Oriente Eterno - Maçonaria ...
O homem não morre. Vive ou não morre quando deixa de existir, e sim quando deixa de amar ou de sonhar, porém sempre tem de haver um fim, pois não vamos ficar para toda a eternidade. Sementes plantadas sim na vida terrena e que vão povoar nossa existência, através da obra que fica, a prole, a caridade praticada, os caminhos percorridos a bem da Pátria, as árvores plantadas, os filhos criados, os livros escritos, os relacionamentos harmoniosos que vão selar a nossa existência perante o Grande Arquiteto do universo é, certamente, uma vida profícua no mundo espiritual onde melhor irá contribuir para o progresso da Humanidade, como Homem GADU ou Homem Deus.
A seguir passo textos correlato e estudo, bem acurado sobre o Oriente Eterno, da Revista Consciência, edição 131 de 2017, do Irmão Rui Bandeira, como segue:
“Oriente Eterno é a designação que os maçons dão ao que nos aguarda depois da morte física.
Por que Oriente e por que Eterno?
Talvez a mais remota manifestação da crença humana em uma Entidade Superior se encontre nos cultos solares.
Cedo a Humanidade percebeu que o Sol era condição indispensável para a existência e manutenção da Vida, neste pequeno planeta que todos habitamos.
Cedo observou que o negrume da noite era quebrado, primeiro pela luminescência da aurora, depois pela aparição do Astro-Rei, sempre a Oriente.
Cedo se associou o Oriente ao ponto cardeal de onde provém a Luz.
Da constatação do fenômeno físico à consideração figurada de que a LUZ nasce, vem, existe, revela-se, no Oriente mede ou apenas um pequeno passo.
Por outro lado, são condições imprescindíveis para ser maçom regular, para além da condição de homem livre e de bons costumes, e do efetivo propósito de aperfeiçoamento, a crença no Criador e na vida depois da morte.
O Grande Arquiteto do Universo, por definição e à escala humana, é Eterno.
A LUZ que dele provém naturalmente que compartilha dessa característica.
O Oriente Eterno é, assim, para os maçons o simbólico lugar de onde provém a LUZ, onde está o Grande Arquiteto do Universo, onde o que resta de nós depois de tudo o que de nós o que de nós é físico se extinguir tem lugar, se reintegra.
Não existe uma concessão, uma figuração, uma imaginação, comum aos maçons de como é o Oriente Eterno.
Tal como é deixada a cada um a pessoal concessão do Criador, exigindo-se apenas a efetiva crença na sua existência, também as condições e formas de vida após a vida são assunto do foto íntimo e pessoal de cada um.
Em função da crença individual, o Oriente Eterno pode ser associado ao paraíso cristão, ao Reino de Jeová, ao Paraíso islâmico, ao Nirvana, ou àquilo em que cada um crê.
A única certeza compartilhada pelos maçons regulares é que a morte física é apenas uma passagem do que de nós é verdadeiramente essencial para outro estado, outro planeta.
E, portanto, que incumbe a cada um de nós o dever de se aperfeiçoar, de se polir, de melhorar, de se capacitar em todos os aspectos para que, chegada a hora, esteja preparado e em condições de se integrar no seu lugar nesse novo plano da existência.
O que será, afinal, o Oriente Eterno, nenhum maçom o poderá, de ciência certa e segura, afirmar.
Apenas que crê na sua existência e que dedica sua vida a preparar-se para o papel que ali desempenhará.
Afinal, a Luz só é plenamente visível depois de ultrapassada a cortina da morte física e superadas as limitações do corpo físico.”
Por
José Pedroso
Frutal/MG, 08 de maio de 2019