BRUMADINHO E CÓRREGO DO FEIJÃO – MG PEDEM SOCORRO E PRECISAM DE NOSSAS ORAÇÕES
Chegando a Belo Horizonte, por meio da rodovia BR 040, a cerca de 60 km encontram-se a cidade de Brumadinho e o distrito de Córrego do Feijão, lugares que foram atingidos devido ao acidente com a represa de rejeitos de minérios da Vale do Rio Doce, acidente esse que causou horrores nessas cidades.
Como é sabido por todos, em 25 de janeiro de 2019, houve o rompimento dessa barragem, cuja devastação causada pela lama é algo sem proporção no território brasileiro. Digo isso porque estou como voluntário no local do acidente e posso constatar in loco a destruição de Brumadinho e Córrego do Feijão.
Com o acidente e o poder de destruição da lama por onde passou é impossível de se calcular o prejuízo financeiro, ambiental e psicológico, são dezenas de propriedades, fazendas, plantações que desapareceram, além de toda a flora; centenas, senão milhares de animais mortos, entre gado, porcos, galinhas, gatos e os grandes amigos dos homens, os cachorros, sem falar nos milhares de insetos, animais rastejantes, os peixes dos rios circunvizinhos, enfim, toda a fauna da localidade; estradas e pontes totalmente engolidas pela fúria, peso e velocidade que a lama atingiu em virtude de ela estar armazenada numa serra com o nível de latitude muito alto em relação a esses lugares; carros, caminhões, ônibus, trens, todos retorcidos como se fossem papel; comércios totalmente devastados causando amargos prejuízos aos moradores e empresários de modo geral.
O mais doloroso disso tudo, no entanto, são as perdas de vidas humanas preciosíssimas. Pelo fato de o acidente ter acontecido por volta de meio-dia e meia, os primeiros a sofrerem foram os trabalhadores de empresa Vale do Rio Doce que, no momento do acidente se encontravam no refeitório. Depois disso, a lama chegou às referidas cidades, trazendo consigo um rastro de dor e de morte.
Eu estou nesse momento no local e confesso que o nível de estresse das populações, dos militares, dos socorristas, dos fornecedores de alimento, dos veterinários, do Ibama e de todos os voluntários dos mais longínquos cantos desse país, entre outros tantos que me falham a memória nesse instante, está elevadíssimo. O estado psicológico dessas pessoas está absolutamente à flor da pele.
Devo fielmente ressaltar o trabalho honesto, honroso, verdadeiro e incansável do CORPO DE BOMBEIRO DE MINAS GERAIS e dos BOMBEIROS DOS ESTADOS DA FEDERAÇÃO que enviaram suas corporações a esse local! É de nos causar um enorme orgulho de sabermos que neste país temos uma corporação com alto nível de controle psicológico, profissional e preparo físico; que não medem esforços na busca pelo maior número de brasileiros sob essa camada de lama, para que seja amenizado, se é que é possível, o sofrimento dos familiares que esperam por dar um enterro digno a seus entes amados.
O trabalho é árduo, doloroso e longo, mas não podemos esmorecer e nem desistir de nossas queridas cidades de Brumadinho e Córrego do Feijão, assim como o nosso belo estado de Minas Gerais.
Muitíssimo obrigado aos bombeiros, policiais militares, os pilotos dos helicópteros da União, dos Estados e dos Municípios que estão doando com dedicação o seu melhor em busca de atenuar o sofrimento de brasileiros! BRAVO ZULU!
Peço ao povo brasileiro que ore por todas as pessoas envolvidas nessa tragédia, para que O SENHOR DEUS conforte o coração de cada um; que não faltem recursos para indenizar as pessoas envolvidas nessa catástrofe e também recursos para a reconstrução das devidas cidades.
Obs: Que o Poder Judiciário, o Ministério Público, o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto não meçam esforços para produzir justa justeza, fazendo com que a empresa Vale do Rio Doce arque com todos os prejuízos causados e responda por suas responsabilidades objetivas como preconiza a lei.
“ADSUMUS”
DEUS É BOM !!!