ASCENSÃO SOCIAL A QUALQUER PREÇO

Qualquer semelhança com nossos colegas de profissão será mera coincidência!

Otto Adolf Eichmann foi um SS-Obersturmbannführer da nazi, e um dos principais organizadores do Holocausto. Após a derrota de Hitler, ele fugiu para a Argentina, mas foi capturado em 1960 pela Mossad, os serviços secretos de Israel. No seguimento de um muito publicitado julgamento em Israel, foi considerado culpado por crimes de guerra e enforcado em 1962.

Hannah Arendt (1906-1975), filósofa judia, de origem alemã e autora de vários livros, foi convidada para acompanhar o julgamento de Eichmann e depois disso passou a escrever sobre vários conceitos, dos quais se destaca o que chamou de “banalidade do mal”.

De acordo com a filósofa, Eichmann era um homem muito comum e normal. Parecia ser do "bem", entretanto tinha como característica gostar de ser mandado o tempo todo, adorava bajular e fazia qualquer coisa para conquistar status e ascensão social.

Ele não era capaz de pensar por si mesmo e mesmo estando prestes a ser executado continuava usando apenas velhos clichês e frases de enaltecimento aos países que defendiam os nazistas.

Eichmann foi avaliado por vários médicos e psiquiatras. Todos concluíram que ele era uma pessoa saudável das faculdades mentais. Ele fazia tudo como se fosse o certo, legal e decente, pois estava apenas cumprindo as ordens dos seus superiores.

Pessoas que têm comportamentos semelhantes ao de Eichmann não têm respaldo algum para criticar aqueles que mataram aproximadamente 11 milhões de pessoas no holocausto. São pessoas que fazem de tudo para agradar os seus superiores, pois são seduzidas pelo status, amizade dos poderosos e pela ascensão financeira e social.

Olhemos ao nosso redor e vejamos quantas pessoas não contribuiriam e aplaudiriam todas as atrocidades cometidas por Hitler? Para elas não interessa quem tomba do outro lado, o importante é estar do lado dos poderosos! Gente mesquinha, portadora de uma patologia milhões de vezes pior do que as doenças mentais convencionais!