalariados (sobretudo os fabris) durante os séculos XIX e XX. Dia do Trabalhador, daquele que, nos primórdios da revolução industrial, trabalhava feito animal e morria feito bicho, sem direitos trabalhistas e previdenciários, sem hora extra, sem jornada mínima, sem décimo terceiro e sem férias. Era o horror.


Muita gente, ao longo desse tempo, se insurgiu contra essa faina desumana e, a custo da própria vida, contribuiu para que hoje tenhamos uma labuta diária digna, protegida por leis laborais. De certo, nessa vida, só que nasceu e que vai morrer; o resto é, tudo, socialmente construído, por meio da interação e conflito entre os humanos, principalmente nas relações de produção, que variaram em forma e conteúdo através da história. Como agora, no Brasil, onde a legislação trabalhista foi alterada ano passado e a previdenciária o será esse ano. E, nesse jogo, uns ganham para outros perderem.

Com o desemprego estrutural tecnológico, fenômeno contemporâneo a toda a sociedade capitalista, o número de assalariados vem continua e irreversivelmente diminuindo, seja no setor produtivo ou administrativo. Já estamos longe do seminal modelo fordista de grandes massas operárias residindo no entorno das fábricas. Atualmente, as pessoas estão dispersas nas cidades, onde, na maioria das nações, a população aumenta ano a ano.


Hoje, portanto, é um dia do passado, para o presente e de olho no futuro. Dia de consciência! Como diz o hino gaúcho: “Mas não basta para ser livre ser forte, aguerrido e bravo, povo que não tem virtude acaba por ser escrevo”. E ter consciência coletiva, social e histórica é uma grande virtude a ser cultivada por quem trabalha.


Texto publicado em 1º/05/2019 no site Portal de Notícias: https://www.portaldenoticias.com.br/ler-coluna/902/1-ordm-de-maio-dia-do-trabalhador.html