FAMÍLIA - ELE(A) ME TRAIU
A OCASIÃO É DE TOTAL DESTEMPERO – ELE(A) ME TRAIU.
“Se um inimigo me insultasse, eu poderia suportar; se um adversário se levantasse contra mim, eu poderia defender-me; mas logo você, meu colega, meu companheiro, meu amigo chegado, você, com quem eu partilhava agradável comunhão enquanto íamos com a multidão festiva para a casa de Deus!” - Salmos 55:12-14
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Depois do que ele(a) fez, eu não quero mais ele(a) aqui!
O que ele(a) fez não tem perdão!
Se tem uma coisa que eu não perdoo é a traição!
Vivi uma vida com ele(a) de traição!
Essas e outras declarações estão sempre em destaque, já que a maioria dos relacionamentos acabam por estes e outros motivos. Quando nos deparamos com famílias que estão sofrendo com a traição, situações como esta parece impossível de se resolver. Uma vez que este momento parece retratar o(a) traído(a) a um sentimento de desvalorização, e menosprezo. Por isto, em momentos delicados como este é preciso ter muita paciência, calma e sabedoria, pois todo esforço pode ser em vão se as palavras não forem colocadas corretamente.
Pode haver restauração nestes casos? Sim.
Com a restauração virá o perdão? Sim.
Mas, não a confiança, esta deverá ser conquistada novamente. Com certeza, o tempo levará toda dor, mágoa e tristeza. Pois, são estes momentos que fazem o casamento ser grande, já que o casal venceu o seu ego, e conseguiu passar por cima de alguns de seus valores pessoais. Com isso, a cura que veio através dos dias não foi por causa do acaso, mas por causa do tempo que afogou todas as mágoas curando todas as dores.
“Para tudo há uma ocasião certa; há um tempo certo para cada propósito debaixo do céu...” – Ec 3
Poderíamos pensar na traição como uma circunstância, ou acaso. Mas, não. Não foi, pois todo pecado primeiro é visto, depois é planejado e por fim é executado. Exemplo: Davi em II Sm 11: 1) V.2 – “Do terraço VIU uma mulher muito bonita tomando banho”; 2) V.4 – “... e MANDOU ALGUÉM PROCURAR SABER QUEM ERA...Davi mandou que a trouxessem”; 3) V.4 – “...e se DEITOU COM ELA”. Ou seja, as circunstâncias, a ocasião, as chances que surgem são essenciais para a queda daquele que não vigia.
Mas, e agora vamos destruir nossa família por causa disto? Não. Até mesmo porque no casamento fomos enfáticos ao dizer: “até que a morte nos separe”. Ninguém que diz que ama, diz que o amor acabou no início, meio ou fim de uma briga, seja ela em que nível for o sentimento está lá. Todavia, precisamos, primeiro, parar de procurar um culpado, pois se continuarmos assim: o culpado será sempre quem cometeu o ato. Isto é verdade? Não. Não? Não. O ato cometido foi o erro de uma pessoa, mas o culpa do contexto está no casal, os dois erraram em algum momento gerando uma série de erros. Agora precisam reconhecer isto, rebobinar a fita e ver onde erraram. Após isto sentar, conversar, reconhecer, acertar, e novamente voltar a viver o amor que sempre os uniu.
“Vi um casal de velhinhos surdos brigando de pertinho. O amor é um casal de velhinhos surdos. Pode brigar, mas não vai embora. Fica perto.” - Tati Bernardi
Mas, tudo isto vai de encontro à geração do Séc. XXI que cresceu vendo na televisão namorados, noivos e pessoas casadas tendo relacionamentos extraconjugais. E o desembaraço está sempre na separação, onde ambos isolam os seus sentimentos, trazidos à tona no momento da notícia. Ou seja, o relacionamento foi abalado sem nenhum tipo de aviso ou preparação, por isso, quando interiorizam isto não aceitam, se rebelam e logo pedem o divórcio. É a Geração Coca-cola que Renato Russo nos apontou em 1984 – “Quando nascemos fomos programados / A receber o que vocês nos empurraram”.
Em fim, no latim a ideia de graça é ser protegido, e cuidado. Então, àquela(e) que era para ser guardado(a) e recolhido(a) nos braços de seu companheiro(a), não foi. Por isso, agora merece um atendimento especial, onde a recompensa é toda daquela(e) que merece toda proteção. Diante de situações de desgraça precisamos ser mais otimistas, esperançosos e confiantes, pois são estes sentimentos que nos dará vitalidade para suportar estes momentos desgraçados (sem graça, e humor).
“A vitalidade é demonstrada não apenas pela persistência, mas pela capacidade de começar de novo.” - F. Scott Fitzgerald
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“Minhas Palavras, meu Púlpito”
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