O GRAVE ERRO DA SUPERPROTEÇÃO
Prólogo
Todos sabemos que quando os pais e/ou avós são superprotetores os filhos e/ou netos tornam-se inseguros, incompetentes para a crudelíssima vida material. Salvo outro juízo, segundo minha ótica, pais e avós erram ao assumirem tarefas que os filhos e netos já teriam condições de fazer, impedindo o seu desenvolvimento emocional e social.
No Novo Código Civil (Lei 10.406/2002), a maioridade civil se inicia aos 18 anos, momento em que o cidadão (cidadã) passa a ter capacidade absoluta para exercer os atos civis de sua vida, sem a necessidade de assistência ou representação de outras pessoas.
Como podemos observar lendo o art. 5º, do Código Civil (Lei 10.406/2002): “A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil”. Enfim, filhos e/ou netos que continuam, depois de completarem dezoito anos de idade, morando com seus pais ou avós não crescem e se crescerem, sociocultural e emocionalmente, será bem devagar.
PRIVACIDADE É UM TESOURO DIGNO DOS VENCEDORES
Pais, filhos, netos, às vezes, até bisnetos que moram juntos perdem a privacidade. Nessas circunstâncias a residência única transforma-se em uma "torre de babel", "casa da mãe Joana" onde ninguém se entende e cada um se acha o 'dono do pedaço' ou a primeira pedra sagrada do Muro das Lamentações ocupado por autorização tácita.
Calcinhas, cuecas e outras peças íntimas no banheiro e até em outros cômodos são largados; rapazes e moças passeando pela casa seminus, isto é, em "trajes menores" será de somenos importância, mas a "zorra é generalizada" estribado na tolerância dos pais e/ou avós conviventes.
A depender da situação socioeconômica da família, da educação e do espaço que aos trancos e tropeços dividem ninguém consegue privacidade no jardim, no banheiro, no uso de um som, de uma TV, na utilização de um telefone, na recepção de uma visita... Perdem-se as individualidades!
A TOLERÂNCIA DANOSA
Há cada vez mais jovens de 18 a 34 anos ou mais idosos, a chamada "geração canguru", morando com os pais ou avós. Lamentavelmente nossa juventude e os não tão jovens estão se alienando e cada vez mais engrossando as fileiras dos desocupados, dos que não estudam, não trabalham e tampouco procuram emprego.
Todavia, todos têm um celular para ficar horas sem-fim conectados pelo "WhatsApp", que de forma carinhosa ou erroneamente batizaram de “Zap-Zap”. A acomodação, a superproteção, enlouquece, oblitera e vilipendia a todos. A tolerância, nesse caso em comento, é danosa e a consequência menos gravosa é o desrespeito mútuo.
Pasmem! Eles não percebem, mas com essa superproteção alguns pais e avós desestimulam os filhos e netos para o progresso, isto é, não querendo que seus "protegidos" saiam de casa ao atingirem 18 anos de idade transforma-os em fracassados e inúteis seres do porvir. Essa é a forma correta de educar? Não! Respeito, mas não entendo assim.
CONCLUSÃO
Todos sabemos que o primeiro emprego é difícil, mas para os não qualificados, despreparados emocional, social e culturalmente a situação será muito pior. É válida a conclusão generalizada de que apostar em educação traz benefícios tanto para os indivíduos quanto para a sociedade, ainda mais em tempos de dificuldades econômicas.
Portanto, vamos estimular nossos filhos e netos para voos mais alterosos ensinando-lhes a melhor lição: “Sem estudo, informações positivas variadas, determinação e valorização da família não há progresso”.
Pais e avós, educadores, sociedade em geral: Vamos nos unir, formando uma forte corrente tendo em vista uma melhor qualificação dos nossos queridos filhos e netos, até de nós mesmos, deixando de lado o excesso de sentimentalismo, enaltecendo a privacidade para o progresso de todos e ascensão geral de nossa nação!