DRAGG QUEENS,
ARTE E PRECONCEITO
Nair Lúcia de Britto
Quem procurar no dicionário o significado da palavra “dragg queen” terá a seguinte definição: um homem que se veste de mulher de forma glomourosa, bastante colorida; e com uma maquiagem bem sofisticada.
Mas essa definição é muito simplista e incompleta; porque, na verdade, o mundo inteiro reconhece que ser uma dragg Queen é uma forma de fazer arte. E bem antiga, diga-se de passagem.
Arte essa que existe desde a Grécia antiga quando se começou a fazer teatro. E também no Japão, com o Kabuki, uma arte que começou no ano de 1603. Antes disso, as mulheres representavam tanto papéis femininos como masculinos nas encenações engraçadas ou sensuais. Mas, com a proibição do governo, da época, em relação às essas encenações femininas, os homens passaram a representar os papéis femininos.
Com o decorrer do tempo a arte dragg também teve mudanças. O termo vem da expressão inglesa “to drag” que quer dizer “arrastar”. Uma vez que as roupas femininas, coloridas e volumosas, vestidas pelos artistas, se arrastam pelo palco.
A partir do século XX esta arte foi se desenvolvendo e se aperfeiçoando pela comunidade gay, mas esses artistas sofreram muita repressão nos espaços sociais: família, escola, trabalho, relacionamentos amorosos e outros. Pois foram discriminados pelo simples fato de se expressarem de forma feminina.
Entretanto, hoje as dragg queens encontram seu espaço garantido na cultura pop e são estrelas brilhantes em teatros e vários espaços culturais.
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O filme “Priscilla, a rainha do deserto”, produzido pelos EUA (1994), e que teve um astrondoso sucesso, ajudou a arte dragg se expandir e diminuir o preconceito.
O mais interessante de toda essa história é que a arte dragg, que sofreu e ainda sofre tanto preconceito, nasceu de um outro preconceito contra a mulher, que era proibida de atuar no teatro e no cinema.
Somente a partir do século XVII foi que a mulher teve finalmente o direito de representar. A primeira atriz que estreou na história do teatro foi Therese Du Parc, que interpretou a personagem Fedra, na obra de Jean Racine: “Phèdre”; a atriz foi considerada um dos principais nomes da Commedie Française.
No cinema, uma das estreantes foi a atriz Theda Bara (1885-1955), que interpretou Cleópatra e Salomé.
Hoje as mulheres ocupam grandes espaços na arte da dramaturgia e são personagens belas, preciosas, indispensáveis e inesquecíveis.
Quanto às dragg queens. infelizmente ainda encontram barreiras quanto ao valor da sua arte, mas ainda chegam lá!
Afinal elas cantam, dançam, interpretam simbolizando uma arte alegre que diverte e encanta; além de representarem um importante papel social, na luta a favor dos direitos da comunidade LGBT.
Na foto, a dragg queen Dimmy Kier
Fonte de pesquisa: G1 (Globo) e outros diversos sites
ARTE E PRECONCEITO
Nair Lúcia de Britto
Quem procurar no dicionário o significado da palavra “dragg queen” terá a seguinte definição: um homem que se veste de mulher de forma glomourosa, bastante colorida; e com uma maquiagem bem sofisticada.
Mas essa definição é muito simplista e incompleta; porque, na verdade, o mundo inteiro reconhece que ser uma dragg Queen é uma forma de fazer arte. E bem antiga, diga-se de passagem.
Arte essa que existe desde a Grécia antiga quando se começou a fazer teatro. E também no Japão, com o Kabuki, uma arte que começou no ano de 1603. Antes disso, as mulheres representavam tanto papéis femininos como masculinos nas encenações engraçadas ou sensuais. Mas, com a proibição do governo, da época, em relação às essas encenações femininas, os homens passaram a representar os papéis femininos.
Com o decorrer do tempo a arte dragg também teve mudanças. O termo vem da expressão inglesa “to drag” que quer dizer “arrastar”. Uma vez que as roupas femininas, coloridas e volumosas, vestidas pelos artistas, se arrastam pelo palco.
A partir do século XX esta arte foi se desenvolvendo e se aperfeiçoando pela comunidade gay, mas esses artistas sofreram muita repressão nos espaços sociais: família, escola, trabalho, relacionamentos amorosos e outros. Pois foram discriminados pelo simples fato de se expressarem de forma feminina.
Entretanto, hoje as dragg queens encontram seu espaço garantido na cultura pop e são estrelas brilhantes em teatros e vários espaços culturais.
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O filme “Priscilla, a rainha do deserto”, produzido pelos EUA (1994), e que teve um astrondoso sucesso, ajudou a arte dragg se expandir e diminuir o preconceito.
O mais interessante de toda essa história é que a arte dragg, que sofreu e ainda sofre tanto preconceito, nasceu de um outro preconceito contra a mulher, que era proibida de atuar no teatro e no cinema.
Somente a partir do século XVII foi que a mulher teve finalmente o direito de representar. A primeira atriz que estreou na história do teatro foi Therese Du Parc, que interpretou a personagem Fedra, na obra de Jean Racine: “Phèdre”; a atriz foi considerada um dos principais nomes da Commedie Française.
No cinema, uma das estreantes foi a atriz Theda Bara (1885-1955), que interpretou Cleópatra e Salomé.
Hoje as mulheres ocupam grandes espaços na arte da dramaturgia e são personagens belas, preciosas, indispensáveis e inesquecíveis.
Quanto às dragg queens. infelizmente ainda encontram barreiras quanto ao valor da sua arte, mas ainda chegam lá!
Afinal elas cantam, dançam, interpretam simbolizando uma arte alegre que diverte e encanta; além de representarem um importante papel social, na luta a favor dos direitos da comunidade LGBT.
Na foto, a dragg queen Dimmy Kier
Fonte de pesquisa: G1 (Globo) e outros diversos sites