MILITARES VS COMUNISTAS, E A HISTORIOGRAFIA BRASILEIRA.
É inegável que o período dos militares no Brasil nas décadas subsequentes a de 60 houve muitas atrocidades praticadas não só por estes que feriram os Direitos Humanos, como também por aqueles que se intitulavam revolucionários que faziam sua defesa ideológica, e essa medida de culpa tem que ser entendida a luz de uma revisão historiográfica séria.
Existe uma historiografia que muitos historiadores tendem a esconder ou negar sua autenticidade deste período, que são os milhares de registros militares e jornalísticos da época que registraram as atrocidades também praticadas pelos movimentos de esquerda e de guerrilha, patrocinados sim pela antiga URSS.
Existe um intenso trabalho nas universidades brasileiras de forma constante para desvirtuar essa narrativa embaraçosa dos comunistas de forma dialética, numa tentativa patética de santificar os comunistas e demonizar os militares, não que exista algum santo aqui, mas esse dualismo é usado como fórmulas imbecilizadora e bitoladora.
Tal negação histórica tem submergido a luz das analises sociais agora em tempos de internet e compartilhamentos de arquivos oficiais, exibindo os “podres do movimento comunista de guerrilha”, o que deixam tais historiadores sem a retórica dialética necessária para negar tais registros. E este fenômeno tem despertado a anomalia atual da extrema defesa do Regime Militar.
Quando coloco o termo “extrema defesa do Regime Militar” falo da defesa que vai além da necessária intervenção inicial dos militares ao ator de alguns justificarem a tortura que foi sim praticada mais tarde pelo regime para barrar o comunismo, torturas estas que saíram do controle Estatal da época dando a fama e a margem de critica em registros para a esquerda. Entretanto, o que muitos também não sabem é que a esquerda brasileira da época também praticava torturas e atentados em centros de via publicas contra militares e civis.
Claro que por está no comendo do país, os militares tinham maiores responsabilidades em tentar contornar a situação de forma gradual, mais isso não foi assim, os vários registros de torturas, que figuram no Livro: “Brasil, nunca mais” com prefacio de D. Paulo Evaristo, Cardeal Arms, desvirtuou o caráter inicial dos militares que intencionava assegurar a democracia e impôs uma defesa pela força da pressão, deste período, e esse entendimento é maduro para compreender o quadro total.
Por outro lado, a guerrilha sangrenta dos comunistas e os ataques terroristas a vários quarteis, como também assaltos a carros-fortes e a bancos elaborados pela esquerda da época desvirtua sim e deslegitima a luta de impor a força na sociedade brasileira um regime socialista comunista. A trama para matar os opositores militares e civis que denunciava seus esconderijos, as mortes em nome da causa comunista, o apoio da CGB Soviética em fazer do Brasil mais um quintal da Rússia e outros malefícios, incitaram a participação e o clamor popular pela intervenção.
Sim, a intervenção Militar foi um pedido da população do Brasil da época, os historiadores tendem a subestimar a inteligência e as informações veiculadas na época sobre o verdadeiro conhecimento da população sobre o caráter do comunismo, com isso, manipulam a historiografia dizendo que a população foi levada a crer que o comunismo era o pior que poderia acontecer com o Brasil, entretanto, a defasagem do próprio regime, e as atrocidades que aconteciam nos países membros da URSS denunciavam por si mesmo que tal diretriz econômica que polarizava o mundo na época era a derrota final e a prisão institucional do Brasil pelo Estado.
Na minha humilde bagagem de leitura e talvez limitada opinião, os dois lados devem rever suas noções cristalizadas da história, sem fanatismo e sem paixões, pois não existem santos nesta história, só demônios, tendo em vista que a boa intenção dos militares inicialmente tenham resulta no desvirtuamento posterior.
O fato é que a provável onda de revolução comunista da América Latina e Caribe dos anos 60 causou medo e insegurança em um mundo que tinha como maior terror de pano de fundo a “Guerra Fria”, que colocou o planeta em nervos tensionados com uma possível 3° Guerra Mundial a base de bombas nucleares entre a antiga URSS e os EUA.
A boa intenção dos militares em assegurar a democracia liberal resultou mais tarde em atrocidades humanas, a possível revolução socialista dos comunistas brasileiros resultou mais tarde em atitudes de guerrilha e terrorismos que também mataram muitos civis, nisto, podemos perceber somente o “lado negro da força”. Mas ressalto novamente que, se não tivesse ocorrido esta intervenção o cenário do Brasil poderia hoje ser ainda mais desastroso.
É difícil calcular tais consequências, pois o historiador não é um futurologista e nem pretende ser, ao historiador cabe às análises conjunturais da história, e isso sem a mínima e possível paixão pessoal, não cabe ao historiador usar a “desculpa do seu olhar e impressões historiográficas inevitáveis”, e manipular segundo seu fanatismo politico ideológico uma “versão da historia” que demonize totalmente os argumentos do outros, em suma, uma coisa percebe-se, nesta guerra entre Militares e Comunistas não existem mocinhos.